17 de junho de 2018

126 E quando a história secular não confirma a Bíblia?



Há alguns dias o leitor Gabriel Tavares comentou neste artigo sobre um argumento usado por Bart Ehrman e outros céticos que põe em xeque o relato do julgamento de Jesus. Os evangelistas fazem menção à tradição de se soltar um prisioneiro por ocasião da Páscoa, mas, segundo eles, não há nada a respeito dessa suposta tradição na história secular, o que provaria que os evangelistas inventaram essa história para embelezar o relato da condenação de Cristo. Eu iria responder sobre isso no próprio comentário em questão, mas resolvi transformar em artigo e desenvolver o tema porque isso envolve bem mais do que apenas a cena do julgamento de Jesus, pois diz respeito a uma discussão central entre teólogos conservadores e liberais, que é a necessidade de confirmação dos relatos bíblicos em fontes seculares da mesma época.

Mas comecemos analisando a proposta inicial em si. Eu conferi vários Comentários Bíblicos discorrendo acerca do assunto e a conclusão é que realmente não existe uma menção secular a este costume na Palestina, mas que era bastante comum no mundo romano e que, portanto, era perfeitamente possível que tenha ocorrido naquela ocasião também. Vejamos alguns deles:

“Nada se sabe sobre esse costume além do que nos é dito nos evangelhos, mas está de acordo com a política romana. No lectisternium, os prisioneiros eram às vezes libertados; mas aqui apenas um prisioneiro, especialmente escolhido pelo povo, pode ser libertado. Um papiro de cerca de 87 d.C, citado por Lagrange (ad loc.) e por Milligan (NT Documents, p. 79), dá um paralelo mais próximo. Phibion, culpado de violência, é levado perante C. Septimius Vegetus, governador do Egito, que lhe diz ἄξιος μἐν ἦς μαστιγωθῆναιχαρίζομαι δέ σε τοῖς ὄχλοις . A turba não desejava que Phibion fosse flagelado, e o governador ‘dá a eles um presente dele’” (Cambridge Greek Testament for Schools and Colleges, sobre Mc 15:6)

“Evidentemente, esse costume serviu para melhorar as relações entre o governante romano e seus súditos. Governos ditatoriais como Roma, por vezes, aprisionam líderes rebeldes populares. O governador romano do Egito praticava um costume semelhante. Anistias em épocas festivas são conhecidas em muitas partes do mundo e em vários períodos. Duas formas de anistia existiam na lei romana, a abolição ou absolvição de um prisioneiro ainda não condenado, e a indulgência , ou perdão de uma já condenada. O que Pilatos pretendia no caso de Jesus, que nesta fase do processo não tinha ainda sido sentenciado pelo tribunal, foi claramente a primeira forma. A historicidade da anistia pascal tem sido disputada muitas vezes, principalmente porque Josefo não oferece evidência de que tal costume existiu. Há , no entanto, um paralelo na lei romana que indica que um magistrado imperial poderia perdoar e absolver prisioneiros individuais em resposta aos gritos da população” (Expository Notes of Dr. Thomas Constable, sobre Mc 15:6)

“Tal ocorrência era um incidente comum no lectisternium latino, ou festa em honra aos deuses. Os gregos tinham um costume semelhante na thesmophoria. Foi provavelmente introduzido em Jerusalém pelo poder romano. Há todas as evidências de que Pilatos tentou utilizar tal costume em seus esforços para encontrar uma maneira de libertar Jesus. A hierarquia perversa, no entanto, apenas instigou o povo a clamar pela libertação de Barrabás, um ladrão notório, assassino e sedicionista, como mencionado no versículo seguinte” (Coffman's Commentaries on the Bible, sobre Lc 23:17)

“A libertação de prisioneiros era comum em certos festivais em Roma, e em Atenas, durante o festival panatenaico, os prisioneiros desfrutavam de liberdade temporária. Não é, portanto, improvável que Herodes, o Grande, que certamente familiarizou os judeus com outros usos da Grécia e de Roma, introduzisse esse costume e que o governador romano encontrasse o costume estabelecido e agradável aos judeus, de acordo com a prática romana, e manteve a observância do mesmo” (Cambridge Greek Testament for Schools and Colleges, sobre Mt 27:15)

