*Nota: o artigo é extraído do meu livro sobre a Reforma, que será
publicado nas próximas semanas, se tudo der certo. Boa leitura!
***
A Guerra dos Trinta Anos (1618-1648) foi de longe a maior guerra
religiosa da história, na qual estiveram envolvidas, de uma maneira ou de outra, “não menos de cem milhões de pessoas”.
Apologistas católicos mal-intencionados têm tentado colocar a culpa dessa
guerra na conta do protestantismo, quando ela foi mais uma expressão da
intolerância e do fanatismo católico que teve por consequência milhões de
mortes. Os papistas que se apropriam da Guerra dos Trinta Anos para atacar a
Reforma costumam utilizar para isso dois meios desonestos. O primeiro é
sustentar que a culpa é dos protestantes porque se eles não existissem não
haveria guerra(!), o qual deixarei para comentar mais tarde. O segundo é
atribuir toda a guerra à Defenestração de Praga, quando dois regentes católicos
foram lançados de uma janela direto a uma pilha de esterco (eles não morreram,
mas eu não gostaria de estar na pele deles).
Esse tipo de argumento ignora todo o cenário mais amplo, incluindo
tudo de muito mais importante que havia acontecido até ali, tudo que gerou
aquela situação e também tudo o que ocorreu depois. Na verdade, a guerra foi “o resultado da união dos governos católicos da Alemanha
para destruírem o protestantismo no império”,
como afirma Nichols. Desde muito antes os jesuítas planejavam uma recatolização
da Alemanha por meio de conspirações políticas e a imposição do Estado, como
comenta Bleye:
A
Igreja aspirava a restaurar o catolicismo em todas as terras do Império, e a
Companhia de Jesus proporcionou ao pontificado os grupos de combate que
necessitava. Protegidos pelo imperador, os jesuítas se estabeleceram em
Colônia, Tréveris, Munich, Ingolstadt, Innsbruck, Viena e Praga, e educaram em
seus colégios aos chefes da futura restauração católica. O êxito foi se
afirmando durante os reinados de Maximiliano II (1564-1576) e Rodolfo II
(1576-1612). O catolicismo defendeu briosamente seu predomínio no sul do
império e nas províncias romanas, ganhou os bispados do Mein e disputou com o
protestantismo a Baixa Saxônia; Rodolfo, por sua vez, proibia o culto
protestante na Baixa Áustria, enquanto os jesuítas criavam na Boêmia novos
colégios e favoreciam o matrimônio dos senhores tchecos com austríacas,
italianas ou espanholas católicas.
Mas a bomba só estourou na Boêmia, quando “o
imperador Matias (1612-1619) proíbe os protestantes de construir templos, a
despeito de promessa inicial de tolerância”.
Como tudo que é ruim pode piorar, Matias tomou providências para que seu primo
Fernando, um “católico militante”,
fosse eleito seu sucessor. Fernando era o “cabeça
dos Habsburgos”,
e, como se não bastasse, foi educado pelos jesuítas,
que o tornaram um “católico romano ardoroso”,
determinado a “eliminar o protestantismo”.
Fernando era cognominado “o homem dos jesuítas”,
que o ensinaram “a odiar os protestantes”.
Cantú, historiador católico, afirma que “Fernando
não se sujeitou nunca a permitir aos reformados o livre exercício da sua religião
em seus Estados hereditários”.
Sua obstinação, intolerância e fanatismo em querer suprimir o
protestantismo a despeito dos votos de tolerância que então prevaleciam na
Boêmia suscitou a guerra, que começou na Boêmia e depois ganhou proporções maiores.
Mousnier comenta que “o imperador, discípulo dos
jesuítas, mostrava-se disposto a exterminar o protestantismo do império”.
Como o «campeão da Contrarreforma», Fernando exigia em seus estados a conversão
ou o exílio, buscando de todas as formas restaurar o catolicismo romano como a
única religião do império e suprimir o protestantismo. Anos antes, o imperador
Rodolfo II (1575-1612) havia assinado a Carta de Majestade, em que defendia as
liberdades religiosas. Mas Fernando, querendo governar como um ditador totalitarista,
“quis revogar as cartas-régias que garantiam as
liberdades da Boêmia”.
Nessa época, a Boêmia 90% protestante, e
mesmo assim “se mantinha firmemente apegada à
liberdade de cultos”.
Ninguém era incomodado por ser católico ou protestante, em um clima de
tolerância e pluralidade incomum para aqueles dias. Mas Fernando, por
influência dos jesuítas, detestava essa pluralidade mais do que tudo e “quis lhes impor, com o absolutismo, a unidade católica”.
Isso não foi o pior: Fernando ainda queria “fazer
do reino da Boêmia a base de sua potência monárquica”
– ou seja, o centro do seu império teocrático católico. Essa era uma
verdadeira declaração de guerra aos protestantes, esmagadora maioria da
população do estado. Não demorou para os massacres começarem e, com eles, a
resistência dos boêmios, acostumados a pegar em armas para se defender desde os
tempos de João Huss.
Rodríguez escreve:
Não
tardaram efetivamente em surgir as consequências da proclamação de Fernando
como sucessor no trono boêmio. Depois de algumas mudanças realizadas na
administração e desfavoráveis aos protestantes, a minoria católica adotou uma
atitude em extremo arrogante. Negou-se autoridade abertamente à Carta Majestade e a seus autores; alguns
camponeses, estabelecidos em terras do domínio real, que se negaram a
declarar-se católicos, sofreram o desterro; e nas cidades propriamente reais se
dificultou aos protestantes a obtenção dos privilégios de cidadania, e em
consequência o acesso aos cargos responsáveis administrativos nos domínios
reais. Na mesma Praga regia a quase completamente protestante Altstadt (cidade velha) um Conselho
municipal em que mais da metade de seus membros eram católicos; e a inquietude
reinante se tornou em pânico, quando o dito Conselho declarou (novembro de
1617) necessária sua vinda para nomear ou destituir qualquer indivíduo do clero
paroquial, e quando os documentos de fundação das numerosas igrejas de Praga
(em sua maior parte utraquistas) foram submetidos à autoridade inspetora de
juízes reais, e se recusou ao clero protestante o pagamento das dotações
católicas. Procedimentos análogos se seguiram em outras cidades reais; e se
tornou claro que, como nos domínios reais, seus moradores perderiam a liberdade
de praticar sua religião. Ademais, o chanceler Lobkowitz logo encontrou
oportunidade para tomar a seu cargo a censura de toda classe de impressos.
Malucelli confirma que “o pretexto para
iniciar o conflito foi dado pela Boêmia, onde a maioria da população,
protestante, era oprimida por um monarca católico”,
e Goldstone assegura que “a Guerra dos Trinta Anos
começou com o aniquilamento das elites protestantes na província austríaca da Boêmia”.
Roberts, na mesma linha, declara que “as brigas
religiosas irromperam novamente quando um imperador do século XVII, da família
Habsburgo, fortemente imbuído dos princípios da Contrarreforma, tentou de novo
fomentar o catolicismo. O resultado foi a apavorante Guerra dos Trinta Anos”.
Pirenne também comenta que “os imperialismos de
Fernando II e de Filipe IV provocaram a guerra dos Trinta Anos”.
Dickens aborda os acontecimentos seguintes:
Mais
violenta ainda é a reação eclesiástica dirigida pelo núncio João Caraffa. Os
pastores são banidos da Boêmia, as escolas protestantes fechadas, a famosa
Universidade de Charles e outros estabelecimentos de ensino superior entregues
aos jesuítas. Muitas prisões fazem sujeitar as cidades, pelo menos aparentemente.
Cerca de 36.000 famílias – um quarto talvez dos proprietários rústicos e da
população urbana – preferem partir a aceitar o catolicismo, enquanto aos servos
não é permitido escolher. A Alta Áustria é purgada da heresia, mediante medidas
semelhantes.
O estopim para a guerra em si foi a destruição de duas igrejas
luteranas, em 1618.
