*Nota: O artigo é um
extrato do meu novo livro sobre história da Igreja, que está em fase de revisão
e em breve será publicado aqui no site.
***
Há não muito tempo um jovem da
minha igreja se assustou ao me ouvir dizer que Jesus tinha irmãos. Ele nunca
tinha ouvido isso antes, apesar de ser evangélico. Se muitos já se surpreendem
ao saber que Jesus tinha irmãos, não posso imaginar como reagiriam se soubessem
toda a história que envolve um deles: Tiago. Ao que tudo indica, Tiago era o
filho mais velho de Maria e José depois de Jesus. Ele aparece à frente em todas
as menções dos irmãos de Jesus (Mt 13:55, 27:56; Mc 6:3, 15:40), o que
geralmente ocorre com os mais velhos, e é de longe o que assume maior
protagonismo.
Lucas nos dá indícios desse
protagonismo quando aponta Tiago como o líder do concílio de Jerusalém (At 15),
na presença de todos os apóstolos e cristãos de renome da Igreja primitiva. Em
meio a líderes de respeito da estatura de Paulo e Pedro, é Tiago quem dá a
palavra final, e é inteiramente baseada em suas palavras que a carta conciliar
é escrita, registrando as decisões do concílio (de fato, a carta dos versos
28-29 é praticamente uma transcrição ipsis litteris do discurso de Tiago
no verso 20).
Tiago era tão importante que
quando Pedro foi solto da prisão mandou avisar isso “a
Tiago e aos irmãos” (At 12:17), e em Antioquia ele censurou os gentios quando
chegaram “alguns da parte de Tiago” (Gl 2:12),
mudando de atitude de modo condenável por Paulo, que o enfrentou “face a face, porque era repreensível” (Gl 2:11).
Se Pedro agiu assim com receio dos enviados de Tiago, imagine a
autoridade que tinha o próprio Tiago. Paulo também sabia da proeminência
de Tiago, tanto que o menciona juntamente com Pedro e João como as “colunas” da
Igreja (Gl 2:9), ocasião na qual Tiago é mencionado primeiro.
É digno de nota que quando Paulo
chega em Jerusalém, a primeira coisa que faz é se encontrar com Tiago (At
21:18). Tiago era tão conhecido que Judas em sua carta se identifica apenas
como «irmão de Tiago» (Jd 1), mas o próprio Tiago em sua carta dispensa maiores
apresentações (Tg 1:1), e escreve com grande autoridade às doze tribos
dispersas de Israel. O próprio fato de Jesus ter aparecido particularmente a
Tiago após sua ressurreição reforça sua posição de destaque (1Co 15:7). Basicamente,
todas as vezes em que Tiago é mencionado de Atos em diante, é em um contexto
que demonstra autoridade e notoriedade.
Por muito tempo os teólogos se debruçaram
sobre quem seria esse Tiago tão imponente, que presidiu o primeiro concílio da
história da Igreja. O Tiago filho de Zebedeu (e irmão de João) não poderia ser,
pois morreu cedo, antes da realização do concílio – cf. At 12:2). Para aqueles
que negam que existiu um Tiago irmão do Senhor, resta como opção o outro Tiago
entre os doze apóstolos originais. O problema é que esse Tiago é raríssimas
vezes mencionado no Novo Testamento – três, para ser mais preciso (Lc 6:15; Mt
10:3; Mc 3:18) –, e todas elas apenas nas listas dos apóstolos (ou seja, quando
um evangelista citava nominalmente cada um dos doze de forma rápida e discreta).
Portanto, parece estar longe de ter tido a proeminência e o destaque que o
Tiago das epístolas possui.
Além disso, a sequência das
aparições do Cristo ressurreto mencionada por Paulo torna difícil acreditar que
esse Tiago era um dos doze, especialmente considerando que quando Jesus
apareceu a Tiago ele já tinha aparecido aos doze:
“Pois
o que primeiramente lhes transmiti foi o que recebi: que Cristo morreu pelos
nossos pecados, segundo as Escrituras, foi sepultado e ressuscitou ao terceiro
dia, segundo as Escrituras, e apareceu a Pedro e depois aos Doze. Depois
disso apareceu a mais de quinhentos irmãos de uma só vez, a maioria dos quais
ainda vive, embora alguns já tenham adormecido. Depois apareceu a Tiago
e, então, a todos os apóstolos; depois destes apareceu também a mim, como a um
que nasceu fora de tempo” (1ª Coríntios 15:3-8)
Note que primeiro Jesus aparece
a Pedro e aos doze, depois aparece a Tiago e a todos os apóstolos além dos doze.
Isso ajuda a explicar por que Tiago é chamado de apóstolo por Paulo (Gl 1:19),
que empregou o termo “apóstolo” em seu sentido mais amplo, no qual o próprio
Paulo e Barnabé estavam inclusos (At 14:14), assim como Silvano e Timóteo (1Ts
2:7 com 1Ts 1:1) e Andrônico e Júnias (Rm 16:7). Essa é a mesma interpretação de
Eusébio de Cesareia (263-339 d.C), historiador eclesiástico da Igreja antiga, que
escreveu:
“Paulo
diz que depois de sua ressurreição dentre os mortos apareceu primeiro a Cefas,
depois aos doze, e depois destes a mais de quinhentos irmãos juntos, sobre os
quais afirmava que alguns já tinham morrido, mas que a maior parte ainda vivia
no tempo em que ele escrevia estas coisas. Depois diz que apareceu a Tiago.
Pois bem, este era também um dos mencionados irmãos do Salvador.
Portanto, de qualquer forma, os apóstolos à imagem dos doze eram muitos mais
– o próprio Paulo o era –, prossegue dizendo: depois apareceu a todos os
apóstolos” (História Eclesiástica, Livro I, 12:4-5)
Podemos entender por que Jesus
apareceria particularmente a Pedro após sua ressurreição, tendo em vista suas
negações e o desânimo que abateu o principal dos doze discípulos, mas por que
precisaria aparecer particularmente a Tiago, se este Tiago era o filho de Alfeu
do qual os evangelhos se silenciam quase que por completo? E por que este Tiago
estaria vinculado aos apóstolos além dos doze, se ele próprio era um
dos doze? Tudo nos leva a concluir que esse Tiago não tinha qualquer
relação com o Tiago de Alfeu, mas era, de fato, o irmão do Senhor, como conclui
Eusébio.
Que o Tiago que a Bíblia
descreve como o irmão de Jesus não é o apóstolo filho de Alfeu, isso também
fica claro em ocasiões em que os irmãos de Jesus são citados à parte dos doze
discípulos. Isso acontece, por exemplo, em João 7, onde os irmãos de Jesus
pedem para ele “sair daqui e ir para a Judeia, para
que também os seus discípulos possam ver as obras que você faz” (Jo
7:3), pois “nem os seus irmãos criam nele” (v.
5). Em outra ocasião, Jesus está com os doze quando chegam Maria e os irmãos de
Jesus mandando trazê-lo à força, pois achavam que estava fora de si (Mc
3:20-35).
A incredulidade dos irmãos de
Jesus já havia sido profetizada séculos antes no salmo davídico-messiânico que
diz:
“Pois
por amor a ti suporto zombaria, e a vergonha cobre-me o rosto. Sou um
estrangeiro para os meus irmãos, um estranho até para os filhos da minha mãe;
pois o zelo pela tua casa me consome, e os insultos daqueles que te insultam
caem sobre mim” (Salmos 69:7-9)
Essas evidências bíblicas atestam
que os irmãos de Jesus não estavam entre os doze apóstolos, nem mesmo
acreditavam em Jesus no início do seu ministério.
Para além disso temos a evidência
histórica, que confirma que o irmão de Jesus chamado Tiago não era um dos doze.
No século III, um bispo de Tiro chamado Doroteu elaborou uma lista com os nomes
dos setenta discípulos de Lc 10, na qual «Tiago, irmão de Jesus, chamado de
Tiago, o Justo, autor da Epístola de Tiago e o primeiro bispo de Jerusalém»,
aparece em primeiro lugar. Uma vez que o texto bíblico diz que “o Senhor designou outros setenta discípulos” (Lc
10:1), é evidente que esse Tiago irmão de Jesus não podia ser um dos doze (além
de que nenhum dos outros 69 litados era dos doze).
Ademais, todas as três vezes que
o Tiago dos doze aparece nos evangelhos ele é descrito apenas como o «filho de
Alfeu», nunca como o irmão de Jesus, que seria a vinculação mais importante.
Por outro lado, um outro Tiago aparece nas listas dos irmãos de Jesus (Mt
13:55; Mc 6:3) e é mencionado por Paulo como «irmão do Senhor» (Gl 1:19). Some
a isso o fato de que o grego tinha uma palavra específica para irmão (adelphos)
e para primo (anepsios), mas em relação a Tiago e aos irmãos de Jesus é
sempre adelphos que aparece (Mt 12:46, 13:55; Lc 8:20; Jo 2:12, 7:3; At
1:14). O mesmo apóstolo Paulo que chama Marcos de primo-anepsios de
Barnabé (Cl 4:10) chama Tiago de irmão-adelphos de Jesus (Gl 1:19). Isso
compromete a tese de que os irmãos de Jesus eram primos, como defende a
teologia católica romana.
Se os irmãos de Jesus fossem
primos, seria muito mais fácil usar o termo mais amplo para “parente” (suggenes),
que é usado doze vezes no Novo Testamento, mas nenhuma para os irmãos de Jesus.
Só Lucas usou cinco vezes o termo em seu evangelho (por exemplo, para Isabel,
chamada de parente-suggenes de Maria, a quem acredita-se ter sido sua
prima – cf. Lc 1:36), mas quando se refere aos irmãos de Jesus usa sempre adelphos,
a palavra própria para irmão (Lc 8:20-21). Ou os autores bíblicos não se
preocupavam em criar uma confusão proposital e até se esforçavam para confundir
os leitores, ou eles sabiam que os irmãos de Jesus eram, de fato, irmãos
sanguíneos.
E não apenas os autores
bíblicos: os seculares também. A melhor prova da historicidade de Jesus é o
testemunho antigo de Flávio Josefo (37-100 d.C), que fala sobre ele em duas
oportunidades. O que poucos sabem é que uma dessas citações menciona também seu
irmão Tiago, e é na verdade focada nele e não em Jesus. A citação diz que Anano
“reuniu um conselho de juízes, perante o qual
trouxe Tiago, irmão de Jesus chamado Cristo, junto com alguns outros, e,
tendo-os acusado de infração à lei, entregou-os para serem apedrejados” (Antiguidades
Judaicas, Parte 1, Livro XX, 8). O detalhe é que aqui Josefo usa o termo adelphos
(irmão), mas ao longo de toda a obra ele usa a palavra anepsios sem
reservas para designar os primos de alguém. A conclusão é óbvia: para Josefo,
assim como para os escritores bíblicos, Tiago era irmão de Jesus.
A evidência bíblica e histórica
se soma à evidência arqueológica. Em 2002, foi encontrado em Jerusalém um
ossuário datado de aproximadamente 63 d.C (exatamente o ano em que Tiago
morreu!) com a inscrição em aramaico: Ya'akov bar Yosef achui d'Yeshua
(“Tiago, filho de José, irmão de Jesus”). A descoberta sacudiu a comunidade
acadêmica e suscitou longa disputa, principalmente devido à resistência de ateus
e secularistas. O ossuário foi submetido a vários testes pelo Geological
Survey of State of Israel e após longa investigação foi declarado autêntico
em tribunal. A não ser que tenha havido em Jerusalém um outro Tiago que também
era filho de José, que também era irmão de Jesus e que também morreu em 63 d.C
(que é quase a mesma chance do Palmeiras ganhar um mundial), ele é a evidência
mais antiga da historicidade de Cristo, e também prova que ele tinha um irmão
chamado Tiago.
Já vimos que os irmãos de Jesus,
incluindo Tiago, não acreditavam nele a princípio (Jo 7:3-5; Mc 3:20-35), mas vemos
eles reunidos com sua mãe e com os apóstolos por ocasião do Pentecoste (At 1:13-14),
o que significa que eles passaram a acreditar em Jesus em algum momento durante
o seu ministério ou ao final dele. Isso explica por que Tiago irmão de Jesus é
praticamente omitido nos evangelhos, mas aparece com tanta ênfase dali em
diante. Caso semelhante ocorre com Paulo, que também não era cristão na época
do ministério de Jesus e por isso é omitido nos evangelhos, mas depois se torna
o “principal cabeça da seita dos nazarenos” (At
24:5) e ganha uma ênfase indiscutível.
Mas como Tiago ocupou uma
posição de destaque tão rápido, e por que os demais irmãos de Jesus não recebem
a mesma atenção? Para responder essa questão precisamos recorrer às fontes antigas,
as quais atestam que Tiago não era uma pessoa comum, mas um vulto entre os
judeus desde antes de sua conversão. Hegésipo (110-180 d.C), um cronista
cristão do segundo século, garante que Tiago era tão célebre entre os judeus
que tinha permissão até para entrar no santuário, embora não fosse sumo
sacerdote (algo que as autoridades judaicas jamais permitiriam a um cristão).
Suas palavras foram preservadas por Eusébio de Cesareia, em sua História
Eclesiástica:
“Sucessor
na direção da Igreja é, junto com os apóstolos, Tiago, o irmão do Senhor. Todos
dão-lhe o sobrenome de ‘Justo’, desde os tempos do Senhor até os nossos, pois
eram muitos os que se chamavam Tiago. Mas somente este foi santo desde o ventre
de sua mãe. Não bebeu vinho nem bebida fermentada, não comeu carne; sobre sua
cabeça não passou tesoura nem navalha e tampouco ungiu-se com azeite nem usou
do banho. Somente a ele era permitido entrar no santuário, pois não vestia lã,
mas linho. E somente ele penetrava no templo, e ali se encontrava ajoelhado e
pedindo perdão por seu povo, tanto que seus joelhos ficaram calejados como os
de um camelo, por estar sempre de joelhos adorando a Deus e pedindo perdão para
o povo. Por sua eminente retidão era chamado ‘o Justo’ e ‘Oblías’, que em grego
quer dizer proteção do povo e justiça, como declaram os profetas acerca dele” (História Eclesiástica, Livro II, 23:4-7)
Quando Tiago se converteu, as
mesmas autoridades judaicas que o prestigiavam passaram a persegui-lo, literalmente,
até a morte. Tamanha era a eminência de Tiago que muitos judeus pensaram que a
destruição de Jerusalém em 70 d.C foi um castigo divino pela morte dele.
Eusébio escreve que “Tiago era um homem tão
admirável e tanto havia-se espalhado entre todos a fama de sua retidão, que até
os judeus sensatos pensavam que esta era a causa do assédio de Jerusalém, iniciado
imediatamente depois de seu martírio, e que por nenhum outro motivo estavam
eles sofrendo-o senão pelo crime sacrílego cometido contra ele” (HE,
Livro II, 23:19).
Isso explica a rápida ascensão
de Tiago como o líder da igreja de Jerusalém alguns anos após sua conversão:
ele não apenas era um irmão de Jesus, mas era reconhecido como um homem justo
por todos os judeus, respeitado e honrado por todo o povo. Ninguém melhor para
assumir o episcopado em Jerusalém do que alguém tão honrado e respeitado como ele.
Não à toa, sempre que a Bíblia menciona Tiago ele está em Jerusalém (At 12:17,
15:13, 21:18; Gl 1:19, 2:9) e é especificamente aos judeus que ele dirige sua
carta (Tg 1:1), enquanto os outros apóstolos viajavam o mundo todo e fundavam
igrejas por toda a parte. De acordo com o testemunho histórico, o ministério de
Tiago em Jerusalém foi fundamental para a conversão de uma multidão de judeus, a
partir dos quais o Cristianismo se espalhou por todo o mundo.