“Sem saber o que fazer, Pilatos aproveitou-se de um costume local para obter a libertação de Jesus. Não temos nenhuma evidência externa desse costume em conexão com a Palestina, embora haja uma sugestão disso na tradição rabínica, mas a concessão de anistias para agradar o povo era uma prática bastante comum entre os governantes antigos, e não há, portanto, qualquer motivo para negar este em especial. Era o tipo de prática que poderia facilmente crescer como um meio que era usado para manter as pessoas contentes. Pode-se argumentar que isso só poderia se aplicar a prisioneiros que ainda não haviam sido condenados” (Peter Pett's Commentary on the Bible, sobre Mt 27:15)

“Não se sabe quando a prática começou, nem se era primariamente judaica ou romana. O fato de que a libertação de criminosos era um incidente comum de um lectisternium latino, ou festa em honra aos deuses, faz com que o último seja mais provável. Se introduzido por Pilatos (e esta é a única instância registrada da prática), acreditamos que seria uma concessão destinada a conciliar aqueles que suas severidades anteriores haviam alienado” (Ellicott's Commentary for English Readers, sobre Mt 27:15)

“Ninguém sabe quando ou por quem esse costume foi introduzido, mas costumes similares não eram desconhecidos em outros lugares, sendo que os gregos e romanos costumavam conceder honras especiais em certas ocasiões libertando prisioneiros” (The Fourfold Gospel, sobre Mc 15:6)

Como se nota, embora não haja um registro específico desse costume na Palestina, ele era bastante comum entre os romanos e, portanto, perfeitamente possível de ter se estabelecido em alguma época também na Palestina, o que torna o argumento do silêncio bastante fraco aqui. Além disso, este é um dos poucos fatos narrados por todos os quatro evangelistas (Mt 27:15; Mc 15:6; Lc 23:17 e Jo 18:39), o que sabemos que é um dos critérios mais usados pelos teólogos liberais para definir a autenticidade ou não dos textos bíblicos. Ou seja, quando um evangelista diz algo que um outro omite, isso é usado como “prova” de falseabilidade, mas ironicamente em um dos únicos eventos narrados por todos os quatro em consenso, para eles é falso também. Realmente estabelecer um critério não é o forte dos teólogos liberais.

Um dos que registram o costume da Páscoa é Lucas, cuja credibilidade como historiador já não é mais posta em xeque nem pelos historiadores mais céticos. Lucas registra com precisão em Atos (a lista consta no livro “Não tenho fé suficiente para ser ateu”, de Geisler e Turek):

1. A travessia natural entre portos citados corretamente (At 13.4,5);

2. O porto correto (Perge) juntamente com o destino correto de um navio que vinha de Chipre (13.13);

3. A localização correta da Licaônia (14.6);

4. A declinação incomum mas correta do nome Listra (14.6);

5. O registro correto da linguagem falada em Listra – a língua licaônica (14.11);

6. Dois deuses conhecidos por serem muito próximos – Zeus e Hermes (14.12);

7. O porto correto, Atália, que os viajantes usavam na volta (14.25);

8. A ordem correta de chegada, a Derbe e depois a Listra, para quem vem da Cilícia (16.1; cf. 15.41);

9. A grafia correta do nome Trôade (16.8);

10. O lugar de um famoso marco para os marinheiros, a Samotrácia (16.11);

11. A correta descrição de Filipos como colônia romana (16.12);

12. A correta localização de um rio (Gangites) próximo a Filipos (16.13);

13. A correta associação de Tiatira a um centro de tingimento (16.14);

14. A designação correta dos magistrados da colônia (16.22);

15. A correta localização (Anfípolis e Apolônia) onde os viajantes costumavam passar diversas noites seguidas em sua jornada (17.1);

16. A presença de uma sinagoga em Tessalônica (17.1);

17. O termo correto ("politarches") usado em referência aos magistrados do lugar (17.6);

18. A correta implicação de que a viagem marítima é a maneira mais conveniente de chegar a Atenas, favorecida pelos ventos do leste na navegação de verão (17.14,15);