Rodríguez diz que “em Klostergrab, o abade coroou
uma série de arbitrariedades, mandando derrubar a igreja protestante, e
manifestando assim a toda a população protestante da Boêmia que a Carta de Majestade era já um documento
sem valor algum”.
Foi só depois de todas essas ações repressivas e ditatoriais que os boêmios
rejeitaram Fernando como imperador e provocaram a Defenestração de Praga,
como escreve Martinez:
Os
protestantes haviam construído dois templos no arcebispado de Praga. Ambos os
templos foram demolidos. Exasperados por este feito, os boêmios assaltaram o
castelo de Praga e lançaram pela janela a dois governadores que administravam a
Boêmia.
Em síntese, a Guerra dos Trinta Anos é um acontecimento causado
pela intolerância e fanatismo de um imperador germânico manipulado pelos
jesuítas, o qual tentou suprimir à força o protestantismo mesmo contra as leis
de tolerância então vigentes, e cujo tiranismo gerou represálias. A guerra que
começou na Boêmia logo tomou proporções continentais, pois o imperador contava
com o apoio da Liga Católica no extermínio dos protestantes boêmios, que por
sua vez suplicaram a ajuda dos estados protestantes. Estava assim desenhada a
primeira grande guerra europeia, que teria como principais proponentes do lado
católico Espanha, Áustria, Hungria e Polônia (além dos estados católicos da
Alemanha), e do lado protestante Suécia, Holanda, Inglaterra, Escócia e Prússia
(além dos estados protestantes da Alemanha, entre eles a própria Boêmia).
Entendendo este panorama, fica patente e notório o sofisma daqueles
que jogam nas costas do protestantismo a culpa pela Guerra dos Trinta Anos, só
porque ela não ocorreria se a Reforma não tivesse existido. Essa é a mesma
“lógica” de quem afirma que só existe estupro porque existem mulheres, ou que
só existem assaltos porque existem vítimas. É literalmente uma inversão
grosseira e criminosa para se culpar a vítima em lugar do malfeitor. Um
imperador facínora e tirano exige conversão ou morte da parte dos protestantes,
começa a destruir igrejas reformadas e a matar seu povo, e mesmo assim a culpa
é dos protestantes por se defenderem e tentar garantir sua sobrevivência. É
realmente um argumento canalha, que expressa bem o caráter e índole de seus
proponentes.
• A guerra
Fernando logo conseguiu o apoio de Filipe III da Espanha em sua
guerra contra os boêmios. Com esse apoio, ele “capturou
terras protestantes e fechou igrejas e escolas luteranas e reformadas na
Boêmia, Áustria e Morávia”.
Isso se deu em novembro de 1620, quando o exército do imperador comandado por Maximiliano,
o duque da Baviera, derrotou o exército de Frederico V na Montanha Branca, em Praga. Bleye diz que “a
Boêmia se submeteu e o imperador derrogou a Constituição deste reino e proibiu
a religião protestante”.
Enquanto isso, o exército espanhol invadiu e conquistou o Palatinado, um “tradicional bastião reformado”,
onde agora estava proibida a pregação evangélica.
Fernando destituiu o rei protestante da Boêmia, retirou sua
qualidade de eleitor e em seu lugar colocou justamente o chefe da Liga
Católica, Maximiliano da Baviera. Como resultado, ele “tentou
converter pela força os adversários da Igreja Romana, as cidades perderam os
seus privilégios e avalia-se geralmente em 30.000 o número de exilados que,
abandonando tudo o que possuíam, fugiram para os montes Tatras e se dispersaram
através da Europa”.
A derrota dos protestantes neste período inicial da guerra “sacrificava a Boêmia, destruída como nação; a política
local dos jesuítas – deportações e execuções – foi terrível”.
Sobre a devastação da Boêmia pelas forças católicas, Grimberg escreve:
Deram-se
então na Boêmia horríveis perseguições contra os protestantes e os adversários
do imperador. Entre os chefes da oposição, todos os que não tinham podido fugir
foram executados; todos os que haviam participado na revolta viram os seus bens
confiscados. Mais da metade das terras mudaram, assim, de mãos. Os pastores
evangélicos foram expulsos do país ou lançados na prisão. Milhares dos seus
fieis sofreram a mesma sorte. Os tchecos haviam perdido todos os seus chefes,
daí resultando a germanização completa da Boêmia, da Morávia, da Silésia e da
Alta e Baixa Áustria.
Pirenne acrescenta:
Todas
as liberdades tchecas foram derrogadas; a monarquia passou a ser hereditária; o
catolicismo foi imposto como única religião, começando com isso a perseguição
contra os protestantes, e os bens da nobreza tcheca foram confiscados em
proveito do imperador, que os distribuiu a seus favoritos, ou os vendeu a
entidades por ele constituídas.
Os massacres na Boêmia continuavam, e o morticínio parecia não ter
fim. Para ter uma ideia das cifras, a Boêmia contava mais de quatro milhões de
habitantes no começo da guerra, e apenas 800 mil ao final dela.
Este verdadeiro genocídio que é muitas vezes ignorado ou pouco lembrado nas
salas de aula é considerado até hoje um dos maiores crimes de guerra já
cometidos, cuja proporção só consegue ser superada por regimes totalitários de
muitos séculos mais tarde, quando passaram a existir armas de destruição em massa.
As regiões que mais sofreram com a guerra foram justamente as mais
protestantes da Alemanha, nomeadamente Augsburgo, o Palatinado e a Boêmia.
Isso era em grande parte devido ao modus
operandi do exército católico, que não visava apenas ganhar uma batalha ou subjugar
um exército inimigo, mas recatolizar uma região inteira através da compulsão e
violência. Mas não para por aí. Fernando sabia que não bastava o exílio, as
conversões forçadas e os massacres, porque isso tudo já havia sido largamente
colocado em prática na época de João Huss, e mesmo assim os boêmios se
reergueram nas gerações futuras e mantiveram a fé reformada. Fernando
compreendeu que era preciso fazer mais do que matar o corpo: a própria alma
boêmia tinha que ser destruída.
Assim, Fernando, “apoiando-se na
ideologia da Contrarreforma, implantou na Boêmia um regime autoritário que
empreendeu a germanização das populações tchecas”.
De um momento para outro,
os
camponeses se tornaram servos e, para impedir sua emigração, se concluíram
tratados com Polônia e Hungria. O estatuto jurídico imposto aos servos era
verdadeiramente desumano: proibição da língua e costumes tchecos; pena de morte
para o adultério; trabalho obrigatório a partir dos quatorze anos de idade, em
proveito dos senhores; impossibilidade de praticar um ofício sem sua
autorização, e obtenção do consentimento dos mesmos para a celebração de
matrimônios. Finalmente, a moeda nacional foi depreciada em metade e
substituída por outra. Para acabar com o espírito nacional tcheco, Fernando II
tratou de destruir sua cultura, o idioma alemão foi adotado como língua oficial
e os livros tchecos foram requisitados.
Pirenne adiciona que “a política de
absoluta desnacionalização arruinou o país, e as cidades se despovoavam até o
ponto de que em menos de um século a população passou de quatro milhões de habitantes
a um milhão”.
Lamentavelmente, esse assassinato da cultura tcheca e a consequente morte da
alma dos boêmios impregnada por Fernando II não pôde ser desfeito. Sob a égide
de um catolicismo forte e autoritário, a Boêmia (hoje território da República
Tcheca) continuou 96% católica romana até 1910, e hoje é um estado secular
ateu, onde 79% da população consistem de ateus, agnósticos ou irreligiosos em
geral, segundo o censo mais recente de 2011.
Do protestantismo ao catolicismo autoritário, e do catolicismo ao ateísmo, é no
que Fernando e a Contrarreforma conseguiram transformar a Boêmia.