Em nossos dias, quando pensamos
nos grandes líderes cristãos da Igreja primitiva nos lembramos de gente como
Paulo, Pedro e João, mas dificilmente nos lembramos de Tiago, muito menos do Tiago
irmão de Jesus. Até mesmo o irmão de João e o filho de Alfeu com o mesmo nome
são mais lembrados que o irmão de Jesus. Isso porque Tiago foi perdendo cada
vez mais relevância a partir do momento em que a crença na virgindade perpétua
de Maria se tornou popular – o que eliminava a existência de um Tiago irmão de
Jesus. Tiago então saiu de cena, foi transformado em primo, virou o filho de
Alfeu e não se falou mais nele.
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https://www.youtube.com/watch?v=dMkf2RoFSNE Comente
ResponderExcluirInteressante.
ExcluirOlá, eu só queria lhe fazer algumas perguntas. Em que século Isaías 53 foi interpretado como se estivesse falando sobre o povo de Israel e não o Messias? Eu pergunto a você, porque eu investiguei algumas pessoas; Eles dizem que os judeus antes de Jesus Cristo não acreditavam em tal interpretação que nós (os cristãos) damos.Eu descobri que alguns dos líderes dos judeus acreditavam que essa passagem estava falando do Messias, outros dizem que Isaías estava falando de Israel como seu servo sofredor. Mas essa interpretação para mim não seria a mais lógica, já que esse servo sofrerá o pagamento de seu povo (Israel) Se o servo é Israel, como Israel poderia morrer pelos pecados de si mesmo?
ExcluirBem, espero que você me responda sobre o que estudou na história, saudações e espero que esteja bem.
O Geisler e o Turek no livro "Não tenho fé suficiente para ser ateu" dizem que foi no século IX d.C, antes disso eles pensavam que a profecia se referia ao Messias mesmo, mas mudaram porque com o passar do tempo estava ficando bastante óbvio que a profecia se aplica a Jesus e que ninguém mais apareceria cumprindo todas aquelas exigências.
ExcluirMuchas gracias
ExcluirHey Jesse this is for you:
ResponderExcluirHappy 4th of July to you and your family and friends, Happy 4th of July to all Americans, the 4th of July is the birthday of America and birthday of all Americans!
Happy 4th of July to the First Modern Republic, to the First Democracy since Ancient Greece, to the First Rule of Law State in History, to the First Written Constitution, to the First Federation and to the First Modern State. My Congratulations to the USA! Thank God for America! 😀😊🇺🇸💙🇺🇸😊🌹💙
Thank you.
ExcluirFeliz 4 de JULHO para todos!
ResponderExcluirPS. THANK GOD FOR AMERICA! 😊🙏🏻🇺🇸
1. O seu livro sobre 1000 questões respondidas ainda vai ser escrito?
ResponderExcluir2. https://youtu.be/A9apKVFqZD8 como analisa esses argumentos?
3. Prentende ensinar história em escola?
1) Um dia vai, mas não está nos planos para agora. No momento eu estou fazendo um com perguntas e respostas selecionadas aqui do blog, o que é bem mais rápido e fácil já que se trata de perguntas já respondidas (eu só preciso selecionar as melhores e editar algumas coisas como a ortografia).
Excluir2) Eu vi até um pouco mais da metade do vídeo e achei frustrante, eu esperava que ele fosse fazer uma exegese do texto refutando os argumentos do Rodrigo Silva, mas em vez disso tudo o que ele fez foi citar brevemente a opinião de um monte de estudiosos sobre isso (alguns que concordam com ele e outros que não), numa clássica falácia do “apelo à autoridade”, como se pelo fato de mais estudiosos defenderem a vírgula antes do “hoje” então o certo é isso (sem falar que existe uma razão bem óbvia para a maioria pensar assim: quase todos eles são imortalistas e tem como pressuposto que o ladrão da cruz esteve com Jesus naquele dia em um estado intermediário, e com isso em mente faz mais sentido mesmo pontuar antes do “hoje”, mas é um pressuposto teológico e não linguístico).
E eu dou muito mais valor a alguém como o Rodrigo Silva que estudou esse único versículo por CINCO ANOS e provou sua tese numa banca de doutorado diante de gente que pensa diferente dele do que a outros estudiosos que podem ser até tão bons ou melhores que ele, mas que não estudaram esse único versículo com tanta profundidade assim. É pura ingenuidade pensar que só porque alguém é um grande linguista ou exegeta significa que sabe tudo por igual, todo mundo tem suas áreas de preferência onde sabe mais e outras que sabe menos, ninguém sabe tudo por igual. Eu por exemplo em teologia tenho muito conhecimento sobre imortalidade da alma mas quase nada sobre teosofia (coisas como o estudo da cabala), e em história tenho muito conhecimento sobre a história da Reforma mas muito pouco sobre a história da China, então não é porque eu tenho formação em teologia e em história que eu vou saber tudo por igual, ninguém é assim. Entre alguém que escreveu um trabalho de mais de 100 páginas só sobre esse versículo e outros tantos que emitiram opiniões superficiais em poucas linhas eu sou muito mais do time de quem estudou a fundo, a qualidade sempre deve se sobressair à quantidade, senão vira um “ad populum”.
3) Eu já dou aula pela rede pública, mas no momento nenhum professor está lecionando em sala de aula devido à pandemia.
Perfeito! Tinha me esquecido de uma questão também, que seria a 4. A bíblia utiliza as expressões "servos/escravos" do pecado e de Cristo. E muitos utilizam esses versículos para uma interpretação de negação do livre-arbítrio, como você explica? O entendimento a respeito da escravidão trás luz sobre esses textos?
ExcluirO que a Bíblia diz é que a nossa CARNE (instintos, desejos) é escrava do pecado, no sentido de ser inclinada naturalmente para as coisas pecaminosas. Ela não diz que com a mente nós somos escravos do pecado. Pelo contrário, Paulo diz que com a mente ele tem prazer na lei de Deus:
Excluir"Pois, no íntimo do meu ser tenho prazer na lei de Deus; mas vejo outra lei atuando nos membros do meu corpo, guerreando contra a lei da minha mente, tornando-me prisioneiro da lei do pecado que atua em meus membros" (Romanos 7:222-23)
Então não se trata de "negar o livre-arbítrio", se trata de expor a batalha que ocorre todos os dias dentro de nós entre carne e mente (i.e, nosso desejo intelectual de ser obediente a Deus, e nossos desejos carnais de recorrer ao pecado). Com a mente Paulo se sujeitava inteiramente ao senhorio de Cristo (por isso era "escravo de Cristo"), mas a carne (instintos pecaminosos) não pode desejar coisas boas, por isso a carne é escrava do pecado. Nós como ser humano não somos apenas a nossa mente e nem apenas a nossa carne, nós somos as duas coisas atuando ao mesmo tempo (é só ler a linguagem que Paulo usa em todo o capítulo), mas com a ajuda do Espírito Santo podemos vencer essa batalha (que é o que ele expressa na conclusão do capítulo, vs. 24 e 25). A escolha de sucumbir ou não ao pecado é justamente o que chamamos de livre-arbítrio, que pode ser usado para seguir nossos instintos carnais ou para resistir a eles, como Deus disse logo no Gênesis a Caim quando ele tinha o desejo de matar seu irmão Abel:
"Se você fizer o bem, não será aceito? Mas se não o fizer, saiba que o pecado o ameaça à porta; ele deseja conquistá-lo, mas você deve dominá-lo" (Gênesis 4:7)
"Ele deseja conquistá-lo" é a "carne" que Paulo fala (instintos pecaminosos). "Você deve dominá-lo" é o que fazemos com a mente, ao resistirmos a esses desejos. O livre-arbítrio se refere à capacidade de escolher a primeira ou a segunda opção, o que seria ridículo se não existisse, pois na prática Deus estaria dizendo para Caim fazer o que era impossível que ele fizesse. Só o que muda desse texto de Gênesis 4 para o de Romanos 8 é a atuação do Espírito Santo, que nos ajuda a vencer a carne ao buscarmos a Deus e nos enchermos dEle, o que torna esses desejos mais fracos e consequentemente mais fáceis de se resistir.
Excelente artigo Lucas! 👍🏻
ResponderExcluirVlw! :)
ExcluirLucas, perguntei para você no último artigo, que se caso o Brasil torne-se um país de maioria evangélica no futuro é sim muito provável que o carnaval vá perdendo popularidade e consequentemente deixar de ser parte da cultura brasileira, mas além do carnaval, que outras mudanças culturais o Brasil pode sofrer caso os evangélicos se tornem maioria no futuro? Como os evangélicos podem mudar culturalmente o Brasil nas próximas décadas? É possível que a velha cultura católica ibérica (que perdurou por 5 séculos no Brasil) seja extinta?
ResponderExcluirNão se muda uma cultura inteira da noite pro dia, mas assumindo que o Brasil se torne um país evangélico um dia, é natural que coisas malvistas no meio evangélico como carnaval, funk, prostituição, a objetificação da mulher e o estímulo à prática homossexual e ao consumo de drogas percam força na sociedade.
ExcluirEntão, é por isso que a Globo teme tanto o crescimento dos evangélicos e faz de tudo para desmoralizá-los: os tratando como intolerantes, fanáticos e mente-fechada em novelas (como Malhação por exemplo) e os ridicularizando em programas humorísticos mostrando eles de forma bem caricata (inclusive a Globo defendeu o Porta dos fundos durante aquela polêmica do Jesus "gay"). Pois de todas as emissoras a Globo é a que mais lucra com o carnaval, bem como a propagação de ideias progressistas. Então já pensou o que pra Globo significaria um país majoritariamente evangélico? Praticamente seria o fim do lucro sujo que ela tem para com o Carnaval e demais outras imoralidades. Por isso a Globo faz de tudo para nos desmoralizar, e mesmo assim não consegue mais como antigamente (especialmente após a popularização da internet, ficou mais fácil para os evangélicos espalharem o evangelho e converter milhões de pessoas no mundo). Tanto é que antigamente, há uns 10-15 ou 20 anos atrás os evangélicos tinham uma péssima imagem na sociedade (pior do que hoje, tanto é que a minha melhor amiga da faculdade é um exemplo disso, ela nasceu em um lar espírita e foi criada de acordo com a velha visão que sociedade tinha dos evangélicos há uns 20-15 anos, mas há aproximadamente 9 anos atrás ela conheceu o namorado dela que era evangélico, e toda aquela imagem ruim que ela tinha dos evangélicos foi desconstruída e pouco depois ela se converteu foi batizada, deixando para trás todas as crenças espíritas, mas a família dela ainda continua sendo de espíritas, católicos e não religiosos, ela é 4 anos mais velha que eu, ela tem 24 anos de idade) mas hoje parece que a sociedade brasileira está aceitando os evangélicos.
ExcluirQuanto mais os evangélicos crescem mais difícil fica de estigmatizá-los como algo ruim, o que é muito mais fácil de se fazer com uma minoria que pouca gente conhece. Hoje quase todo mundo tem um amigo ou parente evangélico e sabe bem que não são tudo um bando de fanático bitolado como parte da mídia passa, então essa imagem não cola mais, pelo menos não como antes, já que hoje as pessoas tem a realidade diante delas e não apenas uma imagem distorcida pela mídia (baseada em um personagem de uma novela e não em uma pessoa real). O que também ferrava com a imagem dos evangélicos são esses pastores midiáticos de péssimo nível (não preciso nem citar nomes), mas hoje em dia com o avanço da internet muita gente passou a conhecer pastores sérios de igrejas sérias, e ver que nem todos são como aqueles que viam na televisão envergonhando a classe.
ExcluirLucas, Deus possui um nome próprio (Jeová/Javé) como afirmam alguns?
ResponderExcluirNa verdade o nome dado no Antigo Testamento é o tetragrama YHWH, mas como se trata apenas de consoantes ninguém sabe ao certo como o nome era pronunciado pelos hebreus da época, por isso alguns assumem que era "Jeová" e outros que era "Javé" (tem outros grupos que chamam de "Yahu", mas aí já não tem o amparo de estudiosos sérios). De todo modo isso não é o mesmo que dizer que só podemos nos referir a Deus como "Jeová" (como dizem as TJ), porque no próprio Novo Testamento os autores bíblicos usam o termo "Theos", que significa apenas "Deus" e era o nome dado ao panteão de deuses gregos (ou seja, os apóstolos não faziam questão de usar o tetragrama ou de se referir a Deus desse modo, e no próprio Antigo Testamento Deus é chamado de outros nomes, como Elohim e Adonai). Por isso quando Moisés pergunta a Deus qual é o nome dele, ele responde apenas que "eu sou o que sou" (Êx 3:14), porque o auto-existente não tem um "nome" próprio, embora ele se apresente de várias formas ao Seu povo para ser invocado por Ele.
ExcluirMuito interessante esse estudo!:
ResponderExcluirhttps://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0022519320302071?via%3Dihub
Será que passou no Fantástico?
Deus lhes ilumine!
Se fosse o drama de um homem trans que não recebe cartas no presídio após ter estuprado e assassinado crianças indefesas teria passado... mas isso nem pensar.
ExcluirLucas, é errado se vestir de mulher para interpretar uma peça?
ResponderExcluirEu não sei se é errado, mas não é adequado. Por que simplesmente não dá o papel para uma mulher se vestir assim? No fundo é uma forma de incentivar a "cultura trans", como se fosse uma coisa normal.
ExcluirHello Lucas,
ResponderExcluirI added the pope that you brought up who embraced pelagianism for a time to my short list of practical examples against papal infallibility. So you think those are sufficient to refute the dogma?