19. A presença abundante de imagens em Atenas (17.16);

20. A referência a uma sinagoga em Atenas (17.17);

21. A descrição da vida ateniense com debates filosóficos na Agora (17.17);

22. O uso da palavra correta na linguagem ateniense para Paulo (spermagos, 17.18), assim como para a corte (Areios pagos, 17.19);

23. A correta representação do costume ateniense (17.21);

24. Um altar ao "deus desconhecido" (17.23);

25. A correta reação dos filósofos gregos, que negavam a ressurreição do corpo (17.32);

26. Areopagíta (RA e RC) como o título correto para um membro da corte (17.34);

27. Uma sinagoga em Corinto (18.4);

28. A correta designação de Gálio como procônsul, residente em Corinto (18.12);

29. O termo bema (tribunal), superior ao fórum de Corinto (18.16s);

30. O nome Tirano, conforme atestado em inscrições do século I em Éfeso (19.9);

31. Conhecidos relicários e imagens de Ártemis (19.24);

32. A muito confirmada "grande deusa Ártemis" (19.27);

33. Que o teatro de Éfeso era um local de grandes encontros da cidade (19.29);

34. O título correto grammateus para o principal magistrado (escrivão) de Éfeso (19.35);

35. O correto título de honta neokoros, autorizado pelos romanos (19.35);

36. O nome correto para designar a deusa (19.37);

37. O termo correto para aquele tribunal (19.38);

38. O uso do plural anthupatoí (procônsules), talvez uma notável referência ao fato de que dois homens estavam exercendo em conjunto a função de procônsul naquela época (19.38);

39. A assembléia "regular", cuja frase precisa é atestada em outros lugares (19.39);

40. O uso de designação étnica precisa, beroíaios (20.4);

41. O uso do termo étnico asíanos (20.4);

42. O reconhecimento implícito da importância estratégica atribuída à cidade de Trôade (20.7s);

43. O período da viagem costeira naquela região (20.13);

44. A sequência correta de lugares (20.14,15);

45. O nome correto da cidade como um plural neutro (Patara) (21.1);

46. O caminho correto passando pelo mar aberto, ao sul de Chipre, favorecido pelos fortes ventos noroeste (21.3);

47. A correta distância entre essas cidades (21.8);

48. Um ato de piedade caracteristicamente judeu (21.24);

49. A lei judaica considerando o uso que os gentios faziam da área do templo (21.28). Descobertas arqueológicas e citações de Josefo confirmam que os gentios poderiam ser executados por entrarem na área do templo. Em uma dessas descrições, pode-se ler: "Que nenhum gentio passe para dentro da balaustrada e do muro que cerca o santuário. Todo aquele que for pego será pessoalmente responsável por sua consequente execução";

50. A presença permanente de uma corte romana (chiliarch) em Antônia para reprimir qualquer perturbação na época das festas (21.31);

51. O lance de escadas usado pelos soldados (21.31,35);

52. A maneira comum de obter-se a cidadania romana naquela época (22.28);

53. O tribunal ficando impressionado com a cidadania romana, em vez da tarsiana (22.29);

54. Ananias como sumo sacerdote daquela época (23.2);

55. Félix como governador daquela época (23.34);

56. O ponto de parada natural no caminho para Cesareia (23.31);

57. Em qual jurisdição estava a Cilícia naquela época (23.34);

58. O procedimento penal da província naquela época (24.1-9);

59. O nome Pórcio Festo, que concorda perfeitamente com o nome dado por Josefo (24.27);

60. O direito de apelação dos cidadãos romanos (25.11);

61. A fórmula legal correta (25.18);

62. A forma característica de referência ao imperador daquela época (25.26);

63. A melhor rota marítima da época (27.5);

64. A ligação entre Cilícia e Panfília (27.5);

65. O principal porto para se encontrar um navio em viagem para a Itália (27.5,6);

66. A lenta passagem para Cnido, diante dos típicos ventos noroeste (27.7);

67. A rota correta para navegar, em função dos ventos (27.7);

68. A localização de Bons Portos, perto da cidade de Laseia (27.8);

69. Bons Portos não era um bom lugar para permanecer (27.12);

70. Uma clara tendência de um vento sul daquela região transformar-se repentinamente num violento nordeste, muito conhecido e chamado gregale (27.13);

71. A natureza de um antigo navio de velas redondas que não tinha opção, senão ser conduzido a favor da tempestade (27.15);