Mas Fernando não se contentou em aniquilar o protestantismo na
Boêmia. Seu desejo, que era o anseio do papa e dos jesuítas que fizeram a sua
cabeça, não era de exterminar os protestantes de um único estado, mas de
exterminá-los no mundo todo. A «praga herética» tinha que ser eliminada a
qualquer custo e em qualquer lugar. Este sempre havia sido o sonho do papado,
desde a época de Lutero e das primeiras Dietas do império; desde Leão X e
Clemente VII. Até agora eles só haviam conseguido essa façanha em grandes
proporções na França, Espanha, Portugal, Itália, Áustria e em parte dos Países
Baixos, mas agora tinham a chance de destruí-los ao fio da espada no continente
inteiro, e não perderiam tamanha oportunidade.
Assim, a Liga Católica decidiu avançar e dar prosseguimento a seu
regime totalitário também nos outros estados, o
que suscitou a entrada de Cristiano IV da Dinamarca na guerra, com a ajuda de
subsídios ingleses e tropas holandesas em auxílio dos protestantes.
Isso exigiu dos católicos a formação do maior exército já visto até então, o do
capitão Wallenstein. Calcula-se que seu exército era composto de centenas de
milhares de soldados, isso sem mencionar “o séquito
de vivandeiros, comerciantes ambulantes, prostitutas e trabalhadores”.
Seu exército era “o maior e mais bem organizado
empreendimento particular já visto na Europa antes do século XX”,
e causou uma devastação sem igual na história da Alemanha.
Além das muitas mortes pela guerra provocadas pelos soldados a
serviço de Wallenstein, milhões pereceram de fome. Huxley diz que “os sobreviventes comiam ervas e raízes, bem como as
crianças e doentes, além de cadáveres há pouco enterrados”.
Uma das carnificinas mais conhecidas foi a de Magdeburgo, em 20 de maio de
1631, quando “seus habitantes tratados com brutal
ferocidade”
e o exército católico assassinou “milhares dos
habitantes da cidade”,
incluindo os civis – velhos, mulheres e crianças – que não estavam envolvidos
na guerra, mas que eram massacrados assim mesmo, por serem protestantes.
Coube a Wallenstein e ao conde de Tilly as maiores mortes da
guerra, em sua maioria de civis assassinados covardemente, ou dos que pereceram
em decorrência das indescritíveis devastações que assolavam a Alemanha. Suas
centenas de milhares de soldados queimando campos, ocupando e pilhando cidades
por todo o império obrigaram até os príncipes neutros a entrar na guerra para
não ter que sofrer com a devastação, e os que permaneceram neutros viram suas
terras serem devastadas enquanto abrigavam as tropas imperiais. Um clima geral
de desolação e desesperança tomava conta da Europa protestante.
A ruína parecia estar completa. A causa protestante, perdida. Mas
quando tudo indicava ser o fim da Reforma e o triunfo do papado, uma luz surge
no fim do túnel. Essa luz não era uma nação protestante e nem um trem vindo em
sua direção. Em vez disso, era nada a menos que a França católica, que decidiu
entrar na guerra ao lado dos protestantes, embaraçar tudo e mudar drasticamente
os rumos da guerra como nunca antes. Se você está se perguntando por que um
país tão católico como a França – o mesmo que perpetrou a chacina da Noite de
São Bartolomeu e que expulsou os huguenotes do país – entraria na guerra
justamente contra a Liga Católica, recomendo que volte e leia o capítulo 3,
onde já havíamos visto inúmeras vezes a França “salvar” a Reforma em seus
primórdios, em uma guerra interminável com Carlos V que lhe atava as mãos e o
impedia de usar toda a força contra os “inimigos internos”.
A França era, de fato, o maior inimigo político dos Habsburgos, que
dominavam a Espanha e o Sacro Império havia séculos. Suas guerras políticas,
que vez ou outra ganhavam uma trégua ou uma «falsa paz», nunca cessavam
realmente. Mais do que ninguém, a França sabia as consequências de se deixar a
Espanha dos Habsburgos alcançar um predomínio continental tão grande, que eram
muito mais sérias e graves do que o não-extermínio dos protestantes. Assim, a
França preferiu priorizar a segurança de sua nação em vez da eliminação da
“heresia”, como a Contrarreforma exigia. Essa mudança inesperada nos planos
equilibrou de novo as forças no cenário europeu, pois a França era o único país
poderoso o suficiente para fazer frente à imponente Espanha, que, embora já em
crise econômica, ainda contava com o maior contingente militar da Europa.
A entrada da França na guerra não era apenas uma ajuda militar
considerável, mas tinha também um efeito moral. Alguns pequenos estados
protestantes que ainda não haviam entrado na guerra por medo de sofrerem o
mesmo massacre impiedoso suscitado pelos católicos na Alemanha, ao verem a
decisão da França, tomaram coragem e declararam guerra a Fernando II também.
Entre eles se destaca os cantões suíços e a Suécia de Gustavo Adolfo, que conseguiu
muitos notáveis e improváveis triunfos mesmo com um exército modesto, até ser
morto em batalha. Até mesmo alguns católicos italianos, como o duque de Saboia,
entraram na guerra do lado protestante a fim de se livrar do domínio espanhol. Por
isso este segundo período da Guerra dos Trinta Anos passava a ser, antes de
tudo, político.
Essa inesperada e indesejável mudança radical nos rumos da guerra
deixou a Espanha de Filipe IV furiosa e desesperada, a qual começou a exigir a
entrada na guerra de estados católicos que ainda não haviam enviado soldados
para as batalhas, os quais “foram convocados a
contribuir com a maior quantidade possível de recursos em homens e material”.
Dois casos são particularmente emblemáticos e tornariam as coisas ainda mais
difíceis para a Espanha: Portugal e Catalunha. Naquela época, Portugal não era
um país independente da Espanha, mas “em vez de
somar seus exércitos ao dos espanhois, proclamou sua independência e elevou ao
trono o seu vice-rei, o duque de Bragança, que foi proclamado com o nome de
João IV. Imediatamente ao assumir o cetro, o novo rei de Portugal trama uma
aliança com França e Holanda e declara guerra à Espanha”.
Nunca antes a expressão “o tiro saiu pela culatra” fez tanto sentido.
A Catalunha tomou uma decisão similar à de Portugal, respondendo às
reivindicações da Espanha “com uma insurreição
análoga à das Províncias Unidas, e erigindo-se em república independente
(1640)”.
Essa rivalidade entre Espanha e Catalunha se estendeu ao longo dos séculos e
tomou proporções cada vez maiores, com o problema prosseguindo até os nossos
dias. Teimosos, a Espanha e o Sacro Império permaneceram guerreando quase
sozinhos até 1648, quando após múltiplos reveses foram obrigados a aceitar a
derrota no Tratado de Westfália, o qual “reconheceu
a independência de Portugal e dos Países Baixos em relação à Espanha, e a
liberdade de culto a reformados, luteranos e católicos nos territórios
envolvidos na guerra”.
Assim, por ironia do destino, foi justamente a divisão católica que
permitiu ao protestantismo sobreviver apesar de toda a perseguição instigada
pelos jesuítas e de todo o projeto papal da Contrarreforma.
• Resultados da guerra
Se por um lado os católicos exigiam o extermínio do protestantismo
para encerrar a guerra enquanto venciam, por outro lado a vitória protestante
não implicou em nenhuma violação das liberdades católicas. Nichols escreve
sobre o acordo firmado entre a parte derrotada e a vencedora:
Concordou-se
que todas as partes do império conservariam as formas de religião, protestante
ou católica, que tinham em 1624. Este acordo acabou com a agressão da
Contrarreforma e também com o progresso do protestantismo. Até 1930, o caráter
religioso das regiões da Alemanha ainda permanecia o mesmo desde o tratado de
paz. A tolerância religiosa garantida pelos governantes foi assegurada desde
então, até os dias atuais. Foi uma grande conquista no terreno da liberdade de
consciência. Só a Reforma conseguiria tal.
Quem não gostou nada nada da paz foi, como sempre, o papado, que
pretendia se aproveitar da guerra como um instrumento de elimação dos
“hereges”, e por isso preferia que continuassem se matando até atingir este
fim. Cantú diz que “o papa Inocêncio X protestou contra
esta paz, como pouco religiosa”,
Baker alega que a paz ocorreu “apesar da oposição
oral do papa Inocêncio X”, Walker afirma que “o
papa a denunciou”,
Oliveira menciona a “oposição do papa Inocêncio X”
e acrescenta que o papa “em nenhum momento respeita
os termos da Paz de Westfália, inclusive continuando nos seus esforços para
recatolizar através da subversão e diplomacia”.