There are also these examples from Norman Geisler and Keith Thompson, which include the Galileo case and the Second Vatican Council on Islam:
Excluirhttp://heresiascatolicas.blogspot.com/2012/09/os-problemas-da-infalibilidade-papal.html
http://heresiascatolicas.blogspot.com/2015/05/refutando-infalibilidade-papal.html
I've got this material on the Second Vatican Council:
Excluirhttps://rationalchristiandiscernment.blogspot.com/2020/06/criticizing-roman-catholic-ecumenical.html
Fala, meu irmão! Já vi muita gente se utilizando de uma frase retirada da "História Eclesiástica" pra dizer que João era o discípulo amado, inclusive em Bíblias de estudo, como a minha. O que tens a dizer sobre isso? Segue a frase: “João, que descansou no seio de nosso Senhor, sacerdote que usou a veste sacerdotal de nosso Senhor, também ele mártir e mestre, repousa em Éfeso” (História Eclesiástica, livro 3, capítulo 31)
ResponderExcluirPoucos capítulos à frente o próprio Eusébio diz que o João que escreveu as três cartas e o evangelho é diferente do João que escreveu o Apocalipse (um é o João apóstolo e o outro é um presbítero de mesmo nome):
Excluir“Vale a pena atentar para o fato de que Papias menciona duas vezes o nome de João: na primeira vez, coloca-o na lista juntamente com Pedro, Tiago, Mateus e os outros apóstolos, indicando claramente o evangelista; o segundo João, porém, depois de cortar a frase, coloca-o à parte, fora do número dos apóstolos, antepondo a ele Aristião, e lhe dá claramente o nome de presbítero. De modo que, também por meio desse testemunho, se comprova a verdade histórica daqueles que dizem que houve na Ásia duas pessoas com o nome de João, e que existiu em Éfeso duas sepulturas e que ainda hoje as duas são atribuídas a João. É NECESSÁRIO PRESTAR ATENÇÃO A ESTES FATOS, PORQUE É PROVÁVEL QUE FOSSE O SEGUNDO – SE NÃO SE PREFERE O PRIMEIRO – O QUE VIU A REVELAÇÃO (=APOCALIPSE) QUE CORRE SOB O NOME DE JOÃO. Papias, de quem já falamos, reconhece ter recebido as palavras dos apóstolos diretamente dos que os seguiram; por outro lado, diz ter sido ouvinte pessoal de Aristião e de João, o presbítero. De fato, ele os menciona frequentemente pelo nome em seus escritos, para transmitir as tradições deles” (HE, Livro III, 39:5-7)
O que acontece é que Eusébio achava que o João do Apocalipse é o presbítero e o das cartas e do 4º evangelho é o apóstolo, mesmo assim ele não tinha certeza disso, como podemos notar quando ele diz que “é PROVÁVEL que fosse o segundo [i.e, o João presbítero], SE NÃO SE PREFERE O PRIMEIRO [i.e, o João apóstolo] o que viu a revelação do Apocalipse”. Ou seja, ele achava provável que o João apóstolo tivesse escrito o evangelho e as cartas e o João presbítero o Apocalipse, mas também reconhece a possibilidade de que fosse o contrário, que é o que eu defendo e também o mais lógico, já que o João do Apocalipse tem um grego sofrível, típico de um pescador da Galileia que não dominava o idioma, e o outro João tem o grego mais estiloso e sofisticado do NT, típico de um falante nativo:
“Já sabemos de início que o original do Apocalipse foi escrito em língua grega; não é uma tradução. Contudo, contém muitas anomalias e incongruências gramaticais desconcertantes. (...) A maioria dos estudiosos explicam-no como sendo consequência da origem cultural do autor, que seria um homem do Oriente Médio, cuja língua materna não era o grego. (...) A primeira palavra a esse respeito encontra-se em Eusébio de Cesareia, que citou em sua História Eclesiástica a opinião do bispo Dionísio de Alexandria sobre o Apocalipse. Quanto ao idioma (que também era o de ambos), dizem que, comparado com o quarto evangelho, ‘eu observo que sua linguagem e estilo não são realmente gregos’. Pratica barbarismos e, ocasionalmente, cai em ‘solecismos’, ou uso incorreto das palavras. Por essa e outras razões, conclui que não pode ser o mesmo autor” (ARENS, Eduardo; MATEOS, Manuel Díaz. Apocalipse: A força da esperança. São Paulo: Edições Loyola, 2004, p. 25)
Além disso, o João das cartas se refere como “presbítero” (2Jo 1; 3Jo 1), então se existia mesmo dois Joãos (um presbítero e o outro apóstolo) faz todo o sentido que o que não era o apóstolo se identificasse assim, mas o apóstolo jamais se identificaria assim sabendo que havia outro João conhecido como o presbítero, o que causaria uma enorme confusão. Em outro trecho da História Eclesiástica Eusébio cita Dionísio de Alexandria, que havia chegado a essa mesma conclusão:
Excluir“De fato, pelo caráter de um e de outro, pelo estilo e pela chamada disposição geral do livro, conjeturo que não é o mesmo, já que o evangelista em nenhuma parte escreve seu nome nem prega a si mesmo: nem no Evangelho nem na Carta; de nenhuma maneira, nem em primeira nem em terceira pessoa. Porém, o que escreveu o Apocalipse, imediatamente se põe adiante, já no começo: ‘Revelação de Jesus Cristo, que foi dada para mostrar prontamente a seus servos, e que foi revelada enviada por meio de seu anjo a seu servo João, o qual deu testemunho da palavra de Deus e de seu testemunho: tudo o que viu’. Logo escreve também uma carta: ‘João às sete igrejas que estão na Ásia. Graça e paz a vós outros’. Mas o evangelista nem no cabeçalho de sua Carta católica escreveu seu nome, mas começou sem mais pelo próprio mistério da revelação divina: ‘O que era desde o princípio, o que temos ouvido, que vimos com nossos próprios olhos’. Mas ocorre que nem na segunda nem na terceira Carta que se consideram de João, ainda que breves, aparece João por seu nome, mas de uma forma anônima achamos escrito: o presbítero. Por outro lado, este outro não achou suficiente nomear-se uma vez só e seguir a explicação, mas repete novamente: ‘Eu, João, vosso irmão e co-partícipe na tribulação, no reino e na paciência de Jesus, estive na ilha chamada Patmos por causa da palavra de Deus e do testemunho de Jesus’. E ainda, mesmo perto do final, diz o seguinte: ’Bem-aventurado o que guarda as palavras da profecia deste livro, e eu, João, o que está vendo e ouvindo estas coisas’’” (HE, Livro VII, 25:8-11)
http://juliosevero.blogspot.com/2015/01/estado-laico-quem-paga-por-essa.html
ResponderExcluiruando havia Abraão, Isaque e Jacó milhares de anos atrás, não existia nenhuma igreja cristã ou sinagoga. Mas havia templos pagãos com seus sacerdotes homossexuais e sacrifícios de bebês. A homossexualidade era então sagrada e fazia parte do sacerdócio pagão.
O suposto Estado ‘laico’ moderno, que é muito mais socialista do que qualquer outra coisa, não imita perfeitamente as religiões pagãs do passado ao sacralizar as práticas homossexuais e o aborto, que é o sacrifício de crianças em gestação?
Abraão, Isaque e Jacó, apenas com suas famílias e sem nenhuma igreja, lutavam contra essas práticas pagãs, que hoje são a própria essência do Estado ‘laico.’
Em outro texto o Julio Severo critica o estado laico usando o exemplo do Rei Davi,que foi um rei que não separou a religião do estado e sempre honrou a Deus.
Nunca vi exemplos mais ridículos, em primeiro lugar o Estado na época dos patriarcas não era laico, ele favorecia a religião pagã dos cananeus, então usá-lo como um exemplo de Estado laico para refutar o Estado laico é uma imbecilidade sem tamanho. Além disso os patriarcas nunca tiveram o objetivo de transformar Canaã numa teocracia de Jeová, eles viveram em Canaã em paz com os cananeus, se estes sacrificavam bebês eles não precisavam copiar o mau exemplo. Inclusive é justamente porque o Estado não era laico que esse tipo de coisa era permitida, o sacrifício de bebês nunca foi aceito em um Estado laico (que não pressupõe a verdade de nenhuma fé específica para permitir esse tipo de atrocidade), só era aceito em estados que professavam a fé que sacrificava os bebês. Ou seja, o exemplo que ele usa contra o Estado laico é tão ruim que na verdade favorece a laicidade do Estado.
ExcluirA única teocracia que Deus aprovou era a de Israel, porque Israel era a propriedade particular do Senhor. Ele nunca exigiu que os outros povos (como nós brasileiros) fossem uma teocracia, nunca mandou Israel subjugar um povo inimigo para impor a teocracia israelita a eles, nunca os castigou com pragas ou por qualquer coisa que seja por eles não serem teocratas, a teocracia era apenas e exclusivamente para Israel e só. E mesmo assim essa teocracia não era pra sempre, o próprio Senhor Jesus contrariou diretamente vários pontos da lei no Sermão da Montanha (como o "olho por olho e dente por dente", a permissão de se divorciar por qualquer motivo, o apedrejamento da mulher adúltera como a lei exigia, a guarda do sábado e assim por diante), e o Novo Testamento é claro ao dizer que o tempo da lei passou e que nós vivemos hoje sob a nova aliança (Gl 3:23-25; Rm 6:14; Ef 2:15; 1Co 9:20; Hb 8:7-13, etc).
Diferente da teocracia israelita, Jesus disse que seu reino NÃO é deste mundo (Jo 18:36), era um reino puramente espiritual, que inclusive no terreno físico se sujeitava à lei dos romanos (e Jesus não pregou nenhuma revolução política, como os judeus esperavam do Messias na época para libertá-los dos romanos). Se formos exigir a teocracia nos dias de hoje baseada na lei de Moisés não apenas estaremos descumprindo tudo aquilo que Jesus ensinou, como ainda não teremos moral nenhuma para condenar a teocracia católica medieval, ou a teocracia islâmica de nossos dias, ou qualquer outra teocracia de uma religião alheia, já que eles estão apenas fazendo o mesmo que a gente, para o lado deles. É curioso que o mesmo tipo de gente que prega uma teocracia para os dias de hoje tem horror da teocracia dos estados islâmicos ou de outras partes do mundo ao longo da história (e seriam executados em muitas delas), porque não existe verdadeira liberdade sem a laicidade (neutralidade) do Estado. Eles gostam da teocracia só quando é a teocracia do deus deles e sob a interpretação deles.
O problema do Julio é que ele tem uma mentalidade totalitária fascista, do tipo que pensa que não basta ser uma pessoa moral, tem que também forçar a moralidade dos outros goela abaixo. Se dependesse dele, quem cometesse um adultério ainda seria apedrejado, assim como praticamente todo mundo que discorda dele em algum assunto. Usando o exemplo que você deu, se eu sou contra a pornografia é só eu não consumir material pornográfico, mas ele não se contenta com isso, quer proibir para os outros e meter o Estado no meio disso para vigiar e punir quem opta por assistir pornografia, o que é ridículo. Essa tentativa de enfiar goela abaixo a moralidade nos outros por força da lei e através do Estado não deu certo nem na teocracia israelita (há um festival de textos bíblicos dizendo que os israelitas se tornaram mais imorais que os povos vizinhos), muito menos em nossos dias. Só um lunático acha que o Estado se encarregando de vigiar o comportamento das pessoas vai resolver o problema da moralidade; pelo contrário, isso só vai aumentar o tamanho do Estado fazendo dele um Estado policial-totalitário que vigia até mesmo o que os indivíduos fazem em privado ou no ambiente familiar. Chega a ser grotesco só de imaginar, pra falar a verdade nem Hitler e Mussolini chegaram a esse ponto.
ExcluirIsso sem falar que a visão de moralidade que ele tem pode não ser a mesma noção de moralidade que outras pessoas tem, inclusive religiosas. Quando eu tinha cabelo comprido eu já cheguei a receber comentários de crentes me condenando por isso, dizendo que eu ia pro inferno se não cortasse o cabelo, pra esse tipo de gente o tamanho do cabelo é uma questão de cunho moral. Pro Julio com certeza não é, já que ele é bem mais cabeludo do que eu era, mas quem garante a moralidade que o Estado vai impor à força? O Julio proibiria a pornografia, um desses crentes que eu disse proibiria o cabelo comprido, um outro proibiria desenhos "satânicos" da Disney, um outro proibiria assistir TV ou ir ao cinema, um outro proibiria jogar futebol ou qualquer outro jogo, e por aí vai, tem louco pra tudo. Na verdade quando o Julio diz que o Estado deveria se incumbir da responsabilidade de forçar a moralidade na vida privada dos outros o que ele está querendo dizer na verdade é a moralidade DELE, sob a perspectiva de que ele fosse o ditador que ditasse que moralidade é essa que seria exigida a todos. E não tem nada que me cause mais pavor que essa gente que se enxerga como um ditador, mesmo que da boca pra fora se diga "cristão".
Sem falar naquele caso do pastor da assembléia de Deus que disse que quem tem barba ou não entendeu nada de Bíblia ou está a serviço de Satanás... Pra moral desse pastor a barba eh uma coisa ruim, já pra minha moral não é, inclusive uso e passo um balm nela pra ficar show. Não vejo como um estado religioso como já vi uns defendendo poderia uniformizar esse tipo de entendimento, olha que o exemplo da barba é só uma coisa simples. Imagina quando chegar no livre arbítrio e na eleição kakakakakaka prefiro um estado laico mesmo, se for pra analisar tudo.
ExcluirEu queria que esse pastor dissesse isso cara a cara com Arão...
ExcluirVeja só isso:
ResponderExcluirRecentemente o Estado do Mississipi nos EUA aposentou de vez a bandeira do Estado que representava os símbolos confederados (detalhe: A lei que aposentava a bandeira foi aprovada por republicanos e democratas juntos na legislatura do Estado, e olha que esse é um dos Estados que os republicanos, conservadores, mais tem controle sobre a legislatura estadual):
https://www.google.com/amp/s/oglobo.globo.com/mundo/estado-americano-do-mississippi-se-prepara-para-retirar-simbolo-escravagista-de-bandeira-24504715%3fversao=amp
https://www.google.com/amp/s/veja.abril.com.br/mundo/estado-do-mississipi-aprova-lei-para-retirar-simbolo-racista-da-bandeira/amp/
https://www.google.com/amp/s/noticias.uol.com.br/ultimas-noticias/rfi/2020/06/28/eua-mississipi-decide-remover-emblema-escravagista-da-bandeira.amp.htm
Isso me lembrou aquela vez em que você me disse que conforme a Humanidade vai evoluindo e tendo consciência de todas as atrocidades cometidas no passado, ela vai passar a repudiar todo tipo de demonstração em favor do autoritarismo e de símbolos e figuras racistas, isso o que aconteceu no Mississipi foi um grande avanço para todos. Devemos nos lembrar sempre que os confederados foram TRAIDORES da República Americana e pelo bem do Povo Sulista e do Povo Americano em geral, a memória deles deveria ser jogada na lata do Lixo. NÃO SE CELEBRA A MEMÓRIA DE TRAIDORES!
Pelo que eu li, esse foi o último estado que ainda mantinha esse símbolo (o penúltimo foi em 2003, como diz a matéria). Só é uma pena que ele tenha mudado mais por pressão do momento do que por livre e espontânea vontade.
ExcluirVerdade, mas com o passar do tempo, eles vão perceber que essa mudança realmente valeu a pena.
ExcluirLucas, comente:
ResponderExcluirhttps://youtu.be/8dCiEqjG-1M
Essa de que a parábola já era conhecida na época de Jesus eu já sabia pelo livro do Bacchiocchi, mas não sabia que Jesus mudou o final daquele jeito, isso faz todo o sentido mesmo, e reforça o propósito da parábola que eu escrevi no meu artigo.
ExcluirBanzolao vc ja jogou Football Manager?Se sim gostou do jogo?
ResponderExcluirEsse não, mas na minha adolescência eu devo ter jogado umas mil temporadas de Brasfoot, o Pizarro e o Shevchenko cansaram de fazer gol com a camisa do meu time (São Lucas FC).
ExcluirLucas, estava vendo umas coisas de mestres acencionados e um deles seria jesus. Quando eu descobri isso eu vi que tinha umas pessoas que acreditam que jesus foi para a Índia e tudo mais, bem loko não? Oque você acha disso?
ResponderExcluirIsso daí é puro esoterismo sem base bíblica ou histórica nenhuma, na verdade é o tipo de coisa que nem deveria ser cogitada a sério. O que Jesus iria fazer na Índia, se a Bíblia é clara ao dizer que Ele veio para os seus (i.e, os judeus)? Mesmo quando uma mulher que não era israelita quis ser curada por Jesus, ele disse que não seria bom tirar dos filhos (judeus) para dar aos cachorrinhos (gentios), ou seja, que não era ainda o tempo dele se manifestar aos gentios (o que não o impediu de curá-la mesmo assim, devido à grandeza de sua fé). Em todo o ministério de Jesus ele percorreu apenas a Judeia e povoados próximos pelos quais tinha que passar para chegar a outra região, mas nunca para longe da Judeia, muito menos para a Índia. Jesus precisava primeiro ser rejeitado pelos judeus para que então o evangelho se tornasse universal e fosse levado aos confins da terra, por isso seria totalmente anti-proposital ir para tão longe de onde os judeus viviam. Sem falar que nos evangelhos Jesus é chamado de "Jesus de Nazaré" por ter passado quase toda a vida lá (desde que voltou do Egito, para onde seus pais o levaram quando criança apenas para não ser morto por Herodes), inclusive era reconhecido por todos na cidade conforme textos como Marcos 6:2-4, o que não seria possível se ele tivesse passado anos da vida dele na Índia.
ExcluirLucas, você aceitaria uma bolsa para mestrado/doutorado em teologia numa faculdade católica?
ResponderExcluirSe ninguém me conhecesse sim, mas como isso é bem pouco provável seria comprar briga à toa, e eu não sou disso.
Excluirhttps://www.youtube.com/watch?v=mi9R6mu7ADM Comente
ResponderExcluirEu não tenho tempo pra ver e comentar vídeos longos, se fosse um vídeo mais curto ou de um assunto que me despertasse interesse eu assistiria, mas senão eu fico sem tempo pra responder os outros.
Excluir"segundo as Escrituras, foi sepultado e ressuscitou ao terceiro dia, segundo as Escrituras, e apareceu a Pedro e depois aos Doze" (1ª Coríntios 15:3-5)
ResponderExcluirIsso que diz que Jesus apareceu aos doze é força de expressão, pelo número original ou ele também apareceu a Judas Iscariotes? A substituição por Matias se deu apenas em Pentecostes, 50 dias depois.