72. A localização precisa e o nome desta ilha (27.16);

73. As manobras adequadas para a segurança do navio nesta situação em particular (27.16);

74. A 14ª noite – um cálculo notável, baseado inevitavelmente numa composição de estimativas e probabilidades, confirmada pela avaliação de navegantes experientes do Mediterrâneo (27.27);

75. O termo correto de tempo no Adriático (27.27);

76. O termo preciso (bosílantes) para captar sons e calcular a profundidade correta do mar perto de Malta (27.28);

77. Uma posição que se encaixa na provável linha de abordagem de um navio liberado para ser levado pelo vento do leste (27.39);

78. A severa responsabilidade dos guardas em impedir que um preso fugisse (27.42);

79. O povo local e as superstições da época (28.4-6);

80. O título correto protos tes nesou (28.7);

81. Régio como um refúgio para aguardar um vento sul para que pudessem passar pelo estreito (28.13);

82. Praça de Ápio e Três Vendas corretamente definidos como locais de parada da Via Ápia (28.15);

83. Forma correta de custódia por parte dos soldados romanos (28.16);

84. Condições de aprisionamento, vivendo "na casa que havia alugado" (28.30,31).

Isso tudo seria impossível se Lucas – que também atesta a veracidade da tradição de soltar um prisioneiro por ocasião da festa da Páscoa – fosse um charlatão de séculos posteriores, inventando mitos e lendas da sua imaginação. Os liberais datam Lucas e Atos bem depois de 70 d.C, mas em 70 d.C Jerusalém foi totalmente destruída pelos romanos e grande parte do que é narrado por Lucas no evangelho e em Atos seria impossível ou muito pouco provável de se descobrir com precisão se fosse um autor gentio tardio se passando por alguém que viveu na época, escrevendo com tanta riqueza de detalhes – todos eles provados verdadeiros mais tarde. Diante deste cenário, o historiador romano A. N. Sherwin-White diz:

"Quanto ao livro de Atos, a confirmação de sua historicidade é impressionante (...) Qualquer tentativa de rejeitar sua historicidade básica só pode ser considerada absurda” (Roman Society and Roman Law in the New Testament. Oxford: Clarendon, 1963, p. 189)

Diante destes fatos, um historiador honesto entenderia o próprio relato dos quatro evangelhos como uma evidência concreta da existência do costume em questão, em vez de jogar toda a credibilidade nas costas da “história secular”, como se aquilo que não é confirmado pela história secular não pudesse ser verdade. É preciso destacar que eram raros os autores da época, diferente de hoje em que qualquer um escreve o que quiser em qualquer lugar. Só para saber escrever e ter dinheiro para escrever em um papiro ou pergaminho já era extremamente trabalhoso e custoso, e mais ainda para que este documento sobrevivesse até nós, dois mil anos mais tarde.

Por exemplo, muitos entre os ateus mais fanáticos alegam que Jesus é uma “fraude”, ainda que pelo menos dez autores seculares tenham falado dele naquela época ou algumas poucas gerações mais tarde (veja aqui). “Isso é muito pouco”, dirá o cético, “então é prova de fraude”. O que eles não sabem (ou não dizem) é que essas dez testemunhas seculares de Jesus já são mais que os autores seculares que falam do próprio imperador romano do mesmo período (Tibério César), que tem nove. Ou seja, se as dez fontes seculares que temos de Jesus são insuficientes, então as nove fontes seculares que se tem de Tibério fariam do próprio imperador romano um mito, o que é obviamente um absurdo.

Ou tome como exemplo Alexandre o Grande, um dos maiores generais de todos os tempos que liderou um dos maiores impérios da história, mas sobre quem não temos qualquer registro de sua época, a não ser fragmentos de duas obras escritas mais de cem anos depois da sua morte, e outros registros de 300 a 500 anos depois de sua época. E, no entanto, nenhum ateu questiona a existência histórica de Alexandre o Grande – embora muitos questionem Jesus e os evangelhos, com muito mais credibilidade e evidências externas a seu favor.