Quem também se indignou com o cessar das hostilidades foram os
jesuítas, que, segundo Johnson, “desempenharam um
papel fundamental na Guerra dos Trinta Anos, tanto em seu início e na
‘conversão’ forçada da Boêmia quanto no impedimento de uma paz conciliatória
após as vitórias do exército protestante sueco, sob o comando de Gustavo
Adolfo”.
Quem mais sofreu com a atuação dos jesuítas foi a Boêmia, estado protestante e
livre no início do século XVII, mas “as
vicissitudes políticas da Guerra dos Trinta Anos e o governante católico
romano, reforçado pelo zelo missionário dos jesuítas, eliminaram quase que
totalmente o protestantismo”.
A Guerra dos Trinta Anos deixou a Alemanha arruinada. “Por causa dela, muita coisa da Alemanha foi perdida.
Cidades e vilarejos prósperos foram dizimados ou destruídos”.
Walker assinala que “a população decaíra de
dezesseis milhões a menos de seis. Os campos estavam devastados. O comércio e a
indústria, destruídos. Acima de tudo, a vida intelectual estagnara, a moral se
tornara áspera e corrupta, a religião estava gravemente prejudicada”.
Grimberg também descreve os horrores deixados pela guerra:
Inúmeras
aldeias e burgos da Alemanha tinham sido completamente aniquilados, arrasados;
os campos ficavam por cultivar, estradas e pontes encontravam-se em ruínas. Em
certas regiões, os lobos e outros animais ferozes podiam multiplicar-se com
todo o sossego e atacavam até, em bandos, a população das cidades. A angústia
da época exprimia-se nas suas visões do Apocalipse. Muitos supunham o fim do
mundo muito próximo.
Pirenne diz que “as lutas e miséria que
havia suportado o povo alemão durante aquela guerra interminável, imposta por
Fernando II para conseguir uma unidade que não possuía e nem desejava, haviam
sido tão crueis como vãs, e mais de um século ia ser necessário para voltar a
uma vida normal”.
Não é de se espantar que apologistas católicos desonestos usem a Alemanha do
século XVII como um exemplo de “país protestante artrasado”, sem mencionar que
este atraso foi causado justamente pelo imperador católico facínora e a Igreja
que o apoiava.
Os números exatos das vítimas da guerra são desconhecidos, mas há
historiadores como Cairns que falam em um terço da Alemanha,
e outros como Curtis que apontam metade ou mais da população.
Este foi o preço pago pela Contrarreforma, pela intolerância papal e pela
obsessão em se aniquilar os “hereges” a qualquer custo. Não surpreende que
mesmo diante desse cenário tão calamitoso de ruína total, o papa e os jesuítas preferissem
que se continuasse matando em vez de encerrar as hostilidades na paz de Westfália.
Mesmo sem conseguir êxito total, o papa pôde se orgulhar do fato de
que “territoriamente a Igreja Católica Romana saiu
da guerra em melhor situação do que quando entrou nela, às expensas do
protestantismo. Foi dentro do protestantismo, e notadamente em uma de suas
igrejas, a dos Irmãos Boêmios, que foi a maior vítima, na qual novos fluxos de
vida, sobretudo, surgiram”.
Não obstante, isso não foi muito
comemorado em Roma, que há muito tempo esperava por muito mais. Pirenne destaca
que “o fracasso da ofensiva da Contrarreforma faria
a Europa adaptar-se politicamente à diversidade ideológica nascida ao calor de
sua evolução religiosa, econômica e social”.
A guerra, que começou “pelo esforço da
Igreja Romana”,
mostraria a ela mesma que “o protestantismo não
podia ser derrotado com armas”.
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Esses livros enormes que você cita, você lê todo ou apenas trechos? Deve demorar pra caramba.
ResponderExcluirEu leio tudo aquilo que é referente ao tema. Com alguns isso implica na leitura do livro todo (ex: "Reformas na Europa" do Lindberg e "A Reforma" do Lindsay), e com outros isso implica apenas na leitura do capítulo que eu preciso ler para esse trabalho (ex: livros de "História Universal"). E demora sim :/
ExcluirAvalie: https://youtu.be/Z78iGV4Mf1E
ExcluirSó perde em diversão para os artigos do Fernando Nascimento.
Excluir"Só perde em diversão para os artigos do Fernando Nascimento"
ExcluirFernando Nascimento é apelido. O verdadeiro nome dele é Fernando Fedorento :)
Combina mais.
ExcluirEdmund Burke era católico ou protestante?
ExcluirProtestante anglicano.
ExcluirObrigado
ExcluirPara o Astrolavo os jesuítas eram todos seres bonzinhos... Mas a verdadeira História o desmente.
ResponderExcluir"Jesuítas bonzinhos" só em contos de fadas.
ExcluirUm exemplo de como um anacronismo pode zuar o entendimento de uma época passada(ou uma cultura passada).
ResponderExcluirhttps://www.biblicalarchaeology.org/daily/biblical-topics/bible-interpretation/were-mary-and-joseph-married-or-engaged-at-jesus-birth/
Deus lhes ilumine!
Interessante, não tinha notado isso. Abs!
ExcluirUma coisa que achei estranha nesse artigo(um outro que vou linkar)
ResponderExcluir:https://members.bib-arch.org/bible-review/4/5/2
Porque um cara falou tal coisa assim, em um comentario do artigo acima?:"That is a damnable heresy, and I’ll pray that you lost souls will be saved by the truth. Cancel my subscription and return my money immediately.
God have mercy on you for what you are doing with His word.
If by any chance I have renewed my subscription, please cancel it"
Fiquei em duvida, pois não me aprece que o autor do artigo falou(no pouco que tenho aceso) heresia nenhuma. Mas ai eu achei isso aqui! Uma nota de rota pé do artigo: https://members.bib-arch.org/bible-review/4/5/2/en/1
Me parece que temos um Católico meio nervoso aqui! =O
(Recomendo que entre nessa pesquisa aqui:
https://www.biblicalarchaeology.org/search-results/?cx=008617488963096700126%3As8p_za8hcn0&cof=FORID%3A10&ie=UTF-8&sa=GO&q=Virgin+Birth&siteurl=www.biblicalarchaeology.org%2Faccount%2F&ref=&ss=2063j744335j8
Ela tem muito material interessante sobre a concepção virginal(e outras varias coisas)
Nada anormal, qualquer coisa que um católico não goste ou discorde ele vai dizer que é heresia, vai te mandar para o inferno, lançar pragas divinas e tudo mais. Nada de novo, eles são assim mesmo.
ExcluirAvalie e responda, por favor:
ResponderExcluirhttps://www.youtube.com/watch?v=LEQ6f_PxX4g&feature=youtu.be
Desculpa, eu não suporto olhar pra cara desse sujeito, sempre que alguém me passa eu fecho o vídeo e peço para resumir o conteúdo. Se puder resumir o conteúdo por escrito com as principais acusações a serem refutadas, fique à vontade.
ExcluirBanzoli kkkkkk
ResponderExcluirhttps://scontent.fjdo1-1.fna.fbcdn.net/v/t1.0-9/38476943_1503662023066729_2610297847664345088_n.jpg?_nc_cat=0&oh=ce5034c961480478e64b64532d9a4e8e&oe=5C02502D
Hahahahaha
ExcluirSegue o líder! :D
não concordo em nada com esta universal e suas novelinhas da record, mas pelo amor de Deus os católicos tão pirado: https://cinema.gospelprime.com.br/catolicos-boicote-jesus-virgindade-maria/
ResponderExcluirNão pode falar sobre a Bíblia que eles boicotam, sempre foi assim. Antes "boicotavam" a própria Bíblia (a censuravam e proibiam sua leitura), agora boicotam os fatos que a Bíblia mostra. De minha parte, nenhuma surpresa.