Jorge, muito boa sua observação. Olha aí os livros do N T em circulação já nos tempos de Paulo. Ele diz, "segundo as Escrituras, foi sepultado e ressuscitou ao terceiro dia". Isso é passagem dos Evangelhos!
ExcluirPaulo declara a canonicidade dos Evangelhos quase 4 séculos antes da Igreja católica!!!
Ele chama os Evangelhos de Escrituras!
O Velho Testamento já estava em circulação também, e podia ser adquirido no Templo. O Eunuco, criado da rainha etíope, foi a Jerusalém para adorar e voltou lendo o livro do profeta Isaías: "... eis que um etíope, eunuco, mordomo-mor de Candace, rainha dos etíopes, o qual era superintendente de todos os seus tesouros e tinha ido a Jerusalém para adorar, regressava e, sentado no seu carro, lia o profeta Isaías" (Atos:8:27-28).
Paulo usava o Velho Testamento nas discussões com os judeus (Atos:17:2). Os cristãos tinham em casa as Escrituras para ler (Atos 17:11).
A maioria das cartas de Paulo já circulavam pela Igreja (2 Pedro 3:15,16. Compare com Colossenses 4:16). Ou seja, todas as Igrejas receberam as cartas que lhes foram endereçadas pelos Apóstolos, e isso muito antes da Igreja católica decidir quais livros eram inspirados.
Deus fez dois Testamentos com seu povo, um foi declarado Velho, e o outro, que tomou o lugar, foi chamado de Novo. Eu nunca vi ninguém fazer um Testamento com alguém por via oral - não tem validade nenhuma! Testamento se faz por escrito. São dois testamentos, não três! Não há lugar para testamento oral! Por esse motivo, a tradição oral católica, supostamente entregue pelos Apóstolos, não tem validade ou credibilidade, pois teria que ser aceita como um terceiro testamento. Essa é a proposta mais absurda que alguém pode conceber.
E não podemos esquecer que os oráculos divinos foram confiados aos judeus. Foi dos judeus "a adoção, e a glória, e os pactos e a promulgação da lei, e o culto, e as promessas; de quem são os patriarcas; e de quem descende o Cristo segundo a carne" (Romanos:9:4-5).
A primazia não pode ser furtada pela Igreja de Roma!
Capítulos antes, quando Paulo fala da Ceia, ele aborda a traição de Judas
Excluir"Porque eu recebi do Senhor o que também vos ensinei: que o Senhor Jesus, na noite em que foi traído, tomou o pão;"
1 Coríntios 11:23
Essa questão não parece ter sido um enxerto posterior.
Ele deve ter citado que Jesus apareceu aos 12 apóstolos por uma questão linguistica, força de expressão.
Há as duas possibilidades na verdade, porque em 1Co 15:5 Paulo diz que Jesus apareceu DEPOIS aos doze (não no momento em que tomou a ceia, mas já depois de ter ressuscitado e aparecido a Pedro), então alguém poderia dizer que Judas após trair Jesus se arrependeu e voltou para o grupo apostólico e viu Jesus ressuscitado, mas depois não se aguentou de culpa e se suicidou. Eu acho isso difícil porque se ele tivesse visto Jesus ressuscitado provavelmente teria falado com Jesus e não sentiria mais um peso de culpa tão grande a ponto de cometer suicídio, e isso provavelmente teria sido destacado por algum evangelista, pois seria um fato muito relevante. Então ao que parece a expressão "Os Doze" é uma forma de se referir ao grupo apostólico, mesmo quando nem todos os doze estavam literalmente presentes (tipo os "300 do Brasil" da Sara Winter, que na passeata não passava de uns 20 e poucos, mas mesmo assim era referido na mídia como "os 300").
Excluirmuito bom
ResponderExcluirObrigado, Isaque!
Excluir"Mas como Tiago ocupou uma posição de destaque tão rápido, e por que os demais irmãos de Jesus não recebem a mesma atenção?"
ResponderExcluirEu já ouvi uma explicação que Tiago teve uma posição de destaque por ser, igual a Jesus, descendente do rei David e por isso era enxergado com um simbolismo de um "rei" entre os apóstolos. Ele deveria ser o mais velho entre os outros irmãos, por isso os apóstolos transformaram-o em bispo.
Nas épocas bíblicas, o rei David também resolvia as questões legais do povo, igual a história de duas mulheres que reivindicavam ser a mãe de um bebê. Isso pode estar relacionado com Atos 15, ali Tiago estava se portando como um "rei legal" da época. Apenas uma questão simbólica, pois a decisão em si foi do colegiado apostólico.
*Corrigindo: Salomão sobre a história do bebê e as mães.
ExcluirEu não acho que seja especificamente por isso porque devia haver muita gente descendente de Davi naquela época, o simbolismo em si é até interessante e válido, mas as razões que levaram os apóstolos a escolherem Tiago como bispo da principal igreja cristã da época (a de Jerusalém) são mais pragmáticas do que simbólicas (como eu explico no artigo).
ExcluirBoa noite. Esse documentario, https://www.youtube.com/watch?v=N0mdfB_wsAk tipo tem umas coisas de Biblia ali, dentro do contexto que estou estudando. Ja ouviu falar?
ResponderExcluirNão conheço o documentário, mas sobre Gn 6 eu escrevi aqui:
Excluirhttp://www.lucasbanzoli.com/2018/09/revelado-descubra-agora-quem-eram-os.html
Lucas, falando também sobre o crescimento dos evangélicos. Eu vi numa pesquisa de que os protestantes evangélicos também estão crescendo muito nos EUA. Vou explicar melhor essa história:
ResponderExcluirHistoricamente falando, desde a sua colonização pelos ingleses no séc. XVII, o tipo de protestantismo que perdurou nos EUA foi o protestantismo tradicional (ou evangélicos de missão, como se refere o IBGE e Mainline Protestantism para os americanos) e ele perdurou como religião majoritária nos EUA até a década de 1970-80 quando foi substituído pelo Protestantismo Evangélicos, além disso o Protestantismo tradicional já estava em declínio na sociedade desde a década de 1950. Dos 50% de protestantes que predominam nos EUA, estima-se que 30% são de protestantes evangélicos; 14% sejam de protestantes tradicionais; e 6% sejam de protestantes de igrejas negras (Black churches). Por exemplo; a Igreja Episcopal Anglicana (de onde veio a maioria dos Presidentes americanos) teve seu ápice de membros na década de 1950 quando chegou a ter 4,6 milhões de membros, mas esse número começou a declinar e muito a partir de 1961, hoje a Igreja Episcopal têm apenas 2 milhões de membros. Outro Exemplo que podemos citar é o da Igreja Presbiteriana, que também teve seu ápice na década de 50 com quase 5-6 milhões de membros, mas hoje tem pouco menos de 3 milhões de membros. Em comparação os evangélicos passaram de 16% da população em 1970 para 23% em 2000, e atualmente representam 30% da população americana. Lembrando que o movimento evangélico surgiu nos EUA em meados do século XIX, mas teve seu ápice de crescimento no séc. XX, especialmente após a Segunda Guerra Mundial, e também em parte graças ao incrível e saudoso evangelista Billy Graham. Porque as igrejas Protestantes tradicionais vem cada vez mais perdendo espaço nos EUA? Pois lá na Europa eles estão perdendo fiéis aos montes juntos com os católicos, mas graças aos evangélicos os EUA não está mergulhado no ateísmo como a Europa (pelo menos, não ainda, pois infelizmente a tendência do mundo é a secularização e o ateísmo).
É que quando falamos de "evangélicos", estamos englobando todas as matrizes de cristãos protestantes, desde as igrejas históricas e tradicionais até as que surgiram ontem. Na verdade o que está crescendo nos EUA são os evangélicos pentecostais, em detrimento dos evangélicos tradicionais (de igrejas históricas como a presbiteriana, anglicana, luterana e etc), algo que ocorre no mundo inteiro, inclusive no Brasil. Há tempos atrás eu fiz um vídeo sobre isso que acabei não postando no canal por achar que não ficou muito bom, mas nele eu tentava explicar por que isso acontece, e a razão principal que eu vejo é a "frieza" dessas igrejas mais antigas que não conseguem falar ao coração de alguém que vive no século XXI, então acabam acumulando membros majoritariamente entre os mais tradicionalistas (ou seja, o tipo de gente que vai à igreja mais por gostar da tradição que ela representa do que propriamente para ter um encontro com Deus), e como há cada vez menos tradicionalistas com o passar do tempo, essas igrejas vem perdendo membros a cada ano que passa (pelo menos em números percentuais). Isso se deve a uma liturgia "engessada", muitas vezes mecânica e previsível, cheia de ritualismos e cerimonialismo, o mesmo problema que afetou e continua afetando a Igreja Católica em nossos dias (que não à toa criou uma vertente carismática após o Concílio Vaticano II para tentar lidar com esse problema, criando um tipo de pentecostalismo artificial).
ExcluirSe Sérgio Moro fosse Presidente, será que ele seria um Fernando Henrique Cardoso 2.0 (Pelo menos no primeiro mandato FHC)? Pois ao que me parece Moro tem uma coisa em comum com FHC: ambos não são populistas. Por mais que Sérgio Moro seja bastante popular, ele não usa sua popularidade para fazer um populismo barato ao maior estilo Bolsopetista (e Latrino, ops Latino-americano), Fernando Henrique Cardoso, por mais que tenha tido seus erros na gestão, ele nunca foi um populista, pelo contrário, ele não ligava nem um pouco para popularidade quando era Presidente, ao que me parece, ele é uma pessoa bastante realista e pé no chão, que vai utilizar o que é legalmente possível para aprovar as suas pautas (como prisão em segunda instância, endurecimento da lei, reforma judiciária e etc.)
ResponderExcluirIsso é verdade, se parar pra pensar, os poucos bons presidentes que tivemos foram o inverso do que entendemos como um populista (alguns nem sequer foram eleitos para presidente e talvez por isso não ligassem nem um pouco para a sua popularidade, como o Itamar Franco e o Temer na parte econômica). Inclusive nenhum deles tentou uma reeleição (o FHC manchou sua imagem e arruinou sua reputação justamente por ter se reelegido). O que eu vejo é que quanto mais desapegado alguém está do poder e menos pretensão tem de "agradar a boiada", mais propício está a fazer um bom governo. Mas quando alguém se apega ao poder e se preocupa muito em agradar todo mundo para ter a maldita "governabilidade" visando uma reeleição futura, acaba tomando medidas que sabe que são ruins para o país e que serão uma bomba-relógio para os próximos presidentes, mas que são úteis naquele momento para conseguir o apoio popular que eles tanto querem. Populista é o tipo de gente desprezível que se importa mais com a sua imagem do que com o bem do país, então se ele sabe que mais pra frente o país vai quebrar mas que por enquanto o povo vai adorá-lo ele não hesita em fazer isso, pois pensa mais em si mesmo do que no país, só o que importa é o que os outros vão pensar dele. Infelizmente vivemos numa sociedade que cada vez mais ama os populistas, e a chance de gente com um perfil totalmente inverso ao populismo (tipo um Alckmin ou um Meirelles) se eleger é virtualmente nula. Por isso é mais provável que na próxima eleição veremos um Lula, um Doria ou o Bolsonaro de novo na presidência, porque é desse tipo de gente que o povo gosta, já que a maioria dos brasileiros são burros, fanáticos, de mente fraca e facilmente manipuláveis.
ExcluirOutro fato que eu esqueci de mencionar:
ExcluirO maior momento em que FHC teve sua aprovação no ápice foi em 1997-1998, quando chegou a ter 45% de aprovação, mesmo nunca tendo a popularidade passado dos 50%, ele não deu a mínima para isso, e mesmo em seus piores momentos de aprovação lá em 2000-2002, ele conseguiu aprovar a importantíssima Lei de Responsabilidade Fiscal e a Emenda Constitucional que terminava com o sigilo do voto de cassação de mandato parlamentar das Assembleias legislativas dos Estados. Bem como as essenciais privatizações: da telefonia, da Vale e de diversas outras estatais. Fora também que durante a Crise Argentina (que afetou o crescimento da economia brasileira em 2001, que ficou abaixo dos 1%) ele conseguiu junto com o Malan dar à volta por cima e evitar que a Crise fosse pior. Também, devemos sempre lembrar que mesmo FHC não sendo um populista e muito menos desse a mínima para sua popularidade, ele ainda criou alguns programas de assistência social como: o Bolsa-escola, bolsa-alimentação e vale-gás, mas o feito mais louvável dele sem dúvida foi a consolidação do plano Real (na qual ele foi o cabeça da elaboração desse plano juntamente com uma equipe renomada de economistas durante o final do governo Itamar em 1994), ele pegou um país com uma inflação na casa dos 22,5% e a entregou para o Lula em 12,4%. E um detalhe importante: A última pesquisa Datafolha divulgada sobre a aprovação dele em Dezembro de 2002 revelou que a aprovação dele foi de 26% contra 44% de reprovação (o pior índice até então registrado pelo Datafolha desde a redemocratização do país, que só seria superado pela Dilma Rousseff em 2016 quando esse índice foi de míseros 8%):
http://datafolha.folha.uol.com.br/opiniaopublica/2002/12/1222326-fhc-encerra-mandato-com-reprovacao-maior-do-que-aprovacao.shtml
É realmente incrível como o Brasileiro prefere líderes populistas baratos à líderes sérios que se preocupam em fazer reformas, ainda que bem impopulares. Como bem disse o Nando Moura: o Brasil vai de Getúlio em Getúlio e continua na mesma porcaria. Enquanto o Brasileiro for apegado aos populistas esse país nunca será um país próspero, desenvolvido e sério.
Pois é. Embora eu não tenha a França como um exemplo em se tratando da escolha de políticos (bem longe disso), eu acho curioso que na última eleição eles optaram por um cara de centro (o Macron) que disputava voto a voto com dois radicais de cada lado (o Mélenchon, de extrema-esquerda, e a Le Pen, de extrema-direita). Se as eleições fossem aqui, provavelmente seriam os dois radicais que chegariam ao segundo turno e a gente teria que escolher entre o menor pior para amargar mais quatro anos perdidos pro país. Quanto mais esclarecido um país é, menos tendência tem aos extremos e mais cético é ao populismo. E quanto mais ignorantes as pessoas de um país são, mais tendem a se apegar aos extremos e a acreditar em "mitos", sendo facilmente enganadas por um discurso populista e raso, e idolatrando político de estimação.
ExcluirLucas, como o fim do absolutismo na Inglaterra contribui para o advento da Revolução Industrial? Tipo: no séc. XVII o absolutismo é abolido com a Revolução Gloriosa, mas já no século seguinte, o séc. XVIII acontece a Revolução Industrial, como isso foi possível em um período de tempo relativamente tão curto?
ResponderExcluirEu não vejo relação direta entre as duas coisas. A Revolução Industrial é fruto do desenvolvimento do capitalismo aliado às novas técnicas e avanços tecnológicos, não do fim do absolutismo em si. É claro que foi bom o absolutismo ter acabado, mas por outras razões.
ExcluirBanzolao eu li um artigo,estou no celular agora não tenho como te mandar em que se afirma que a data da crucificacao de Jesus teria sido no dia 3 de abril de 33,porque segundo é relatado com base na afirmação de geólogos que nesse dia ocorreu um grande terremoto na região de Israel,o único entre os anos de 26 e 36,e isso bateria com também com o que é afirmado no evangelho de Lucas,que Jesus começou o seu ministério no ano 15 do reinado de Tibério,Tibério começou a reinar em Roma no ano 14,o ano 15 seria o ano 29,se ele começou depois de abril a pregar,teria pregado por 3 anos,não teria completado 4,mas não teria morrido com 33 anos,como a tradição afirma,já que ele não nasceu no ano 1 e sim entre 5 e 4 ac, Herodes o Grande morreu em 4 ac,quando ele morreu ,Jesus,Maria e José estavam no Egito como refugiados,acreditas que ele já tinha 1 ano quando Herodes morreu?E o que achas da data 3 de abril de 33 comoa sendo o dia da crucificação?