O fato concreto é que não havia milhares de escritores escrevendo numa mesma época no mundo antigo, e muito menos milhares de historiadores. Os pouquíssimos que temos se preocupam muito mais com o mundo romano e grego do que especificamente à pequena e pouco relevante Palestina dos tempos de Jesus. A única fonte que temos da Palestina nessa época é Josefo, e mesmo assim é estúpido pensar ou exigir que Josefo tenha escrito sobre tudo sem exceção, incluindo tudo o que é narrado nos evangelhos.

Ou seja, o argumento de que a história secular deve obrigatoriamente confirmar os relatos bíblicos é pífio, pois nem de longe havia na época historiadores suficientes que narrassem todos os eventos por completo, e os poucos que existiam concordavam com as coisas narradas na Bíblia, quando escreviam sobre algo relacionado. O próprio Josefo testemunha a existência de Jesus e que ele tinha um irmão (irmão mesmo, adelphos, e não primo-anepsios, como costumava dizer nos casos em que tratava de primos) chamado Tiago (veja aqui e aqui).

Há outros que se utilizam da mesma falácia, só que aplicada ao campo da arqueologia. “A arqueologia não comprova tal coisa”, dizem eles, “então a Bíblia inventou isso”. Esse tipo de argumento é, além de uma precipitação, uma demonstração de completa ingenuidade sobre arqueologia. A arqueologia nunca conseguiu escavar e descobrir 100% de tudo o que aconteceu no mundo antigo. O próprio Dr. Rodrigo Silva, PhD em arqueologia e com muita propriedade no assunto, já disse que os arqueólogos ainda não chegaram a 10% do que ocorreu na história antiga. Ou seja, mais de 90% de eventos, cidades, nomes e etc que sabemos que existiram porque são narrados por múltiplas fontes, a arqueologia jamais descobriu evidências em escavações, embora possa vir a descobrir um dia. É por isso que muitas descobertas que comprovam dados bíblicos são extremamente recentes (como a cidade de Nínive e Nabucodonosor), e outras ainda estão por vir.

Descobrir algo através da arqueologia não é tão simples e fácil como muitos imaginam. Há coisas que eu perdi há semanas ou meses na minha casa e que já não consigo encontrar mais, imagine coisas de vários milênios atrás que estão “escondidas” embaixo da terra e ninguém sabe exatamente onde. Há muito que se perdeu, muito que foi destruído e que jamais será encontrado, e muito que ainda está para ser descoberto. Há ainda lugares onde as escavações são proibidas pelo governo, e outros onde é impossível por existir em seu lugar cidades modernas, com casas e ruas que impedem ou dificultam as escavações. Isso não significa que a arqueologia não confirme a Bíblia, porque desses 10% já descobertos a confirmação dos relatos bíblicos é simplesmente esmagadora.

Há muitos sites que tratam disso, como este do Michelson Borges, este outro de um autor anônimo e até no meu outro site, o Ateísmo Refutado. No Apologia Cristã também tem, mas creio que o melhor e mais extensivo trabalho desenvolvido sobre o tema vem do próprio Rodrigo Silva, com seu programa Evidências. Na biblioteca da faculdade de teologia em que fiz meu mestrado havia muitos livros de arqueologia bíblica, inclusive livros grandes com inúmeras descobertas que comprovam os registros bíblicos. Infelizmente eu não cheguei a investigar esses livros na época porque estavam fora do meu campo de estudo, mas você pode encontrar facilmente livros como o “Merece confiança o Antigo Testamento?”, de Gleason L. Archer, que traz muitas informações úteis.

“Mas e a parte que contradiz a Bíblia?”, perguntará o cético. Para ser franco, o pouco que já vi ser usado como “prova” do que “contradiz” a Bíblia são em geral inscrições de listas de reis (por exemplo) que é incompatível com a lista oferecida pela Bíblia. Isso prova que a Bíblia errou? Não necessariamente. Na verdade, o contrário é o mais provável. Tem sido observado que muitas dessas inscrições antigas omitiam deliberadamente o nome de certos reis de modo bem proposital, porque o povo daquele país odiava aquele rei, ou (na maior parte dos casos) porque o rei que assumiu seu lugar era um rival que queria apagar para sempre a “memória” do seu antecessor, e por isso o retirava dos “autos”. Na Bíblia isso não ocorre, tanto que nos livros de Reis e Crônicas há muito menos registros de reis bons do que de reis ímpios, os quais não são jamais omitidos. Isso sem falar que obviamente havia reis com mais de um nome, da mesma forma que Mateus/Levi, Pedro/Simão, Paulo/Saulo, Jacó/Israel e etc.