ExcluirLucas o que você tem a dizer sobre Natal, Páscoa e festa de aniversario serem discutidas hoje como oriundas do paganismo?
ResponderExcluirSobre natal eu comento aqui:
Excluirhttp://ocristianismoemfoco.blogspot.com/2017/12/cristao-pode-celebrar-o-natal.html
Sobre os outros eu não tenho artigo ainda mas se aplica a mesma lógica desse do natal.
Eu sou a favor de abolir completamente a celebração do Natal. Em primeiro lugar, não há a menor evidência bíblica ou extrabíblica de que Jesus realmente nasceu em 25 de dezembro. E em segundo lugar, Cristo nunca pediu e muito menos exigiu que o seu nascimento fosse celebrado. Cristo exigiu que a sua morte e ressurreição fossem celebradas, não seu nascimento. Por esse detalhe já acho patética a ideia de se convencionar uma data para celebrar o nascimento de Cristo. E em terceiro lugar, a celebração do natal, ainda que instituída sob um pretexto simbólico de celebrar o nascimento de Jesus não contribuiu em nada para abolir o espírito pagão da antiga saturnália.
ExcluirAvalie:
ResponderExcluirhttps://www.youtube.com/watch?v=W6pAy0r7c_A
Se achar o vídeo longo demais poderia analisar pelo menos os cinco primeiros minutos. Pois gostaria que você avaliasse as ponderações do Bernardo Küster sobre a Teologia da Libertação.
Eu não entendi, é pra comentar o vídeo em si ou as as ponderações do Bernardo Küster sobre a Teologia da Libertação? Porque o vídeo que você me passou não tem nada a ver com isso (não assisti ainda, mas fala do Mandela e é do Olavo e não do Bernardo). Acho que você me passou o vídeo errado, confirma aí.
ExcluirDesculpa pelo erro, aqui está o link correto:
Excluirhttps://www.youtube.com/watch?v=k9ns0a88WFA
O Bernardo fala bem sobre TL (a propósito, assisti o vídeo inteiro, é um vídeo bom de se assistir), mas a metodologia que a TL usa é apenas a mesma que tradicionalistas como ele usam sobre Inquisição, cruzadas e outros aspectos: o revisionismo. Os teólogos da libertação reinterpretaram a Bíblia e a história à sua maneira, exatamente como faz o grupo que ele representa e divulga, com a única diferença de que são revisionismos na direção de polos opostos (um para a extrema-esquerda, outro para o fanatismo católico). Quando se combate o revisionismo sendo um revisionista não passa muita credibilidade, por melhor que seja em desmascarar o primeiro revisionismo.
ExcluirLá vou eu novamente mandar link da BAS(Biblical Archaeology Society). Esse aqui é bem interessante; é sobre um papiro Egípcio que contem o salmo 20 e outros 2 salmos que não estão na Bíblia. "Mas porque não estão na Bíblia?" Me perguntam. Acho que a resposta o autor fala: "The two other psalms of the Amherst papyrus are not in the Bible. That does not make them any less valuable from a historical and literary point of view. These were songs the Israelites chanted before their religion turned monotheistic." Ou seja, eram 2 salmos politeístas(não inspirados).
ResponderExcluirVou deixar o artigo aqui(está em inglês): https://www.biblicalarchaeology.org/daily/ancient-cultures/ancient-near-eastern-world/egyptian-papyrus-israelite-psalms/?mqsc=E3978043&utm_source=WhatCountsEmail&utm_medium=BHDDaily%20Newsletter&utm_campaign=ZE8A8F30
Deus lhes ilumine!
Só um adendo aqui: Não acredite em 100% das coisas que falo e comento sobre os links que mando(como esse aqui da BAS). SEMPRE vejam o link e confira se minha interpretação está correta. Pois eu posso estar errado e não sei disso, e posso induzir vocês ao erro.
ExcluirDeus lhes ilumine!
Iae, Lucas! Como vai? Diga sua opinião sobre esse vídeo, principalmente os livros que ele recomenda aos 6:44 até7:19, e diga se você já comentou sobre esses livros que ele fala nesses minutos que eu falei ae:
ResponderExcluirhttps://www.youtube.com/watch?v=tnFfsyCmTT4
Deus lhe ilumine!
O "Manual Politicamente Incorreto das Cruzadas" é uma bela de uma porcaria revisionista sem nenhuma base histórica. O da "Inquisição: Um Tribunal de Misericórdia (risos)", o próprio autor assume ser um revisionista, é só mais um proselitista repetindo as mesmas mentiras dos outros livros católicos revisionistas do gênero, e o "Como a ICAR construiu a civilização ocidental" é motivo de piada no meio acadêmico. Basicamente são livros escritos na mesma intenção: revisar a história de forma desonesta e manipuladora de um modo a exaltar o catolicismo e demonizar tudo o que há de oposição. São livros que contradizem diretamente os próprios documentos católicos antigos.
ExcluirMas você já leu o "Inquisição: Um Tribunal de Misericórdia"?
ExcluirNão, que eu saiba foi lançado recentemente e eu estou sem tempo. Mas diante de todas as resenhas do livro e da descrição do próprio autor está claro se tratar do mesmo tipo de material da "Inquisição em seu Mundo", do João Bernardino Gonzaga. Você pensa que vai encontrar algo novo, e quando vê é apenas o mesmo repeteco revisionista de sempre.
ExcluirEai banzoli, é verdade que durante a idade media, a maioria das pessoas não sabiam ler?
ResponderExcluirPois se fosse assim não adiantaria a ICAR liberar Bíblia para o pessoal que nem ler sabia..
Bomm pelo menos, eu acho
"Eai banzoli, é verdade que durante a idade media, a maioria das pessoas não sabiam ler?"
ExcluirSim.
"Pois se fosse assim não adiantaria a ICAR liberar Bíblia para o pessoal que nem ler sabia"
São dois erros diferentes: não liberar a Bíblia e não alfabetizar o povo. O fato de errar em uma coisa não justifica errar em outra coisa, pelo contrário, apenas acumula os erros. E uma coisa importante a se mencionar é que não precisava todo mundo saber ler para conseguir saber o que a Bíblia diz; se uma única pessoa da família soubesse ler, ela poderia recitar para as outras pessoas, era o que acontecia frequentemente nos países protestantes na época em que não havia 100% da alfabetização ainda. E dessa forma todos "liam" a Bíblia, mesmo sem todos serem alfabetizados.
Banzoli, será que os tridentinos sempre foram burros desse jeito?
ExcluirSim.
ExcluirEu não sou tridentino, foi apenas uma pergunta
ExcluirEu sei, eu só respondi sobre os tridentinos mesmo, não sobre você. Abs.
ExcluirDesculpa pela pergunta fora de contexto. Em sua opinião(espero que em Espírito)qual o significado de "banqueiros" em Mateus 25.27? Marco Antonio.
ResponderExcluirO "banqueiro" ali é um alegoria, a descrição está dentro de uma parábola que vai de Mateus 25:14 até Mateus 25:30. Ou seja, não se trata de nenhum banqueiro literal. O significado da alegoria é que aquele servo não devia ter escondido o seu talento, mas o usado, mesmo que isso significasse arriscar muita coisa (arriscar seu conforto pessoal, sua credibilidade, seu lazer, sua segurança física e etc). Mas aqueles que recebem dons de Deus e mesmo assim preferem não usá-los por medo ou covardia receberão julgamento. Eu não vejo uma necessidade de se dar alguma interpretação específica aos "banqueiros", pois nem toda parábola de Jesus tem um significado elemento por elemento. Muitas vezes há elementos que estão ali apenas para efeitos parabólicos e não com um significado oculto e maior por detrás, é o que eu penso dessa parte.
ExcluirObrigado pela resposta. Há algum tempo que penso que aqueles que multiplicaram os talentos representam os cristãos que "põem a mão na massa", enquanto entregar aos "banqueiros" significaria ajudar ou apoiar (financeiramente ou por outro meio) aqueles. Marco Antonio.