ResponderExcluirSim, faz sentido. Vale lembrar que texto nenhum diz que Jesus tinha 30 anos exatos quando iniciou o ministério, mas sim que Jesus tinha CERCA de 30 anos (Lc 3:23). Ou seja, 30 anos é a idade arredondada e não necessariamente a idade exata (se fosse a idade exata ele não diria que tinha "cerca de", mas seria preciso igual foi nos versos 1 e 2 do capítulo). Se nasceu em 4 a.C e começou o ministério em 29 d.C, então tinha 32 anos na época, um número próximo daquele que Lucas arredondou (vale lembrar que não existe o "ano zero", ou seja, pula-se do ano 1 a.C direto para o ano 1 d.C).
Excluir1-Banzolao vc acha que o argumento de alguns membros do Sinédrio para Pilatos em favor da crucificação de Cristo,"Se soltas este não és amigo de César" foi falacioso?Apenas para amedontrar o Pilatos?Porque vc acha que se ele soltasse mesmo Jesus o Tibério lá em Roma poderia ficar sabendo e punir o Pilatos por isso?Será que Tibério tomaria Jesus como uma ameaça por ele também se declarar rei?
ResponderExcluir2-Eu vi uma vez o Rodrigo Silva falando que os outros presos crucificados ao lado de Jesus eram membros do grupo de Barrabás e Barrabas seria cruficicado no centro justamente por ser o líder deles.Banzolao vc acha que os romanos não temeram a Barrabas justamente por ser um revolucionário violento,zelote, comandar um grupo que comete crimes?
Eu sei que é o plano de Deus que seu filho Jesus fosse crucificado para perdoar os nossos pecados,mas por que o Pilatos soltaria justamente uma ameaça real para Roma,no caso o Barrabás um zelote?Há argumentos lógicos para isso?
Excluir"Será que Tibério tomaria Jesus como uma ameaça por ele também se declarar rei?"
ExcluirSim.
"Por que o Pilatos soltaria justamente uma ameaça real para Roma, no caso o Barrabás um zelote?"
Não existe nenhuma evidência histórica séria de que Barrabás fosse um zelota ou tivesse comandado uma rebelião contra Roma. Isso nem faria sentido, já que alguém que tivesse liderado uma rebelião contra Roma teria todo o apoio da multidão de judeus que queria ver Jesus crucificado, e a intenção de Pilatos era que a multidão escolhesse soltar Jesus e não Barrabás, então Barrabás tinha que ser alguém odiado pelo povo e não um "herói" deles. É mais provável que a rebelião que Barrabás liderou não tivesse sido contra as autoridades romanas mas sim contra a nobreza judaica e as classes dominantes de Israel (ou seja, o tipo de gente que os fariseus com certeza não iriam querer ver livre, e eram os fariseus que estavam incitando a multidão a condenar Jesus, por isso a estratégia de Pilatos).
Mas se os fariseus não queriam ver Barrabás livre porque ele atentou contra a nobreza judaica por que eles incitaram a multidão a condenar Jesus?
ExcluirPorque odiavam Jesus mais ainda e o consideravam uma ameaça maior ainda (porque Jesus denunciava publicamente a hipocrisia dos mesmos e os desqualificava perante o povo).
ExcluirLucas, muito bom o artigo. Eu cheguei no fim e senti que não havia terminado. Você deveria ter explorado mais.
ResponderExcluirQueria deixar aqui um comentário sobre Tiago. TIAGO foi uma das colunas da Igreja em Jerusalém, não do Sinédrio. Ela não fazia parte do Sinédrio e nunca foi intitulado bispo.
Paulo o nomeia como coluna da Igreja juntamente com Pedro e João. É não fica claro que ele o intitula Apóstolo em Galatas 1:19. Compare com 1 Coríntios 9:5.
Ao registrar a posição de Tiago, Pedro e João, Paulo diz ironicamente que eles "pareciam ser as colunas". Note que Pedro é listado em segundo lugar (Gl 2:9).
Interessante é que Paulo fala de Pedro como aquele que estava entre “Os que
pareciam ser alguma coisa, (quais tenham sido noutro tempo, não se me dá; Deus não aceita a aparência do homem), esses, digo, que pareciam ser alguma coisa, nada me acrescentaram ... “ (Gl 2:6).
Ele está falando daqueles que eram considerados colunas da Igreja em Jerusalém.
Tiago sempre foi um personagem difícil de se avaliar; ele foi um judeu que acreditava no Deus de Israel - sem dúvida, sempre foi, mas continuou como um zeloso observador da lei mesmo depois da ressurreição de seu irmão (Atos 21:21-27). Além disso, Paulo faz uma declaração comprometedora em Gálatas sobre Tiago e Pedro, sugerindo que o apostolado
deles estava indo em direção oposta da vontade de Deus. Por pouco não os chamou de falsos apóstolos:
“ E, chegando Pedro à Antioquia, lhe resisti na cara, porque era repreensível. Porque, antes que alguns tivessem chegado da PARTE DE TIAGO, comia com os gentios; mas, depois que chegaram, se foi retirando, e se apartou deles, temendo os que eram da circuncisão.
E os outros judeus também dissimulavam com ele, de maneira que até Barnabé se deixou levar pela sua dissimulação. Mas, quando vi que [Pedro e todos os judeus da circuncisão, os da parte de Tiago] não andavam bem e direitamente conforme a verdade do evangelho, disse a Pedro na presença de todos: Se tu, sendo judeu, vives como os gentios, e não como judeu, por que obrigas os gentios a viverem como judeus? Nós somos judeus por natureza, e não pecadores dentre os gentios.
Sabendo que o homem não é justificado pelas obras da lei, mas pela fé em Jesus Cristo, temos também crido em Jesus Cristo, para sermos justificados pela fé em Cristo, e não pelas obras da lei; porquanto pelas obras da lei nenhuma carne será justificada” (Gal 2:11-16).
Essa passagem, quando lida com a discussão anterior do autor sobre os falsos irmãos, coloca Pedro e os outros dissimuladores diretamente entre estes “... Falsos irmãos que se intrometeram, e secretamente entraram a espiar a nossa liberdade, que temos em Cristo Jesus, para nos porem em servidão; Aos quais nem ainda por uma hora cedemos com sujeição, para que a verdade do evangelho permanecesse entre vós” (Gálatas 2: 3-5).
Se eles resistiram fortemente significa que estavam diante de propostas feitas por pessoas de renome, influenciáveis e com grandes cargos.
Note também que Paulo fala de alguns falsos Apóstolos em 1 Coríntios 11:13: "Pois os tais são falsos apóstolos, obreiros fraudulentos, disfarçando-se em apóstolos de Cristo". Observe que ele usa a palavra Apóstolos! Que Apóstolos eram estes que estavam perturbando a Igreja de Corinto como fizeram nas Igrejas da Galácia? Leia do verso 1 ao 20 e faça sua própria análise.
Eu acredito piamente que Tiago, com o tempo, mudou seu comportamento cristão tendo uma melhor visão da graça de Deus. Basta lembrar que ele foi assassinado a pedradas dentro de Jerusalém pelos próprios judeus.
Eu não acho que Paulo estivesse falando de Tiago em 2Co 11:13, porque o contexto fala de gente que se aproveitava dos fiéis da igreja para explorá-los financeiramente, o que obviamente não é o caso de Tiago. E apesar deste episódio de Gálatas 2 (onde Pedro se recusa a comer com os gentios por medo da reação de Tiago), devemos lembrar que em Atos 15 é o próprio Tiago quem decide que nenhuma obrigação seria imposta aos gentios além de se abster "da comida contaminada pelos ídolos, da imoralidade sexual, da carne de animais estrangulados e do sangue" (At 15:20), concordando com o que defendiam Paulo e Pedro sobre esta questão, e opondo-se portanto ao partido dos fariseus convertidos. Não sabemos quando foi que ocorreu essa má conduta de Pedro relatada em Gálatas 2, mas é bem provável que tenha sido de antes do concílio, quando ainda muitos cristãos pensavam ser errado se juntar aos gentios (o próprio Pedro pensava assim até receber a visão de Atos 10:9-16).
ExcluirJa li que a carta de Gálatas foi uma das primeiras escritas por Paulo e datam do ano 49 D.C
ExcluirO Concílio de Jerusalém é datado 1 ano depois da carta, 50 D.C.
E mesmo que tivesse sido escrita depois do concílio, Paulo estava mencionando um acontecimento que havia ocorrido no passado (ele não detalha quando aquela discussão ocorreu, mas pode ter ocorrido anos antes da escrita da carta, ele só estava citando aquilo como um exemplo de postura inadequada perante os gentios).
ExcluirEu lembro que vc mencionou no seu vídeo de YouTube a respeito do evangelho de João na verdade ser de Tiago ,vc cita que Tiago era bem respeitado pelo Sinédrio tinha até certa influência ali,o que é surpreendente já que era de família pobre,provavelmente tambem era tekton como Jesus e seu pai José,eu li que tekton não significa exatamente carpinteiro,poderia ser pedreiro,construtor tbm,mas vc acha que esse respeito se deu por que ele seria mais estudioso do judaísmo que o próprio Jesus e seus discípulos?
ResponderExcluir2-E vc entende que Tiago só se converteu na última semana de vida terrena de Jesus?Quando Jesus entrou em Jerusalém?
Eu não disse que Tiago escreveu o evangelho de João, e sim que o evangelho de João (do presbítero João, não do apóstolo de mesmo nome) foi escrito baseado no testemunho de Tiago. E não dá pra afirmar se ele era mais estudioso do Judaísmo do que Jesus, provavelmente Jesus era mais, até por ser o Messias e ter consciência de sua missão, era alguém que precisava se preparar muito mais do que Tiago ou qualquer outro (lembremos que com doze anos ele já refutava os mestres da lei no templo), mas a julgar pelo testemunho histórico Tiago era bem mais conhecedor do que os discípulos de Jesus, muitos dos quais antes de serem chamados eram simples pescadores da Galileia (outros tinham outras profissões, como Mateus que era publicano, mas nenhum parecia ser um estudioso). Se Tiago se converteu na última semana não dá pra saber porque a Bíblia não afirma em que momento exato essa conversão se deu, ela só diz que inicialmente os irmãos de Jesus eram incrédulos e mais tarde chama Tiago de apóstolo e de discípulo amado, o que implica que essa conversão se deu em algum momento no final do ministério de Jesus (mas não necessariamente na última semana).
ExcluirLucas, um cristão pode defender a pena de morte? Isso porque toda vez que falo que sou à favor da Pena de Morte (e de fato eu sou), ouço críticas dizendo que um cristão não pode defender a pena de morte e que ela naturalmente vai contra os princípios naturais do cristianismo, pois Jesus Cristo foi sentenciado à morte, e enquanto estava na cruz ele perdoou um criminoso que havia sido crucificado (e vejo muitos utilizando essa passagem como justificativa para defender os bandidos como vítimas da sociedade). Essas críticas procedem?
ResponderExcluirParticularmente eu sou a favor da prisão perpétua em vez da pena de morte, não por razões bíblicas, mas porque acho bom demais pra um bandido que estupra e mata uma criança apenas perder a vida, na minha opinião tem que mofar na cadeia, de preferência numa solitária pro resto da vida. Em ambos os casos o criminoso morre, mas em um ele sofre bastante pelo crime que cometeu, e no outro morre sem sofrer quase nada. Mas é lógico que na realidade brasileira a pena de morte seria bem-vinda já que os presídios estão superlotados e aqui um criminoso por pior que seja não passa mais do que alguns anos de cadeia, e cheio de privilégios e regalias. Veja o goleiro Bruno por exemplo que cometeu o pior dos crimes e já está jogando futebol novamente por um clube europeu, embora tecnicamente ainda esteja cumprindo pena (só no Brasil mesmo que esse tipo de palhaçada acontece, não consigo nem pensar na ideia de um assassino frio preso nos EUA ser liberado poucos anos depois para jogar futebol americano na liga nacional...).
ExcluirJesus perdoou o criminoso ao seu lado mas não o livrou da cruz (e convenhamos, um ladrão jamais deveria ser condenado à pena de morte, que deveria ser reservada aos crimes mais bárbaros), e tanto a lei do AT como a lei civil dos tempos de Jesus prescreviam a pena de morte. Paulo sabia que a lei romana prescrevia a pena de morte e mesmo assim escreveu:
"Pois os governantes não devem ser temidos, a não ser pelos que praticam o mal. Você quer viver livre do medo da autoridade? Pratique o bem, e ela o enaltecerá. Pois é serva de Deus para o seu bem. Mas se você praticar o mal, tenha medo, pois ela não porta a espada sem motivo. É serva de Deus, agente da justiça para punir quem pratica o mal" (Romanos 13:3-4)
Enfim, eu não vejo nada na Bíblia que proíba a pena de morte (embora ela também não exija isso na nova aliança, simplesmente deixa a cargo das autoridades civis decidirem qual será a pena).
"Particularmente eu sou a favor da prisão perpétua em vez da pena de morte, não por razões bíblicas, mas porque acho bom demais pra um bandido que estupra e mata uma criança apenas perder a vida, na minha opinião tem que mofar na cadeia, de preferência numa solitária pro resto da vida. Em ambos os casos o criminoso morre, mas em um ele sofre bastante pelo crime que cometeu, e no outro morre sem sofrer quase nada."
ExcluirA sua ideia de substituir a prisão perpétua pela Pena de Morte a fim de fazer o criminoso sofrer mais é realmente muito boa. Mas acontece que eu realmente não tenho paciência para isso, na minha opinião um criminoso que estupra, mata e em seguida oculta o cadáver de uma criança deve ser sentenciado à morte (de preferência na cadeira elétrica via eletrocução, a morte por eletrocução quando bem aplicada pode matar o condenado em até 35 segundos). Na minha opinião, lixo humano e tralha da sociedade (que não vai se re-socializar nunca) tem mais é que ser executado o mais rápido possível. Questão de paciência mesmo. Mas sua ideia é realmente muito boa.
1- https://www.facebook.com/brigadabr/photos/a.903883033068044/2945371432252517 vc acompanha essa página do Face Banzolão ´´Brigada Brasil´´?Eu gosto muito,porque é uma página conservadora,de direita e não é bolsonarista,eles apoiaram o Bolsonaro em 2018,mas desde o ano passado quando o Bolsonaro descumpriu promessas de companha,eles já romperam com o governo aqui eles fazem uma crítica ao Escola do Partido,eles apoiaram esse projeto no passado,eu lembro que vc tbm,mas aqui eles criticam que o Escola do Partido se vendeu ao bolsonarismo,falam em amarrar as mãos dos esquerdistas,em vez de produzir um conteúdo de direita de modo acadêmico,só querem combater e não criar.
ResponderExcluir2-Aqui as fontes que eu citei no outro post de que Jesus Cristo foi crucificado no dia 3 de abril de 33,https://tvi24.iol.pt/tecnologia/jerusalem/jesus-cristo-tera-morrido-no-dia-3-de-abril-do-ano-33 , http://superreforco.blogspot.com/2015/04/3-de-abril-data-exata-da-morte-de-jesus.html
Me parece que eles passaram a defender a doutrinação bolsolavista em vez de a neutralidade,pq a TV Escola passou documentário do Brasil Paralelo cheio de falsificações históricas e eles nem protestaram,leia o texto que o Brigada Brasil escreveu criticando o projeto,no link que eu te enviei só aparece a postagem do Escola Sem Partido,mas na própria página do Brigada Brasil há um texto deles afirmando que só não há doutrinação bolsolavista nas escolas pq o Jair tá querendo proteger o Flávio e tem que agradar o centrão não pode radicalizar mais,tanto que ele quer colocar um ministro mais moderado no MEC,só não foi o Decotelli porque ele é um falso doutor e pós doutor,ele ao que parece não escolherá outro olavista como o Weintraub
ExcluirEu mantenho o que eu escrevi naquele artigo daquela época, não deveria haver doutrinação nas escolas nem para a direita e nem para a esquerda, os alunos devem chegar às suas próprias conclusões e não serem induzidos a uma conclusão pelo professor (que é no que consiste uma lavagem cerebral). Da mesma forma que eu sou contra que se passe documentários comunistas nas escolas também sou contra que se passe os documentários do Brasil Paralelo, que de imparcial não tem nada, eles tem uma linha ideológica muito clara e perceptível a todos, é só mais um braço do olavismo cultural.