Em suma, o argumento que exige que os relatos bíblicos sejam todos confirmados por fontes seculares (seja em documentos escritos ou arqueologicamente) é bastante fraco, cheio de lacunas e não deve ser levado a sério quando se pretende estabelecer a verdade por detrás de uma história ou evento. São dois mil anos e até hoje a Bíblia tem sido posta à prova das mais diversas maneiras por gente extremamente interessada em “desmascará-la” e que vive disso dia e noite, e mesmo assim nenhum, repito, NENHUM argumento dos liberais foi comprovado verdadeiro pelo consenso acadêmico ou não foi alvo de sérias contestações e de refutações consistentes, por uma simples razão: a Bíblia é a verdade, queira ou não, goste ou não.

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126 comentários:

  1. Ótimo artigo Lucas ta de parabéns.

    Tenho umas perguntas tbm:

    1) por acaso vc tem algum artigo sobre a Contrarreforma?

    2) Qual a sua opinião sobre o livro "uma breve história do mundo" do historiador Geoffrey Blainey?

    3) Poderia fazer um artigo um dia refutando essa mulher que acha que o êxodo n existiu?

    Link do artigo: http://arqueologiaegipcia.com.br/2011/04/24/exodo-hebreu-no-egito-aconteceu-ou-nao/


    4) Ainda sobre o êxodo, vc algum artigo, vídeo, ou documentário que refute este outro documentário que vou botar agr?

    Link do documentário: https://youtu.be/BgX8nhbWrFw


    Graça e paz a vc e a sua família.

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    Respostas
    1. Olá, sobre a Contrarreforma, isso está no meu livro, eu não postei como um artigo à parte aqui mas lá vai ter várias coisas sobre o assunto. Sobre o livro do Blainey é excelente, tanto este como o outro da "Breve História do Cristianismo". Sobre o Êxodo, veja este artigo:

      http://ateismorefutado.blogspot.com/2015/01/as-provas-do-exodo.html

      Esse documentário eu não conheço, é longo e talvez eu veja depois, mas que o History puxa sardinha em favor dos ateus de forma muitas vezes tendenciosa e sensacionalista isso não é novidade. Nem tudo o que eles dizem dá pra levar a sério, a prova disso é que a série mais famosa desse canal é o "Alienígenas do Passado", de conteúdo 100% sensacionalista a fim de ganhar audiência e desprovido de qualquer prova real.

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    2. Eu gostei do artigo seu, mas eu queria que vc analisasse especificamente este artigo:

      Link do artigo: http://arqueologiaegipcia.com.br/2011/04/24/exodo-hebreu-no-egito-aconteceu-ou-nao/


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    3. "uma breve história do mundo"... "Breve História do Cristianismo". Esse Geoffrey Blainey gosta de coisas breves kkkk.

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    4. "Eu gostei do artigo seu, mas eu queria que vc analisasse especificamente este artigo"

      Não tenho muito o que comentar sobre esse artigo porque ele basicamente apenas diz que não há evidências, quando há.

      ""uma breve história do mundo"... "Breve História do Cristianismo". Esse Geoffrey Blainey gosta de coisas breves kkkk"

      Ele fala "breve" só pra enganar, os livros em si não são tão breves assim rs.

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    5. Ei Lucas, vc já analisou aquele documentário do "History"

      Link do documentário: https://youtu.be/BgX8nhbWrFw

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    6. Me parece que o documentário tem como propósito dizer que as pirâmides não foram construídas por escravos, mas pelos antigos egípcios. Aí eu pergunto: o que isso refuta da Bíblia??? Os hebreus foram escravizados mil anos depois da construção das pirâmides, não há relato bíblico nenhum de que eles tenham construído as pirâmides, só ateuzinho retardado acha que isso refuta alguma coisa da Bíblia, porque nunca a leu.

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    7. Não existe evidência do ponto de vista arqueológico da peregrinação de 2 milhões de pessoas no deserto.