ExcluirO que vc acha do monasticismo?
ResponderExcluirEu acho um despropósito, o oposto do que Cristo nos chamou a ser. Ele nunca quis que seus discípulos vivessem isolados do mundo, mas precisamente o contrário:
Excluir"Vós sois a luz do mundo; não se pode esconder uma cidade edificada sobre um monte; nem se acende a candeia e se coloca debaixo do alqueire, mas no velador, e dá luz a todos que estão na casa. Assim resplandeça a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem a vosso Pai, que está nos céus" (Mateus 5:14-16)
Esperava essa resposta. Eu concordo. Zuínglio transformou monastérios na Suiça em orfanatos, o que é muito melhor.
ExcluirUm período de maturidade espiritual, estudo da Palavra, crescimento, meditação, etc.. é bem interessante. O problema é que essa 'preparação'/'experiência' geralmente é dominada por católicos romanos (até onde conheço). E os falsos ensinos geram desequilíbrios - vide casos de pedofilias e outras perversões sexuais.
ExcluirSe fosse com: 1) Líderes coerentes com o Evangelho, 2) pessoas buscando mais de Deus e de Sua Palavra e 3) com doutrinas/ensinos saudáveis das Escrituras Sagradas.
Dariam frutos, muito melhores.
0bs: outra coisa a se pensar é sobre o tempo investido. E qual o propósito de vida, até pq não seriam desenvolvidos habilidades e conhecimentos ~ caso optasse futuramente uma profissão.
Qualquer estudo pessoal, conhecimento ou espiritualidade só tem propósito se for para alcançar outras almas para Cristo, não para se manter enclausurado em algum lugar distante da sociedade. Já pensou como seria se Paulo, Pedro e os demais apóstolos ficassem "presos" em mosteiros em vez de saírem pelo mundo pregando o evangelho a toda criatura e convertendo muita gente? Provavelmente estaríamos adorando os deuses romanos hoje. Quem entende o evangelho como algo "para mim" em vez de "para os outros" na verdade ainda precisa aprender muito. Deus quer o nosso crescimento pessoal sim, mas desde que isso seja útil para a edificação do próximo também. É o que eu penso.
ExcluirLucas boas notícias:
ResponderExcluirO Vice do Bolsonaro vai ser o General Mourão! Aleluia! Aquele vagabundo do "príncipe" Luís Felipe não foi cotado! Pelo menos uma boa notícia, embora preferiria a Janaína Paschoal. Antes um General que ao menos fez algo pelo país que um príncipe vagabundo que vive militando pela volta da monarquia católica.
Não que eu ache o general Mourão um bom nome (muito pelo contrário), mas também fiquei aliviado por não ter sido o "príncipe".
ExcluirCaro Anônimo , o tal príncipe que você acaba de chamar de " vagabundo " tem MBA pela Universidade de Stanford . O Luís Phillipe e muito equilibrado em relação a monarquia. Nunca o ouvi defender catolicismo como religião vigente além de ser extremamente honesto e com propostas interessantes. O Próprio Franklin Ferereira o chamou para dar palestra em seu seminário. Por favor mostre respeito pelo próximo e apague esse seu comentário que é um desserviço ao Reino De Deus ( parece até romanistas xingando) . Se fosse você Lucas faria o mesmo .
ExcluirTambém não acho que o General Mourão seja a melhor opção, muito pelo contrário, acho ele muito radical, extremista e antidemocrático, discordo dele em quase 70% do que ele Fala (principalmente com relação ao que aconteceu na Ditadura militar, mas infelizmente esse fato os bolsominions preferem ignorar). Não acho que seja a melhor opção, mas com certeza prefiro mil vezes uma viúva da Ditadura, a um monarquelho vagabundo que nunca fez nada para ninguém e ainda quer a volta da monarquia pra ter privilégios. Eu sinceramente falando detesto todos os descendentes da família real, os Bragança são a escória da história brasileira.
ExcluirO legal é que agora se fizerem o impeachment do "capitão" assume o "general", ainda mais radical em sua visão política (ou seja, eles vão ter boas razões para evitar isso).
ExcluirCaro Anónimo, após uma breve pesquisa que fiz a respeito do Sr. Luís Philipe pude perceber que realmente estive me equivocado, e tal como um homem me arrependo do que falei, pesquisei sobre o Sr. Luís Philipe e embora ele seja monarquista, não tenho nada contra a pessoa dele, embora ele seja um monarquista equilibrado e ajuizado, tente me entender, falei aquilo em um momento de raiva, pois, ao meu ver 95% dos monarquistas são católicos tridentinos romanistas, que ao meu ver, querem usar a monarquia como forma de tentar restaurar o catolicismo como religião oficial e proibir cultos religiosos, e transformar esse país em uma Arábia Saudita católica. Não sei se você sabia, mas esse movimento monarquista foi criado na década de 80 pela TFP, um grupo católico tridentino tradicionalista criado pelo romanista fanático Plínio Corrêa de Oliveira, eu estou arrependido verdadeiramente do que disse a respeito do Sr. Luís Philipe, mas deixo claro que não tenho nada contra a pessoa dele, mas sim com relação a esse "movimento" monarquista que foi criado justamente pelos próprios romanistas para tentar restaurar o catolicismo como religião oficial. Ele pode até ser um monarquista moderado, mas 95% dos monarquistas, tem alguma ligação com os católicos tridentinos romanistas da TFP, inclusive o próprio D. Bertrand (que a propósito é um católico tridentino fanático) certa vez afirmou que jamais permitiria (se fosse rei é claro) que seus filhos se casassem com plebeus. Ele afirmou isso em uma entrevista a rede BBC na época do casamento real. Não tenho nada contra a pessoa dele, mas não aceito esse movimento monarquista. (Sou cristão protestante conservador de direita, mas não sou monarquista, e nem sou obrigado a ser, eu nasci republicano e serei republicano até o meu último suspiro).
ExcluirPs. Pelo menos com o General Mourão, a esquerda não terá desculpa para planejar um processo de impeachment.
ExcluirTirando o Bolsonaro do poder vai ficar ainda pior pra eles :D
ExcluirQuantas pessoas morreram nessa guerra lucas??????
ResponderExcluirOs números divergem, mas giram em torno de 10 milhões.
ExcluirAbençoado seja grandemente,por todo seu trabalho.
ResponderExcluirVocê poderia fazer uma lista com os nomes usados em seus livros,referente a pesquisadores,historiadores e obras que dão respaldo aos escritos bíblicos e demonstram a sua veracidade?
Obrigado! Sobre veracidade da fé cristã, os maiores defensores da atualidade são William Lane Craig, John Lennox, Dinesh D'Souza, Alvin Plantinga, Norman Geisler, Frank Turek, Alister McGrath, Timothy Keller e Lee Strobel. Você pode ver uma lista de livros (desses e de outros autores) aqui:
Excluirhttp://ateismorefutado.blogspot.com/2014/12/livros-recomendados.html
Qual a sua opinião sobre o G.K.CHESTERTON ????
ExcluirSegundo os catolicos, ele foi um ex-Anglicano que se converteu ao catolicismo e com os seus livros revolucionou a Apologética cristã refutando os "Grandes" filósofos Ateus de seu tempo.
No início eu achava que era apenas mais um Papista, porém pesquisando descobri que ele teve muita importância para o conversão do Lewis e que já foi citado por muitos protestantes.
OQ acha dele???
Na verdade quem teve importância na conversão de Lewis foi o Tolkien, não Chesterton, talvez você esteja se confundindo. De todo modo ele era as duas coisas, apologista católico anti-ateu e antiprotestante também (enquanto os apologistas católicos modernos costumam ser apenas antiprotestantes mesmo).
ExcluirSim, o Tolkien teve mesmo uma grande importância para o reencontro de "Jack" com Deus, porém os livros CHESTERTON o ajudaram muito nesse processo. Segundo o próprio Lewis o livro "O Homem Eterno" que fez ele retornar para o Cristianismo Anglicano.