Excluirhttps://rationalchristiandiscernment.blogspot.com/2020/07/examining-indulgences-in-light-of.html
ResponderExcluirhttps://rationalchristiandiscernment.blogspot.com/2019/12/examining-tresury-of-merit-in-light-of.html
https://rationalchristiandiscernment.blogspot.com/2019/12/examining-catholic-mortal-and-venial.html
This doctrine of indulgences based on "Church treasures" is one of the most bizarre things I have ever seen in my life. Your articles refute this very well from a biblical perspective, and from a historical perspective I have addressed here:
Excluirhttp://www.lucasbanzoli.com/2018/01/a-venda-de-indulgencias-ate-epoca-de.html
Eu não consegui ver o vídeo porque aparece que está indisponível (devem ter tirado do ar), mas concordo com o que você disse, eu sempre pensei assim também. Como Deus e os anjos estão fora do universo criado (Deus não pode ser parte do universo que ele mesmo criou) não faz sentido que estejam na mesma dimensão que a nossa, só podem estar numa dimensão acima. Mas como nós não podemos ver um ser da quarta dimensão, sempre que Deus ou um anjo aparece na terra para alguém (seja no Antigo ou no Novo Testamento) eles se materializam assumindo uma forma humana (seria como se nós entrássemos num jogo de computador em 2D para interagir com os personagens em 2D, já que eles não poderiam ver um ser da terceira dimensão). Quanto ao vídeo, eu não sei se ele estava endemoniado, mas com certeza esses médicos abortistas tem o demônio no corpo.
ResponderExcluirhttps://www.youtube.com/watch?v=FFeYEwA-Cr8 Esse vídeo é muito longo,não assista tudo,ele refuta ponto a ponto o testemunho que o Guina dá em muitas igrejas,ele se diz um ex integrante do grupo do Racionais,o que o vídeo comprova ser falso,já que os Racionais MC´s sempre tiveram os mesmos integrantes desde o começo do grupo,eu fico pensando que é incompetência das igrejas que levam esse cara para dar testemunho,ainda que os pastores que convidam ele não conheçam os Racionais,mas basta dar um google,para saber quem foram e quem são os integrantes,de fato uma letra do Racionais ´´Tô Ouvindo Alguém Me Chamar´´ conta a história de um Guina,mas esse Guina nunca existiu,é um personagem da música,aí o cara pegou esse personagem e adotou para si,afirmando que é o Guina e que foi integrante do grupo
ResponderExcluirEu nunca ouvi falar desse Guina e nunca acompanhei o Racionais, mas que essas igrejas menos sérias não fazem um trabalho mínimo de investigação pra saber se o testemunho "espetacular" de alguém é verdadeiro ou não, isso é muito óbvio, basta ver quantas igrejas deram palanque ao "ex-bruxo Tio Chico". Isso acontece principalmente entre essas igrejas mais simples de pessoas mais simples de periferia, que infelizmente tendem a ter um senso crítico menos apurado e aceitam esse tipo de fake news em forma humana.
ExcluirBanzolão vc seria assim se fosse uber hahahha? https://www.youtube.com/watch?v=5g-yAOuH76c
ResponderExcluirIsso daí é só depois de um mês na Assembleia de Deus (quem viu o vídeo abaixo vai entender):
Excluirhttps://www.youtube.com/watch?v=KIehsLyZm9I
Lucas eu estava vendo dicas para evangelizar, e vi um site comentando alguns erros na hora do mesmo, e um do erros seria evangelizar o sexo oposto, pois isso poderia fazer voce ficar atraido pela pessoa e desviar o foco do evangelismo, o que voce acha?
ResponderExcluirNunca vi Jesus dizer "ide por todo o mundo e pregai o evangelho a toda a criatura exceto se for do sexo oposto". Se a atração for um problema então é só se afastar depois, mas do jeito que é colocado parece que vai sempre sentir atração por todo mundo do sexo oposto, o que é ridículo.
ExcluirLucas avalie "Julio Severo: Governo Bolsonaro celebra Dia Internacional do “Orgulho” LGBT" http://juliosevero.blogspot.com/2020/07/governo-bolsonaro-celebra-dia.html?m=1
ResponderExcluirEu achei exagerado os conservadorss governam para todos(incluindo gays)e eles tem espaço,nega isso é achar que todos são conservadores cristãos e com uma moral totalmente evangélica,eu penso que o governo não pode mexer em coisas relacionadas ao sexo,somente quando envolve coisas mais sérias(aborto,drogas e essas pautas)
Eu acho que sequer deveria existir um "Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos", esse tipo de coisa deveria ficar a cargo de cada indivíduo e não do Estado, mas as pessoas gostam de meter o Estado em tudo. Se uma pessoa ou um grupo quer celebrar a parada do "orgulho gay" que celebre, se quer celebrar a família que celebre, se quer celebrar o título da Taça Guanabara que celebre, mas não meta o Estado no meio disso. Ao Estado cabe tolerar todas as manifestações que não aviltem contra a integridade humana, em vez de ele mesmo apoiar ou subsidiar um tipo de movimento que deveria ser espontâneo da sociedade civil. Infelizmente o governo não entende assim, aí fica criando essas polêmicas desnecessárias, se metendo onde não é devido (embora seja óbvio que o comentário do Julio é totalmente histérico, exagerado e desproporcional).
ExcluirPaz, Lucas. Muito bom esse artigo. E também gostaria de acrescentar - isso se já não está no teu livro - , que em Mateus 13.55-56, o povo de Nazaré não sabia da concepção de Jesus pelo Espírito Santo, já que os três vierem do Egito e foram morar lá. Isso mostra que para eles, quando eles citam os nomes deles, na mente do povo, eles realmente eram irmãos de Jesus, filho de José com Maria. Deus te abençoe.
ResponderExcluirOi Willian, bom ver você comentando de novo, fazia tempo que não te via. Deus te abençoe igualmente!
Excluirhttps://sotanakh.blogspot.com/2020/01/o-logos-filosofico-e-o-logos-joanino-em.html?m=1
ResponderExcluirOq tu acha?
Belo artigo, bem instrutivo.
ExcluirAgora consegui ver, muita boa a explicação dele.
ResponderExcluirBoa noite, sr. Lucas,
ResponderExcluirÉ uma assunto um pouco distante do tema presente, contudo, eu gostaria de um esclarecimento...
Eu me deparei com esta passagem bíblica:
"E ele é... o primogênito dentre os mortos" (Cl 1:18).
No instante seguinte, me veio à lembrança aquela questão da ressurreição de Moisés. E, depois disso, Lembrei da seguinte passagem escriturística:
22. Porque, assim como todos morrem em Adão, assim também todos serão vivificados em Cristo.
23. Mas cada um por sua ordem: Cristo as primícias, depois os que são de Cristo, na sua vinda.
24. Depois virá o fim...
Eu fiquei "grilado", porque, se Moisés ressuscitou para não mais voltar a morrer, isso implica que Cristo perde sua posição de primogênito da ressurreição, ou não?
Graça e paz em Cristo!!!
Eu não sustento que "Moisés ressuscitou para não mais voltar a morrer". Eu expus o que eu penso sobre isso aqui:
Excluirhttp://heresiascatolicas.blogspot.com/2015/11/moises-no-monte-da-transfiguracao.html
https://youtu.be/2o7wiCoO_Gg
ResponderExcluirDepois que vi esse vídeo, dei graças a Deus pelo Marechal Deodoro ter proclamado a República. Graças a Deus a grande maioria dos países hoje são democracias republicanas e o incesto não é mais praticado entre a maioria das monarquias do mundo.
PS. Casar com um parente consanguíneo deve ser uma coisa realmente nojenta. 😣😖🤢🤮
De fato, as possibilidades de um filho nascer deficiente ou com toda a sorte de problemas é muito maior entre parentes. Não sei por que a humanidade tolerou essa abominação por tanto tempo, mesmo isso sendo tão óbvio. Talvez porque os reis eram tão temidos que ninguém ousava levantar voz contra eles, tolerando todo tipo de prática imoral e repugnante.
ExcluirPois bem, os reis também tinham várias amantes e muitos deles levavam uma vida devassa cheia de imoralidade sexual (um exemplo nítido disso é D. Pedro I, mas em menor medida seu filho D. Pedro II, que era mais discreto com as amantes, mas também teve). Constantemente eles tinham também filhos fora do casamento com várias amantes e com isso vinham as disputas e rivalidades (e até mesmo guerras) entre os irmãos. Além disso, eles também se casavam bem cedo com meninas de 12-15 anos (Maria Antonieta se casou com Luís XVI aos 14 anos!). Graças a Deus, os Pais Fundadores dos Estados Unidos decidiram romper com essa forma de governo e criaram a forma de governo republicana moderna, bem como o Marechal Deodoro ter feito o favor de abolir (ainda que por meio de um golpe, mas convenhamos, o próprio D. Pedro II também chegou ao poder via um golpe de estado pelas razões menos nobres possíveis) essa forma de governo aqui no Brasil. Hoje graças a Deus essa prática nojenta deixou de ser praticada entre as últimas monarquias remanescentes. Essa imagem resume o meu sentimento com relação à essa prática nojenta e desprezível:
Excluirhttps://encrypted-tbn0.gstatic.com/images?q=tbn%3AANd9GcR8DVZbw2182A1Kk7kDB1EaIrqZhHEypPH-mQ&usqp=CAU
Bem lembrado!
ExcluirLucas, comente:
ResponderExcluirhttp://solascriptura-tt.org/Bibliologia-PreservacaoTT/1Jo5.7RespostaResumoAPergunta-Helio.htm
Vc acha que 1 João 5:7 é uma adição?
Aqui outro artigo bastante interessante sobre o tema (em inglês):
Excluirhttps://www.chick.com/information/article?id=Is-I-John-5:7-Missing-From-Older-Manuscripts
Lucas, what do you think of this article?:
Excluirhttps://kentbrandenburg.blogspot.com/2017/06/no-two-biblical-manuscripts-are-same.html?m=1
Aqui há ainda outro artigo (esse é bastante longo, mas acho que ler até a metade mais ou menos é o bastante):
Excluirhttp://presbiterianoscalvinistas.blogspot.com/2011/08/autenticidade-de-1-joao-57.html?m=1
Até onde eu sei, trata-se de um acréscimo não-intencional feito por um copista que fazia anotações à margem dos textos e que acidentalmente foi copiado por outro copista que pensava fazer parte do texto original, aí algumas traduções verteram assim (embora na maioria delas esteja fora do texto ou entre colchetes).
ExcluirQuanto ao artigo que o Jesse passou, é relativamente fácil um manuscrito copiar algo tão breve como o P52 (um trecho muito curto do evangelho de João), eu me impressionaria se houvessem cópias idênticas de trechos longos, como um evangelho inteiro (e até onde eu sei, isso não existe). Tampouco isso é algum problema para a inspiração da Bíblia, pois a inspiração está no original e não nas cópias, ainda que as cópias que possuímos sejam muito fiéis aos originais que se perderam.
1- Mas Lucas, não teríamos um problema se a passagem de 1 João 5:7 (e prováveis outras) forem um acréscimo? isso não poderia por em cheque a preservação divina (que está atrelada a inspiração) das escrituras?
Excluir2- Se esse versículo de fato for um acréscimo, haveria algum problema dele ser usado para fazer sermões, etc? Afinal, a passagem não é nenhuma heresia.
1) O NT é o documento mais bem preservado da Antiguidade, mas isso não significa que todos os manuscritos concordem entre si em tudo, isso seria impossível. A inspiração está em quem escreveu a Bíblia, não em quem copiou ou traduziu (que estão sujeitos a falhas humanas). Dizer que um erro de copista "põe em xeque" a inspiração da Bíblia seria tão grosseiro quanto afirmar que um erro de tradução faz o mesmo (como se todos os tradutores da Bíblia tivessem que traduzir todos os textos do mesmo jeito). A despeito disso, a quantidade e qualidade dos manuscritos antigos remanescentes tornam possível reconstruir o texto do NT de modo a chegar ao texto correspondente aos originais. Eu escrevi sobre isso aqui:
Excluirhttp://ateismorefutado.blogspot.com/2014/12/a-autenticidade-do-novo-testamento.html
2) Se for citado como Escritura, sim. Uma coisa ser verdade não significa que possa ser citada como um texto bíblico (eu poderia dizer corretamente que os incas construíram Machu Picchu, mas não poderia dizer que isso está escrito em tal capítulo e versículo da Bíblia).
Concordo! Obrigado pelas respostas! Só pra deixar claro, eu creio na inspiração bíblica, eu quis dizer o que alguns críticos da Bíblia poderiam dizer sobre isso.
Excluirhttps://rationalchristiandiscernment.blogspot.com/2017/04/a-study-on-salvation-and-atonement.html
ResponderExcluirI see that in the United States the issue of atonement is much discussed, here in Brazil few discuss it, it is treated as a secondary issue (although you are right, as it is indeed an important discussion).
ExcluirLucas, qual seu parecer sobre presença do clero evangelico no governo bolsonaro?
ResponderExcluirVocê se refere aos ministros evangélicos no governo? Que eu saiba, só tem a Damares de relevante (vi que agora ele escolheu um pastor para ministro da educação, mas eu não o conheço e ele acabou de chegar). Na minha opinião pouco importa se o governo tem um "clero evangélico" ou não, o que importa é que tenha um quadro técnico eficiente, e em se tratando de eficiência é difícil elogiar qualquer área do governo.
Excluirhttps://rationalchristiandiscernment.blogspot.com/2019/04/holy-laughter-or-demon-inspired-nonsense.html
ResponderExcluirIf you are referring to the type of thing in the video below, I agree that it is diabolical:
Excluirhttps://www.youtube.com/watch?v=kESE8wjEXCQ&feature=emb_title
Lucas, se um casal tiver um filho, e não estarem casado no civil, mas só no religioso, a criança foi concebida em adultério?
ResponderExcluirEm adultério não, porque adultério é traição, é ser infiel, é se relacionar com a mulher do próximo, neste caso seria fornicação (sexo antes do casamento).
ExcluirIsso tem alguma implicação na criança?
ExcluirNenhuma.
ExcluirEm Gênesis, CAP 7 versículo 2 Deus ordena que Noé leve apenas um casal de cada animal impuro. Agora como ele saberia qual animal era impuro? Eu vi isso num vídeo no YouTube e deram umas cinco respostas diferentes. A mais coerente foi a que disse que o Gênesis relata aquilo que importa, e não tudo o que acontecia, dia após dias... Então em algum momento Deus deve ter estabelecido o que era limpo e o que não era, e pode até ser que esse tipo de conhecimento entrou na mente humana depois de Adão e Eva terem comido da árvore do bem e do mal. O que vc acha?
ResponderExcluirSim, é a única coisa que faz sentido, com certeza Noé já sabia quais animais eram considerados impuros, mas a Bíblia não faz questão de mencionar cada detalhe de tudo o que Deus falou com os homens (por exemplo, a Bíblia diz que Deus conversava com Adão e Eva no jardim antes da Queda, mas não diz o que eles conversavam, só narra a parte em que Deus proíbe comer o fruto proibido e a condenação posterior). Com certeza eles conversavam bem mais coisas do que isso, mas para não tornar o texto muito longo e cansativo, o escritor bíblico só narrou o que era mais importante (ou seja, o que trouxe consequências futuras).
Excluirhttps://rationalchristiandiscernment.blogspot.com/search?q=Roy+B.+Zuck%2C+Basic+Bible+Interpretation%2C+p.
ResponderExcluirLooks good.