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    8. Assista ao documentário e depois volte aqui:

      https://www.netflix.com/watch/80058067?trackId=13752289&tctx=0%2C0%2C64bfc84d97ec938b0968001844b26eca0bc2320e%3A1165bcbaeb494c5d7a8a6f4c6ba783920dd22393%2C%2C

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  2. Banzolão, o fodão da teologia. Parabéns, cara. Artigo fenomenal!

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  3. Banzolão, escreva um livro refutando o liberalismo. Precisamos de materiais nessa área. O liberalismo teológico é extremamente perigoso, e os materiais em português são escassos.

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    Respostas
    1. Não é meu foco principal no momento, mas quando puder vou escrever sim, está na minha lista.

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    2. Não é eu querendo lhe dar ordens, é só uma dica: eu acho que refutar o liberalismo é mais urgente que o catolicismo. Acredito que nossa preocupação deve ser maior.

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    3. Eu respeito sua opinião mas discordo, o número de católicos é muito maior que o de liberais, tanto no meio apologético quanto considerando a população como um todo, e a maior parte dos ataques que recebemos vem de apologistas católicos, não de teólogos liberais. O liberalismo é um mal que não deve ser subestimado, mas não é mais urgente que a militância católica tridentina.

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    4. Eu entendo que o liberalismo teológico é mais urgente, pois é mais convincente. Mesmo que os "argumentos" dos católicos sejam convincentes para pessoas leigas, o liberalismo é convincente até pra acadêmicos mais experientes. O Rev. Nicodemus contou o que aconteceu com ele quando foi fazer doutorado na Holanda. Ele disse que por pouco não se torna ateu. E nesse tempo ele já era professor de universidade, não era um leigo que se deixava convencer por argumentos ridículos como os dos católicos. Além disso, é mais fácil resgatar um católico da idolatria, do que resgatar um liberal das algemas filosóficas nas quais estão presos. Um católico honesto, depois de algumas aulas de Bíblia e de história da Igreja, é mais fácil de abandonar o catolicismo. Por outro lado, são raros os casos de liberais abandonando o liberalismo. O único caso que eu conheço é o de Eta Linnemann, que estudou a teologia liberal, teve como orientador o Rudolf Bultmann, e mesmo assim acabou abandonando o liberalismo e se tornando uma cristã conservadora. Mas casos assim são raros. Nem se compara a grande perda de “fiéis” que o catolicismo tem sofrido. Só da reforma pra cá o catolicismo tem diminuído de talvez 99% pra uns 57% (não sei exatamente o tamanho da perda, mas foi mais ou menos isso). E hoje em dia principalmente, com o aumento do estudo teológico e da informação, vez por outra vemos casos de católicos abandonando o catolicismo. Além do mais, os católicos creem em alguma coisa sobre a Bíblia (mesmo dando mais valor a tradição), sobre os ensinamentos de Jesus, como sua morte na cruz, a vida após a morte, a existência de Deus, etc. Já os liberais não creem em nada disso. Desconfiam até da própria sombra. Eu sei que o número de católicos fanáticos é bem maior que o de liberais, mas as consequências do liberalismo são bem piores. Eu comparo o engano do catolicismo e do liberalismo como o veneno de cobras. Ser picado por uma cobra coral é algo preocupante, mas se tomarmos o soro antiofídico ficamos curados. Mas há cobras tão venenosas como a Krait Malasiana que, mesmo tomando o soro antiofídico, 50% das pessoas ainda morrem. Alguém picado por uma Krait Malasiana está em um estado de urgência maior do que alguém picado por uma coral. Da mesma forma é alguém que está influenciado pelo liberalismo. Mesmo sendo uma pessoa sincera, que tem certeza daquilo que crê, não adianta mostramos a história da Igreja, por exemplo, pra tentar convencê-la da verdade. Mas no caso do catolicismo, isso frequentemente funciona. Mas eu digo isso é apenas pra mostrar minha opinião, de que o liberalismo precisa de uma preocupação maior. O “veneno” dele é mais letal. Mas eu não quero dizer que os apologistas brasileiros ignorem o catolicismo e se concentrem só no liberalismo. Apenas acho que deviam produzir mais materiais no combate ao liberalismo. Mesmo que o liberalismo esteja em menor número que os católicos. Mas isso não significa deixar o catolicismo de lado. Mesmo que a maioria dos ataques venham de católicos, mesmo assim devemos atentar pra intensidade desses ataques. Os ataques dos liberais destroem não uma crença qualquer, mas toda crença. Os católicos atacam a importância da Bíblia (se é a única fonte da verdade), por exemplo. Já os liberais atacam a confiabilidade e inspiração da Bíblia, que é pior. Mas por favor me compreenda: eu não estou querendo forçar você a já começar agora a escrever sobre liberalismo. Estou mostrando minha opinião, de que o liberalismo é mais urgente que o catolicismo.