ExcluirParabéns, mais um artigo fantástico. :)
ResponderExcluirVlw :)
ExcluirLucas, por que você acha que Cristo tinha que ser homem, e não uma mulher?
ResponderExcluirEle não "tinha" que ser homem, mas naquela sociedade os mestres (rabis) que faziam discípulos eram todos homens, então fazia mais sentido vir como um homem do que como uma mulher (embora em sua condição celestial não fosse nem um nem outro, porque Deus é assexuado).
ExcluirIae, Lucas! Gostaria de saber qual dos dois é pior(ou ambos são do mesmo nível): Um cara que induz o outro ao erro(sabendo que aquilo é errado; como assassinar alguém), ou o cara que foi induzido ao erro?
ResponderExcluirDeus lhe ilumine!
Eu acho que os dois são igualmente culpados e criminosos, mas se tivesse que escolher o pior, eu diria que é quem induziu ao erro.
ExcluirBanzolao o movimento revisionista da Inquisição no Brasil se fortaleceu com Olavo de Carvalho?
ResponderExcluirCom certeza, ele é em grande parte o responsável.
ExcluirJá viu essa, Dr. Lucas?
ResponderExcluirhttp://radioimprensa.com.br/papa-muda-doutrina-da-igreja-e-condena-pena-de-morte/
Mudança na doutrina da igreja? Mas os católicos não dizem que a igreja nunca mudou suas dotrinas? rsrsrs...
No parágrafo 2267 do catecismo dizia:
"A DOUTRINA TRADICIONAL DA IGREJA, desde que não haja a mínima dúvida acerca da identidade e da responsabilidade do culpado, NÃO EXCLUI O RECURSO À PENA DE MORTE, se for esta a única solução possível para defender eficazmente vidas humanas de um injusto agressor" (realce meu)
Ou seja, o catecismo dizia que a pena de morte nesse caso citado estava de acordo com a tradição, pois fala DOUTRINA TRADICIONAL. Mas agora o Papa Francisco diz:
“A IGREJA ENSINA, À LUZ DO EVANGELHO, QUE A PENA DE MORTE É INADMISSÍVEL, porque atenta contra a inviolabilidade e a dignidade da pessoa, e se compromete com determinação com sua abolição em todo mundo” (realce meu)
Agora, segundo o Papa Francisco, a igreja não admite mais a pena de morte, pois isso está de acordo com o evangelho. Então, das duas uma: ou o Papa Francisco está desobedecendo a tradição, ou os outros Papas estavam desobedecendo o evangelho.
E agora, José? Rsrsrs...
Eu ia fazer um artigo sobre isso e juntar com outras vezes em que os papas mudaram de opinião sobre algo, mas desisti da ideia depois de ver o quão gigantesco o artigo iria ficar com o tanto imensurável de situações do tipo...
Excluirparece que o aborto voltou a ser discutido na politica brasileira e uns"cristãos" políticos tão defendendo a legalização: https://noticias.gospelprime.com.br/pastora-biblia-defender-aborto-stf/ (sem esquecer daquela ONG chamada Católicas na luta pelo aborto algo assim, que dizem que Maria foi consultada por Deus para ter um filho e portanto o aborto deveria ser legalizado (?)).
ResponderExcluirSempre irá existir falsos cristãos nominais a favor disso ou daquilo, mas quem realmente tem o Espírito Santo e é cristão genuíno jamais irá apoiar o assassinato de inocentes, seja dentro ou fora do ventre da mãe.
ExcluirBanzolii, Ao fazermos a conta em questão ao dilúvio e Matusalém, as contas dão certo, porém:
ResponderExcluir• Como sabemos que Matusalém morreu antes e não no dilúvio?
• E o filho de Matusalém? Morreu no dilúvio?
• Como sabemos que Matusalém morreu antes e não no dilúvio?
ExcluirIsso não tem como saber ao certo. Geralmente se presume que Matusalém foi um homem justo porque seu pai foi Enoque (um homem justo) e seu filho foi Lameque, que foi o pai de Noé, um justo. Mas isso não tem como precisar com certeza. Se ele realmente foi um homem justo então morreu algum tempo antes do dilúvio, caso contrário pode ter morrido no próprio dilúvio.
• E o filho de Matusalém? Morreu no dilúvio?
A Bíblia só menciona nominalmente Lameque, só que ele viveu "apenas" 777 anos, então morreu antes do dilúvio (e antes do próprio Matusalém).
Lembro de uma vez que o Profeta Samuel omitiu uma coisa para Saul(por recomendação de Deus até). Não séria omissão uma forma de mentira?
ResponderExcluirDeus lhes ilumine!
Omitir é diferente de mentir. Omitir consiste em não dizer uma informação, mentir consiste em dar uma informação falsa. Por exemplo, alguém me pergunta a cidade onde eu moro, eu não respondo nada ou de forma genérica respondo que "moro no sul do Brasil" (omitindo a cidade específica), isso é omissão, mas não mentira, porque eu não dei nenhuma informação falsa (mentirosa). Agora, se eu respondesse "Rio Branco" quando na verdade eu não moro em Rio Branco, aí sim seria uma mentira.
ExcluirBanzolão, você já viu uns malucos por aí na internet dizendo que o nome Deus é pagão, pois tem origem em Zeus, o deus grego? O que falta esse povo inventar? O Sabinão destrói a argumentação deles kkk:
ResponderExcluirhttps://www.youtube.com/watch?v=69tLcVw30mA
Tem louco pra tudo :)
ExcluirEssa palhaçada é só em língua portuguesa, já repararam? Isso é coisa de quem não tem o que fazer. Em Português é muito fácil dizer que Deus vira Zeus ou vice e versa. Quero ver virar Zeus, por exemplo em italiano, Dio
ExcluirComo é Zeus em italiano? Será que é Zios?
Golt ( Alemão ) Aqui Zeus deve ser Zolt!!!
Zung ( Chinês ) Aqui é o que, Zung?
Bokh ( Russo ) E aqui é Zoch?
Dieu (Francês) Aqui deve ser Zieu
Alon
kkkk boa!
ExcluirMuito bom, Alonzão. Faz sentido. Parabéns :)
ExcluirDaqui a pouco ele faz um perfil chamado Amigo do Alonzão
ExcluirNão dê a ideia.
ExcluirNão dê a ideia? Por que?
ExcluirPorque senão ele faz mesmo.
ExcluirEai lucas, por que você acha que João disse que se confessarmos os nossos pecados Deus é fiel e justo para nos perdoar? Sendo que Jesus ja pagou pelos nossos pecados, e no momento em que o aceitamo-o como nosso salvador, ele nos perdoou.
ResponderExcluirNo momento em que aceitamos Jesus ele nos perdoa dos pecados que já cometemos. Mas os que ainda vamos cometer nós precisamos confessá-los a Deus e pedir perdão. Não é como se "ah, Jesus já morreu por mim, então vou pecar à vontade e não to nem aí", não é por aí, os apóstolos sempre rejeitaram esse tipo de pensamento (veja Romanos 6:1-2), nós precisamos nos arrepender, confessarmos a Deus e então Ele nos perdoará com base no sacrifício de Cristo na cruz por nós. Se nós simplesmente passarmos a pecar deliberadamente sem perdão, estaremos insultando o Espírito da graça, profanando o sangue da aliança e pisando aos pés o Filho de Deus, como diz Hebreus 10:29. Ou seja, estaremos desprezando aquilo que Jesus fez por nós na cruz e consequentemente não terá se aplicado a nós, pois o sacrifício de Cristo é efetivo apenas àqueles que creem nele e o obedecem (caso contrário todos seriam salvos).
ExcluirLucas vc pode analisar essas frases aqui pra mim? Ai vai:
Excluir''COMO INTERAGIR COM DEUS?
1 - Cristo não ordenou que você rogue a Ele, mas ao Pai por meio de Seu (de Cristo) Nome. Ninguém chega ao Pai senão pelo Nome de Jesus Cristo.
2 - Cristo não ensinou a rogarmos ao Espírito Santo. Nunca se deve orar ao Espírito Santo nem mesmo adorá-lo. Somente a Deus adoramos.