ExcluirO Kim arrasou nesse vídeo:
ResponderExcluirhttps://youtu.be/8gzVKzm3Dhw
Que alívio, pensei que estava falando do outro Kim (um gordinho da Coreia...) 🤣
ExcluirO que vc acha desses pastores que estão dizendo que a vacina vai ser a marca da besta? Tipo, quando Deus ordenou o uso dos filactérios na mão e na testa, no fundo ele quis dizer que a palavra dEle deveria ser levada em conta naquilo que se pensa (testa) e naquilo que se faz (mãos). Nesse sentido, muita gente acha que essa marca da besta vai no mesmo naipe: é como se as pessoas levassem em conta o "sentimento satânico da época" nos pensamentos e nas ações. Esse site: https://academic.logos.com/covid-19-and-the-mark-of-the-beast/ fala tb que a marca da besta seria algo mais espiritual. O que vc acha?
ResponderExcluirSe não fosse pelas vacinas, doenças como o sarampo, a varíola e a poliomielite seriam ainda extremamente comuns, e a mortalidade infantil seria dez vezes maior do que é hoje. É possível que a marca da besta não seja uma marca literal como um microchip, mas cravar que se trata de uma vacina é no mínimo uma precipitação irresponsável e leviana, que tem o potencial de levar as pessoas a se recusarem a se vacinar e assim ressuscitar em nossos dias males que já foram largamente superados graças às vacinas. É bem o tipo de coisa de conspiracionista histérico antivacina que tenta a todo o custo interpretar a Bíblia conforme as suas predisposições.
ExcluirLucas,
ResponderExcluirI was wondering whether you disagreed with this excerpt?:
"From the late-6th to the late-8th century there was a turning of the papacy to the West and an escape from subordination to the authority of the Byzantine emperors of Constantinople. This phase has sometimes incorrectly been credited to Pope Gregory I (who reigned from 590 to 604 CE), who, like his predecessors, represented to the people of the Roman world a church that was still identified with the empire. Unlike some of those predecessors, Gregory was compelled to face the collapse of imperial authority in northern Italy. As the leading civil official of the empire in Rome, he was compelled to take over the civil administration of the cities and negotiate for the protection of Rome itself with the Lombard invaders threatening it. Another part of this phase occurred in the 8th century, after the rise of the new religion of Islam had weakened the Byzantine Empire and the Lombards had renewed their pressure in Italy. The popes finally sought support from the Frankish rulers of the West and received from the Frankish king Pepin The Short the first part of the Italian territories later known as the Papal States. With Pope Leo III’s coronation of Charlemagne, first of the Carolingian emperors, the papacy also gained the emperor’s protection; this action established the precedent that, in Western Europe, no man would be emperor without being crowned by a pope." (https://courses.lumenlearning.com/suny-hccc-worldhistory/chapter/the-development-of-papal-supremacy/#:~:text=The%20creation%20of%20the%20term,kingdoms%20within%20the%20Christian%20community%20)
I think no disagreement.
ExcluirBanzolao recentemente li um texto do Júlio Severo que ele conta que se aliou ao astrolavo pelo fato do Veio da Virgínia combater o marxismo,que é uma ideia literalmente demoníaca há relatos de que o próprio Karl Marx fazia rituais satânicos,então o Júlio disse que se o Olavo se propunha a combater o marxismo e defender ideias direitistas ele não seria maligno tal como Marx,depois de anos que ele descobriu as conexões do guru com Rene Guenon e Julius Evola,que eram ocultistas islâmicos,também satânicos,apesar disso ambos eram amtimarxistas,o Julius Evola inclusive depois se afastou do islamismo e foi guru de Mussolini,defendendo um catolicismo tradicionalista similar ao do Veio da Virgínia.
ResponderExcluirCristo relatou que Satanás não se divide contra Satanás quando os fariseus acusaram ele de expulsar demônios por meio de Belzebu,mas então por que há gente satânica no marxismo,o próprio Marx era um,mas tbm no antimarxismo,nesse caso Satanás não estaria se dividindo contra Satanás?
Sobre Satanas estar divido, o q ele faz seria uma estrategia da tesouras basicamente.
ExcluirIsso não é um caso de divisão no reino das trevas, mas de uma ação coordenada de modo a criar o máximo de atrativos longe da verdade da fé. Por que você acha que existem tantas religiões e ídolos mundo afora? Porque quanto mais religiões tiver para escolher, teoricamente mais difícil fica para alguém optar pela religião verdadeira (e mais tende a pensar que o Cristianismo é "só mais uma religião entre tantas", como muitos ateus dizem para se justificar). Não é o caso de um demônio lutando contra outro ou expulsando um ao outro (como o que Jesus disse no texto aludido), mas sim de uma estratégia coordenada de espalhar o engano por todas as partes possíveis, da extrema-esquerda à extrema-direita, desde o misticismo esotérico da Nova Era até o ateísmo cientificista e materialista, qualquer coisa que for para levar as pessoas para longe do Deus único e verdadeiro.
ExcluirLucas, faz um artigo sobre critica textual, texto ecletico majritario receptu etc
ResponderExcluirhttps://rationalchristiandiscernment.blogspot.com/2018/08/basics-on-biblical-transmission-and.html
ExcluirEste comentário foi removido por um administrador do blog.
ExcluirSobre crítica textual, eu escrevi aqui:
Excluirhttp://ateismorefutado.blogspot.com/2014/12/a-autenticidade-do-novo-testamento.html
https://rationalchristiandiscernment.blogspot.com/2017/03/scriptural-refutation-of-calvinism.html
ResponderExcluirVery good. I liked that you explained the corporate election very well, many Arminians defend an individual election for foreknowledge and this in my opinion is a weak objection to Calvinism, the corporate election is much more consistent and coherent with the biblical texts. I also liked the part where says:
Excluir"If God has already meticulously predetermined everything since the foundation of the world, then there is no point in debating these issues since He created members of His elect to oppose Calvinism"
I have explained this to Calvinists for a long time, but it seems that they do not understand and insist on trying to convince people who were predestined to be Arminians...
Hola Lucas, bendiciones en Cristo, sería bueno que le dieras un vistazo a este artículo, principalmente de la mitad hacia delante, sería bueno saber tu opinión.
ResponderExcluirhttps://redfilosoficadeluruguay.wordpress.com/2017/03/06/el-protestantismo-favorecio-la-riqueza-y-el-catolicismo-la-pobreza/
Nunca vi um texto com erros tão grosseiros e bizarros. Isabel da Inglaterra matava 800 católicos por ano??? De que diabos ele tirou isso? Todas as fontes históricas de todos os historiadores que eu conheço garantem que não passou de 300 mortos em todos os 45 anos de seu longo reinado, e estes 300 consistiam em jesuítas infiltrados por Roma no objetivo de cumprir a bula papal que ordenava que a rainha fosse destronada e executada (ou seja, um crime de lesa-majestade). O texto ainda cita Henrique VIII como um protestante, quando ele na verdade era ferrenhamente antiprotestante e matava protestantes a rodo, e mais um monte de aberrações históricas de deixar qualquer estudioso de cabelo em pé. Não à toa, ele não cita NENHUMA fonte do início ao fim do texto. É simplesmente panfletagem católica sem nenhuma credibilidade, repetida por papagaios com blogs de fundo de quintal. Ou seja, o tipo de material que define a apologética católica como um todo.
ExcluirLucas, o uso obrigatório de máscaras viola as liberdades individuais? Isso porque já vi muitos liberais dizendo que não devemos obrigar ninguém a usar máscaras, porque aí já seria uma intromissão do Estado na vida pessoal da pessoa, esse argumento procede?
ResponderExcluirSe você estiver falando de obrigar a usar máscara dentro da sua própria propriedade privada, aí é uma violação da liberdade individual sim. Mas se diz respeito a usar máscara no ambiente PÚBLICO para evitar que outras pessoas contraiam um vírus mortal, aí não é violação alguma, pois sua liberdade termina onde começa a do próximo. Se proibimos (e com razão) fumar em ambientes públicos ou privados que não sejam o seu próprio (porque ninguém é obrigado a estragar o pulmão por causa da porcaria do seu vício), quanto mais devemos proibir sair sem máscara numa época de pandemia, ajudando o vírus a se espalhar e causar mais vítimas.
ExcluirLucas, o que você acha da Privatização da Petrobras? Muitos dos argumentos usados contra a privatização da Petrobras é porque dizem que a Petrobras é a garantia da soberania nacional sobre o petróleo e que uma eventual privatização da Petrobras significaria "vender" a soberania nacional sobre o petróleo à empresas estrangeiras que visivelmente "exploram" os recursos naturais dos mais pobres, além disso afirmam também que a Petrobras é um patrimônio público de todos os brasileiros e que privatizá-la significaria também a perca do patrimônio público brasileiro. Esses argumentos procedem?
ResponderExcluirPs. Aquela charge que eu te mandei falava sobre a privatização da Petrobras em si, e não da Privatização em geral, e que ela mostrava a Globo como estando à serviço dos grandes capitalistas mundiais, a mesma Globo que também é odiada pela direita também.
Esses dois artigos refutam esses mitos contra a privatização (um em relação às privatizações em geral, o outro sobre a Petrobras em particular):
Excluirhttps://www.infomoney.com.br/colunistas/economia-e-politica-direto-ao-ponto/tres-argumentos-para-voce-derrubar-as-falacias-contra-as-privatizacoes/
https://www.infomoney.com.br/colunistas/economia-e-politica-direto-ao-ponto/por-que-a-petrobras-deveria-ser-privatizada/
Olá, Lucas! Como vai? Recentemente, um amigo me enviou uma foto com supostas contradições bíblicas; eu gostaria de escrever o conteúdo da foto e saber sua opinião sobre essas contradições.:
ResponderExcluir"Somos punidos pelos erros dos outros?
"Sim: [Gn 9:21-25; Ex 20:5; Ex 34:7; Nm 14:18; Dt 5:9; Dt 23:2; Dt 28:18; 2 Sm 12:14; 2 Sm 21:6-9; 1 Rs 2:33; 1 Rs 11:11-12; 1 Rs 21:29; 2 Rs 5:27; Is 14:21; Jr 16:10-11; Jr 29:32; Jr 32:18] "Não: [Dt 24:16; Jr 31:29-30; Ez 18:20]"
Deus lhe ilumine!
http://www.dc.golgota.org/contradicoes/genesis/genesis34.html
ExcluirSalve Banzoli, oque vc acha do português (linguá)? Acha legal, ou "eu sei porque nasci num pais que q fala, c n nunca queria aprender"? O q vc acha do inglês? Gostaria q nos falacemos inglês ou português? E qual dos 2 vc acha melhor?
ResponderExcluirEste comentário foi removido pelo autor.
ExcluirBoa noite, sr Lucas,
ResponderExcluirApenas uma pergunta: Se, de fato, Moisés ressuscitou, isso não anula a primogenitura de Cristo em relação a ressurreição dos mortos, como Paulo afirma que Cristo é o primogênito detre os mortos, e que a ressurreição se dará tendo Cristo como as primícias dos dormem?
"E ele é... o primogênito dentre os mortos, para que em tudo tenha a preeminência" (Cl 1:18).
"Porque, assim como todos morrem em Adão, assim também todos serão vivificados em Cristo. Mas cada um por sua ordem:
Cristo as primícias, depois os que são de Cristo, na sua vinda" (1Co 15:22,23).
Graça e Paz em Cristo!!!
Você fez uma pergunta idêntica esses dias, talvez você não tenha visto a resposta mas eu respondi aqui:
Excluirhttp://www.lucasbanzoli.com/2020/07/conheca-verdadeira-historia-de-tiago-o.html?showComment=1594770391820#c8469687286181134776
Abs!
Lucas, recentemente eu passei por umas crises existênciais, então começou a ocorrer coisas bem estranhas, muitas coincidências começaram a acontecer comigo, tipo: 11:11, 21:12 e outros tipos de repetições numericas, de primeira eu optei por respostas racionais e etc, porem chegou um momento em que não podia mais negar que algo fora do normal estava acontecendo. As coincidências não estavam só nos numeros, mais agora em outras coisas por exemplo: eu estava vendo um video do pastor antonio junior e na hora que ele falou em respirar eu vi um titulo de video que falava: "a impõrtacia das respirações" e outro exemplo foi que uma vez eu fui assistir um filme do superman, mais ai meu primo me chamou para a casa da minha vó e la eu descobri que meu tio ia chamar o filho dele de kaleo, sim! Kaleo o verdadeiro nome do superman, falando serio quais as chances disso acontecer no brasil, justamente na minha familia e logo no dia que eu ia assistir um filme do superman? (E olha que quase não vejo nada de herois) alem dessas teve muitas outras coincidências, então eu fui procurar algo para saber oque estava acontecendo, foi ai que descobrir as "sicronicidades" algo que explicava coincidências na vida das pessoas, então lendo sobre isso eles falaram que eram mensagens do universo (ou Deus) que vinha atraves dos anjos e etc, eu fiquei confuso, assustado e curioso, afinal, aquilo era algo totalmente novo para mim, a partir dai eu conheci uma doutrina que pregava um mooontee de coisas nova era, aliens, espiritualidade e isso tudo fez minha cabeça girar, ai eu vi ums video deles que falava que a verdade era relativa e que exiatia seres no universo com verdades diferentes e outros em multiversos e por ai vai, normalmente eu viria isso tudo como algo viajado e louco, mais dado pelo que já ocorreu, uma coisa ou outra, tem algo mais por tras disso tudo....
ResponderExcluirEu não acharia "estranho" essas coincidências, na verdade não há nada tão comum na vida quanto as coincidências, o problema é que a gente pensa que coincidência é uma coisa muito difícil de acontecer, quando só é difícil de acontecer quando definimos exatamente o que pretendemos encontrar. Por exemplo: se eu apostasse comigo mesmo que no momento exato que eu olhasse pela janela (daqui a dez segundos) eu veria um carro verde passando na frente de casa exatamente naquela hora e de fato um carro verde passasse exatamente naquela hora, eu ficaria impressionado, pois seria uma coincidência incrível (nada que provasse algo, mas ainda assim seria incrível). Agora, se eu simplesmente ficasse esperando na janela vendo os carros passarem até passar um carro verde, não seria nada impressionante, na verdade seria bem previsível que em algum momento um carro verde passaria.
ExcluirNa nossa vida acontecem todos os dias MILHARES de eventos paralelos que nós muitas vezes nem percebemos, e é totalmente natural que alguns deles se cruzem em alguns momentos. Da mesma forma que você ouviu o nome Kaleo enquanto assistia ao filme do Superman, também deve ter assistido uns trocentos filmes na vida onde ninguém mencionou o nome de nenhum personagem durante o filme. Da mesma forma que encontrou repetições numéricas em alguns momentos, também deve ter um monte de momentos no seu dia a dia onde os números aparecem sem qualquer repetição, mas acaba ignorando as “não-coincidências” e focando apenas nas coincidências, o que faz parecer que existem “coincidências demais”.
Existem tantas coincidências possíveis ao longo de um dia que é praticamente impossível passar um dia inteiro sem experimentar uma coincidência, só que a maioria das pessoas ignora essas pequenas coincidências do cotidiano porque são coisas completamente irrelevantes, então os que se focam nessas pequenas coincidências e se perturbam por causa disso acabam pensando que isso só acontece com eles, quando na verdade acontece com todo mundo o tempo todo, só que nem todo mundo fica neurótico com essas coisas já que nem presta atenção nelas; mesmo que veja uma repetição numérica num relógio ou sei lá onde, simplesmente ignora e segue em frente, não fica pensando nisso. Mas qualquer um que ficar obcecado procurando “coincidências” em qualquer coisa na vida vai ficar maluco mesmo, porque como eu disse, o universo de “coincidências” possíveis é tão infinito que é impossível que elas não ocorram.
Se você quiser colocar isso à prova, faça o teste como eu falei e ESPECIFIQUE EXATAMENTE o tipo de coincidência que quer encontrar (o “o que”, o “onde” e o “quando”), por exemplo que na hora exata em que estiver lendo isso o relógio marcará “44” nos minutos, e você verá que as coincidências desse tipo específico são realmente raras, mas se você abrir o leque e considerar qualquer coisa como “coincidência” (por exemplo, qualquer outro número repetido em qualquer momento do dia) aí fica estupidamente fácil de encontrar coincidências em toda a parte.
Essa coisa do horário acontece bastante comigo, mas acho que é simplesmente um hábito que meu cérebro adquiriu inconscientemente. Todo santo dia olho para o relógio da celular às 22:22. Não importa o que eu esteja fazendo, meus olhos seguem sozinho para a marcação do relógio e lá está 22:22. Consequentemente, o número 22 começou a aparecer com mais frequência também em números de casas, senhas de fila, etc. Kkkk.
ExcluirRelaxa. É coisa do nosso cérebro mesmo.
Todos esses equívocos partem da mesma premissa: a de que "Igreja" na Bíblia se refere a uma placa de igreja, uma denominação em particular, uma instituição religiosa de nome A ou B. Esse é o erro mais primário de todos e a fonte de tantos enganos, não à toa eu acho que não existe nenhum tema específico que eu tenha escrito tanto quanto esse:
ResponderExcluirhttp://heresiascatolicas.blogspot.com/2015/02/a-igreja-invisivel-perfeita-e-igreja.html
http://heresiascatolicas.blogspot.com/2014/05/o-que-significa-parte-1.html
http://heresiascatolicas.blogspot.com/2015/07/o-que-significa-igreja-parte-2.html
http://heresiascatolicas.blogspot.com/2012/08/o-que-e-a.html
http://heresiascatolicas.blogspot.com/2015/06/a-igreja-e-coluna-e-sustentaculo-da.html
http://heresiascatolicas.blogspot.com/2014/12/quando-jesus-disse-pedro-ti-edificarei.html
http://heresiascatolicas.blogspot.com/2013/05/as-portas-do-inferno-nao-prevalecerao.html
http://www.lucasbanzoli.com/2018/03/entenda-as-divisoes-do-cristianismo-e.html
http://heresiascatolicas.blogspot.com/2017/12/a-igreja-somos-nos-e-nao-uma.html
http://www.lucasbanzoli.com/2019/03/qual-igreja-protestante-e-verdadeira.html
http://heresiascatolicas.blogspot.com/2017/09/a-fabula-da-unidade-catolica-e.html
Esse é um erro tão comum e ao mesmo tempo tão bobo e com efeitos tão danosos que não à toa o meu primeiro artigo no "Heresias Católicas" foi justamente sobre isso, e é aliás um ponto em que os evangélicos deveriam abordar mais, já que todo o erro católico começa aí, e sem ele o castelo de areia deles é esfacelado. O que eles precisam colocar na cabeça de uma vez por todas é que Igreja na Bíblia NÃO é uma organização religiosa de filiação A ou B, mas sim uma referência aos cristãos como um todo (ou aos cristãos de uma região específica, como no caso de uma igreja local). Mas com o tempo o termo "igreja" passou a designar o templo ou a instituição, e aí toda a desgraça começou. Quando se entende que a Igreja somos nós, pouco importa se em termos de "placas" existe uma ou dez bilhões, o que importa é que os cristãos em todas as partes (que compõem a mesma e única Igreja como o corpo de Cristo) estejam adorando a Deus em espírito e em verdade, onde quer que estejam.
Por isso um batista considera um metodista irmão e vice-versa, ou seja, como parte de um mesmo corpo, apesar de frequentarem denominações diferentes. Ao mesmo tempo isso não anula a existência de igrejas no sentido que usamos hoje, porque até mesmo os desigrejados se reúnem em casas e seguem um determinado corpo doutrinário, que é exatamente a mesma coisa das igrejas que eles tanto criticam (só o que muda são questões puramente formais e externas, como um templo em vez de uma casa ou um nome que designa o lugar em vez de deixar sem nome, ou seja, questões que não afetam em nada a essência da coisa).
Em suma: Cristo não deixou uma Igreja no sentido de instituição formal como a católica romana ou qualquer outra, ele deixou DISCÍPULOS, e esses discípulos constituem o que a Bíblia chama de Igreja. Esses discípulos, por sua vez, podem se reunir onde, quando e como eles quiserem, desde que siga um padrão bíblico doutrinário e moral (não no sentido de concordar em cada detalhe, o que nunca aconteceu na história da Igreja, mas de concordar nos pontos fundamentais e básicos). Se uma igreja (no sentido denominacional) se desvia desse padrão (como é o caso dessas igrejas estatais que você citou), não é mais "igreja" no sentido bíblico, pois se apartou do corpo de Cristo, naufragou na fé (que é justamente o que aconteceu com a ICAR, só que muito antes das igrejas que você citou, e por razões muito mais graves).
Eu até sou a favor de abandonar o uso do termo "igreja" no sentido institucional e substituir por um termo mais adequado como "congregação" ou "comunidade religiosa", já que a confusão toda começa pelo uso errado do termo "igreja", mas como o termo pegou (inclusive entre os protestantes) fica muito difícil corrigir esse equívoco (é tipo como tentar convencer um católico que originalmente o termo "penitência" significava apenas contrição de coração e não tinha nada a ver com o significado que ganhou com o tempo).
ResponderExcluirExato. Se a Igreja Ortodoxa é uma verdadeira Igreja de Cristo e os ortodoxos são considerados irmãos na fé, então todo o argumento católico em torno de Jesus ter fundado "uma única igreja" (no sentido de instituição) e que só ela é legítima cai totalmente por terra. E eu nem preciso falar de documentos como a bula Unam Sanctam de Bonifácio VIII que dizia que a submissão ao pontífice romano era ABSOLUTAMENTE NECESSÁRIA para a salvação de todo o gênero humano (e outras tantas bulas que diziam que fora da Igreja Romana não há salvação, e coisas do gênero). Pra você ver como eles mudam drasticamente de doutrina conforme a conveniência, o Concílio Vaticano II admitiu a salvação até mesmo dos muçulmanos, e disse que católicos e muçulmanos adoram o mesmo Deus. E depois ainda tem a cara de pau de dizer que os sedevacantistas é que estão fora da Igreja e são "falsos católicos", quando na verdade tudo o que os sedevacantistas fazem é se manter fiéis à velha tradição da Igreja medieval (que não é a mesma da Igreja Católica moderna e muito menos a mesma dos tempos patrísticos e da era apostólica), enquanto os católicos fiéis ao papa são na verdade infiéis aos papas do passado (que disseram coisas totalmente contrárias ao ensino dos papas atuais). Em resumo, cada um escolhe quais papas e qual "Igreja Católica" seguir, porque ela própria é um amontoado de contradições sem fim.
ResponderExcluirBoa noite, sr. Lucas,
ResponderExcluirPeço desculpa... eu mandei a mesma questão duas vezes. Eu pensei que havia dado problema no envio do primeiro comentário, por isso enviei outro.
Fiquei muito feliz pela resposta. Que o Senhor faça próspero o teu caminho, sempre, sempre, sempre!!!
Graça e paz em Cristo!!!
Sem problemas, fica na paz!
Excluirhttps://rationalchristiandiscernment.blogspot.com/2017/07/the-moral-argument-against-evolution.html
ResponderExcluirAbout this argument from morality, I wrote here:
Excluirhttp://ateismorefutado.blogspot.com/2015/04/o-trecho-abaixo-e-extraido-de-meu-livro.html
E tem um detalhe nisso tudo, a questão do ecumenismo. Tipo, eu fui pra chá de fraldas de uma amiga minha que é católica. Agradeceram lá na hora com um Pai Nosso mas logo em seguida veio um Avê Maria e eu fiquei calado. Um amigo em comum me viu e perguntou se eu era evangélico, eu disse que era. Daeh ele perguntou pq eu não rezei para Maria sendo que os católicos rezam o Pai Nosso, daí se tira que sempre tem alguém nos observando, claro que ele sabia que evangélico não reza, muito menos pra Maria... a ICAR sabe que os evangélicos não reconhecem Maria como função alguma de perdão, comunhão, intermediação, e por aí vai, já os ortodoxos reconhecem em termos então eles se olhas com menos estranheza. Quanto aos protestantes a ICAR sabe que jamais iremos consentir com esse tipo de adoração então o jeito é argumentar contra mesmo, de todo o tipo. E sem falar que não frequento mais culto ecumênico em hipótese nenhuma pq em algum momento do culto o sacerdote católico vai adorar Maria como mãe de Deus e Rainha dos Céus, esse tipo de coisa realmente discordo por isso não vou. E tem uns tb que nos chamam de irmãos na esperança de que paremos com a pregação tendo como alvo o público católico. Acho que é mais ou menos por isso que a ICAR tem simpatia pelos ortodoxos e vira o canhão pra cima dos protestantes.
ResponderExcluirExato, o ecumenismo pra eles é apenas uma arma estratégica que encontraram pra barrar o avanço das conversões (afinal, se os dois são irmãos de uma mesma fé, então não faz sentido um querer converter o outro). Durante todo o tempo em que eles tiveram o poder em mãos nos trataram como hereges, perseguiram, queimaram, torturaram e tentaram exterminar até por meio de guerras e conspirações, e agora que eles perderam o poder e o Estado é laico o que sobrou foi apelar ao ecumenismo para ver se pelo menos assim eles conseguem frear as conversões (já que competir de igual pra igual eles sabem que não dá, porque perdem feio).
ResponderExcluirLucas, em uma democracia partidos extremistas e anti-democraticos (comunistas, nazistas, facistas etc) poderiam existir? Se a democracia os proibe n faz o mesmo q eles, entao como poderia ser melhor?
ResponderExcluirNa minha opinião não deveriam ser proibidos. Deveriam ser calados nas urnas.
ExcluirΛουκάς meu prof d historia falo q o liberalismo classico defende o livre mercado e n a ausencia do estado em questooes economicas, sendo q o estado tem q assegura essa liberdade, esta certo isso?
ResponderExcluirSim, Βίτορ.
Excluirhttps://www.patheos.com/blogs/davearmstrong/2015/09/biblical-evidence-for-priests-2.html
ResponderExcluirhttp://www.lucasbanzoli.com/2019/04/entenda-o-que-e-o-sacerdocio-universal_20.html
ExcluirLucas se fosse necessário para a vacina do novo coronavírus um sacrifício involuntário ( ou seja a pessoa q precisa ser sacrificada nao quer isso) de um inocente você concordaria com tal ato em pról da maioria?
ResponderExcluirNão, seria imoral.
ExcluirLucas, vi seu comentario sobre o ecumenismo, pelo q estou vendo cada vez mais evangelicos se deixam influenciar pelos católicos, por causa disso vejo muitos evangélicos defendendo um estado cristão no sentido nominal, e vi até pastores defendendo que o casamento no civil deveria deixar de existir e passar a ser só no religioso. Na minha percepção isso se deve a influência católica eles que só é possibilitada através do ecumenismo que tu achas?
ResponderExcluirTambém acho.
ExcluirLucas, vc acha q o governo deveria se preucupar com quais areas? Eu achoo q deveria se preucupar so com a segurança, pois é a unica coisa da qual Paulo fala sobre autoridades, d q servem para punir os maus; tbm acho q no maximo a saude por causa dos muito pobres ( mendigos, pessoas com casa d papelao etc). Nao acho q o governo tem q se preucupar com educacao pois assim ele acaba tendo o monopolio da verdade oq é mt perigoso.
ResponderExcluirNum mundo ideal não deveria mesmo (nem com a educação e nem com a saúde), mas no cenário atual ele deveria se preocupar com a educação pela mesma razão que você justifica que se preocupe com a saúde. Da mesma forma que muita gente não tem dinheiro pra pagar por um plano de saúde, muita gente não tem dinheiro pra pagar as mensalidades caríssimas de uma escola particular, então o ensino público, embora precário, acaba sendo a opção (mas só seria um monopólio se as escolas particulares fossem proibidas, como no caso de Cuba). Claro que o objetivo não seria manter as escolas e hospitais públicos pra sempre, o ideal é que toda a sociedade vá progredindo economicamente até que todos tenham condições de pagar por um serviço privado e assim não sobrecarregar o Estado com isso, mas até que isso aconteça o Estado precisa continuar cuidando dessas áreas.
ExcluirLucas, viu o novo livro do Bart Erhman? ele trata neste livro sobre o pós-morte, e defende uma visão mortalista. acho que vale a pena dar uma olhada.
ResponderExcluirNão estava sabendo, mas curiosamente no momento eu estou escrevendo uma nova edição do livro da Lenda da Imortalidade da Alma (totalmente reformulado, já que eu vou manter pouco ou nada da versão atual), e este livro vem a calhar (embora pela descrição do livro, parece que ele se foca apenas na questão histórica, e neste livro eu vou me focar mais na questão bíblica).
ExcluirLucas você não estar se contradizendo?vi um artigo seu que você afirma que o Cefas que aparece em Galatas não é Pedro mas ai você já parece afirmar ser Pedro
ResponderExcluirPaz e graça
Eu trato isso mais como uma hipótese bem fundamentada do que como um dogma (uma verdade indiscutível), e neste artigo eu não quis entrar no mérito e polemizar em cima disso porque iria desviar muito do foco, então trabalhei em cima da tese tradicional mesmo.
Excluirhttps://youtu.be/iuU5oWElCGg
ResponderExcluirBota o tema de Arquivo X se!
Lucas, eu andei jogando muito Crusader Kings II (conhece?) que meu primo recomendou e ele tá tentando reformar o Império Romano só que com o Sacro Império Romano-Germânico (spoiler: na real não dá, tem que ter título do Império Bizantino), mas aí eu pensei: afinal o Sacro Império Romano era "legítimo" ou era um fake criado pelo papado?
ResponderExcluirNão conheço esse jogo, de jogos desse tipo eu só jogo Age of Empires III. Sobre o Sacro Império Romano-Germânico, um historiador (não me lembro quem) certa vez disse que ele na verdade não era nem "sacro", nem "império", nem "romano", apenas "germâmico" mesmo (não à toa hoje o chamamos apenas de "Alemanha", em inglês "Germany", que vem de "germânico"). Acontece que com a queda do império romano do Ocidente muitos tentaram ocupar o posto perdido, e os germânicos entendiam-se como os sucessores naturais do antigo império (por isso deram esse nome), o que na verdade não eram. Até na Rússia os antigos imperadores se chamavam de Czar, uma forma russa do nome "César", pois também se viam como os sucessores do último império poderoso da Antiguidade, o império romano. Na Alemanha eles eram chamados de "Kaiser", com o mesmo significado. Mas isso refletia o que eles pensavam que eram, a forma como eles viam a si mesmos, não o que eles eram de fato, pois de fato o império romano ocidental acabou depois das invasões dos povos bárbaros (dentre os quais os germanos eram só mais um).
ExcluirLucas, apocalipse 2:14 contradiz 1 Coríntios 8 sobre a permissão de comer comida sacrificada a idolos?
ResponderExcluirPaulo diz que o ídolo nada é e que portanto não faz diferença nenhuma comer uma comida sacrificada ao ídolo ou não (já que toda a terra e todos os animais pertencem a Deus), mas ele diz que se alguém comer com uma consciência idólatra está pecando, e por isso mesmo diz que é errado que um cristão maduro coma uma comida sacrificada aos ídolos na presença de um cristão de mente fraca, que vai ser tentado a comer com uma mentalidade idólatra (como comia quando era pagão). É desse segundo caso que o texto de Apocalipse está falando, pois o texto diz que Balaão INDUZIU os israelitas a comer alimentos sacrificados aos ídolos, ou seja, se tratava de fazer o contrário do que Paulo ensinou, levando o cristão de mente fraca a pecar contra a sua própria consciência.
ExcluirComente Banzolão http://juliosevero.blogspot.com/2020/07/sete-principios-da-guerra-biblica-para.html
ResponderExcluirhttps://www.youtube.com/watch?v=8rdRE6jOdKk Comente,é um vídeo curtinho de 6:51
ResponderExcluirVídeo bacana, bem instrutivo.
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