3 - Qual o papel do Espírito Santo? Nos guiar em tudo que fora dito acima.''
1) Não é bem assim:
Excluir“Naquele dia, pedireis em meu nome; e NÃO VOS DIGO QUE ROGAREI AO PAI POR VÓS. Porque o próprio Pai vos ama, visto que me tendes amado e tendes crido que eu vim da parte de Deus” (João 16:26-27)
2) Não há orações diretamente ao Espírito Santo na Bíblia mas ninguém vai deixar de ser atendido por rogar ao Espírito Santo sendo ele Deus tal como o Pai e o Filho. Devemos sim adorá-lo pois a Deus compete toda a adoração e é errado recusar adoração a Deus (e o Espírito Santo é Deus).
3) Não é só isso, o Espírito Santo intercede por nós em nosso espírito através do dom de línguas e mora em nós quando somos regenerados e orientados a vencer a carne e dar os frutos do Espírito.
Banzolão, um velhinho, que estava completando 100 anos de idade, estava delirando, conversando com partes do corpo dele. Ele pegou no braço, e disse:
ResponderExcluir- Oh, velho amigo. Você ainda está vivo. Hoje você está completando 100 anos de idade. Parabéns!
Depois pegou na perna, e disse:
- Oh, velha amiga. Você ainda está viva. Hoje você está completando 100 anos de idade. Parabéns!
Depois pegou no pinto, e disse:
- Oh, velho amigo. Se você estivesse vivo, hoje estaria completando 100 anos de idade.
kkkkkkkkkkk
Essa é quase tão vulgar quanto a do jumento ;p
ExcluirFoi mal. É que as piadas mais "picantes", são as que fazem mais sucesso. Da próxima vez troco o "pinto" por "órgão genital" kkk.
ExcluirBom mesmo.
Excluir-Então voce crê na salvação por obras?
ResponderExcluirPois se é necessário que nós confessemos(obra) nossos pecados para ser salvo, então creio que é obra.
-E por exemplo, se alguém não lembra durante a oração de confissão de uns pecados e não confessa-os, como fica?
Isso não tem a ver com a salvação por obras porque a confissão de pecados é uma consequência da fé genuína, não a "causa" da salvação. Por isso nem a Bíblia, nem os Pais da Igreja, nem os reformadores nem nenhum cristão sério que eu conheça defende a ideia de que "pode pecar à vontade sem se confessar porque já está salvo", a Bíblia ensina claramente que a fé sem obras é morta porque as obras são o fruto do Espírito, ou seja, se você tem a fé verdadeira você vai buscar a Deus, vai se arrepender dos seus erros, vai ajudar e amar o próximo e etc, senão a fé que você tem não é a fé verdadeira que salva mas apenas uma fé falsa e de aparência como aquela que Tiago condenou em sua carta.
ExcluirSobre "não se lembrar de uns pecados na confissão", você não vai ser castigado por um esquecimento do qual você não tem culpa, mas você pode mesmo assim pedir um perdão "genérico" por todos os pecados que cometeu, citando as áreas em que pecou mesmo sem precisar necessariamente entrar em detalhes. O importante é ter um coração contrito e um espírito arrependido que busca sempre confessar a Deus os seus pecados, a despeito de qualquer esquecimento específico.
Olá Lucas!Eu queria saber do por que "Lutero disse: que fazer o bem é mais perigoso do que pecar"
ResponderExcluirDeve ser só mais uma daquelas calúnias católicas sem fonte ou com uma fonte de um autor católico escrevendo quatrocentos anos depois da morte de Lutero.
ExcluirA propósito:
Excluirhttp://heresiascatolicas.blogspot.com/2015/01/refutando-calunias-contra-martinho.html
http://heresiascatolicas.blogspot.com/2015/12/refutando-calunias-contra-martinho.html
http://www.lucasbanzoli.com/2018/03/descubra-origem-das-calunias-papistas.html
http://www.lucasbanzoli.com/2018/03/como-um-apologista-catolico-desonesto-e.html
Qual sua opinião sobre Oliver Cromwell?
ResponderExcluirMake UK Republican Again! :-)
ExcluirUm grande líder.
Excluir"Make UK Republican Again! :-)"
ExcluirAté que não é uma má ideia.
Sites católicos afirmam que Cromwell orquestrou uma espécie de genocídio na Irlanda. O que tens a falar sobre isso?
ExcluirSites católicos são metralhadoras de mentiras e calúnias sem qualquer compromisso mínimo com qualquer verdade; são quase todos eles escritos por mentirosos compulsivos que não completaram o ensino primário. Qualquer pessoa com um mínimo de estudo sobre a guerra da Irlanda sabe que começou com um genocídio covarde de católicos contra protestantes e não o contrário. Em uma semana eu publico o meu livro da Reforma e você poderá ler sobre isso no capítulo 8.
ExcluirE Drogeda, Sr. Banzoli?!
ExcluirMas Lucas, o Cromwell não foi um líder Tirâno que aboliu o parlamento deixando todo o poder em suas mãos???? :/
ExcluirAssista ao filme "Morte ao rei". Cromwell transformou súditos em cidadãos. Foi um homem de fé que abriu o caminho para Inglaterra ser uma grande potência seja religiosa ou tecnológica.
Excluir"E Drogeda, Sr. Banzoli?!"
ExcluirTire o "Sr." da frase e saia do anonimato que eu respondo.
"Mas Lucas, o Cromwell não foi um líder Tirâno que aboliu o parlamento deixando todo o poder em suas mãos????"
Um "tirano" não é definido pelo poder que possui (se fosse assim qualquer rei absolutista seria um "tirano" por definição), mas pelos atos crueis que pratica. Cromwell defendeu a liberdade de fé (ainda que privada, numa época em que ainda não existia o "Estado laico"), reautorizou a volta dos judeus à Inglaterra expulsos desde o católico Eduardo I em 1290, protegeu os protestantes perseguidos em todo o continente (não à toa o título de "Lorde Protetor") e nunca tomou as medidas autoritárias de seu antecessor Charles I, que aumentava os impostos desmedidamente mesmo sem a aprovação do Parlamento. Vale ressaltar que a Inglaterra vinha de uma instabilidade política muito grande; seu antecessor também havia suspendido o Parlamento, e depois da guerra civil a instabilidade não foi superada tão cedo, o que levou à criação de dois "Parlamentos do Protetorado" nos anos seguintes à dissolução do parlamento que então existia. Nós não devemos olhar para a Inglaterra do século XVII com o mesmo olhar que temos para um país do século XX ou XXI; naquela época coisas como suspender o Parlamento ou governar com amplos poderes eram infelizmente muito mais comuns.
Cromwell iria imigrar para Nova Inglaterra, mas Deus deu uma missão vitoriosa para esse grande homem!
ExcluirInteressante, vc poderia me recomendar um livro sobre o Gromwell??
Excluir"O eleito de Deus", de Christopher Hill. "Cromwell uma vida", de Antonia Fraser.
ExcluirCromwell é um homem fantástico. Assista também ao filme "Morte ao rei". Uma pena que no Brasil não tenhamos um líder como ele.
ExcluirNotei que você gosta da Inglaterra, Banzoli. Faz um artigo sobre ela.
ExcluirNo meu livro terá bastante coisa sobre a Inglaterra (é um dos capítulos mais longos).
ExcluirCromwell combateu os papistas. Tem meu respeito. Drogheda foi apenas uma retaliação pelo histórico de crimes cometidos contra protestantes.
ExcluirLucas veja aí dados de 12 de janeiro de 2018 como está a grande secularização nos países da América Latina de maioria católica...pelo própio site católico para acabar com essa conversa que a secularização é mais em países protestantes.https://blog.comshalom.org/carmadelio/54277
ResponderExcluirAparece "página não encontrada", acho que você enviou o link errado :/
Excluircoloque no google crescimento da secularização na América Latina atinge em cheio o catolicismo.
ResponderExcluirMuito interessante, obrigado por compartilhar!
Excluir