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    5. O que é um católico tridentino? Eu ainda não tinha visto essa expressão.

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    6. Na verdade o que você expôs amplia as razões pelas quais eu me foco mais no catolicismo atualmente: o catolicismo é bem mais fácil de refutar. Eu tenho hoje 25 anos, presumo que quando tiver uns 40 vou ter bem mais conhecimento do que tenho hoje, e portanto estarei mais apto para discussões mais difíceis e elaboradas. Por isso por enquanto focar no que é mais fácil de se refutar (e que também causa um dano enorme) não é uma ideia ruim. Isso não significa que eu vá esperar mais quinze anos para escrever sobre liberalismo, eu já escrevo e leio algumas coisas sobre o tema no presente momento, mas tem a ver com a ênfase que é colocada para cada um. Se eu quiser mergulhar de cabeça na refutação total ao liberalismo como faço com o catolicismo eu teria que passar anos lendo bem mais livros sobre o tema do que já li até hoje. Não é algo simples que se faça do dia pra noite. Mas entendo e concordo com boa parte dos seus posicionamentos.

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    7. "O que é um católico tridentino? Eu ainda não tinha visto essa expressão"

      É uma referência aos católicos que seguem o espírito do Concílio de Trento (por isso o termo "tridentinos"), que foi o concílio da Contra-Reforma (em resposta à Reforma Protestante), onde os bispos católicos ao invés de reverem seus erros ou buscar uma conciliação preferiram partir para a agressiva e intensificar seus erros, principalmente perseguindo os protestantes em todo lugar.(foi a partir daí que deu início aos maiores massacres religiosos da história, como a Noite de S. Bartolomeu). Nem todos os católicos são assim hoje em dia, a maioria dos católicos comuns seguem o espírito "manso e suave" do Concílio Vaticano II, que os tradicionalistas rejeitam por entenderem que vai contra o Concílio tridentino.

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    8. "Na verdade o que você expôs amplia as razões pelas quais eu me foco mais no catolicismo atualmente: o catolicismo é bem mais fácil de refutar"

      kkkkkkkkk é verdade. Conheço até velhinhos, que leem muito a Bíblia, refutar os católicos.

      Eu só falei isso mais acima porque eu pensei que você lia muito sobre o liberalismo. Mas vou ficar de olho em seus novos artigos sobre os liberais. Você tem capacidade de já ir pegando umas "brigas" boas com eles kkk. Já eu, sou totalmente leigo.

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    9. "É uma referência aos católicos que seguem o espírito do Concílio de Trento"

      Ah sim. Pensei que era católicos que se armavam de tridentes pra perseguir os protestantes kkkkkkkk.

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    10. Isso também se aplica, por isso o uso do termo é tão preciso :)

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    11. "Isso também se aplica, por isso o uso do termo é tão preciso"

      kkkk

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  4. Avalie:

    https://www.youtube.com/watch?v=t2j5tHRKz50

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    1. Ainda que eu concorde com as coisas que ele disse ali, eu não concordo com esse método de evangelismo. Não tem pior método de evangelismo de rua do que esse que já vai pro "combate" logo de cara, atacando as outras religiões, mesmo que esteja certo nessas contestações. Isso só vai causar repulsa na maioria das pessoas, como o católico do vídeo que embora não refutasse nada, certamente se distanciaria do protestantismo depois de uma pregação dessas. O melhor seria falar sobre Jesus e o plano de salvação, e depois que o indivíduo demonstrasse interesse em se aprofundar nas doutrinas da nova fé aí sim ele se depararia com questões doutrinárias polêmicas como as que eu trato aqui e que ele trata no vídeo.

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  5. Esse é corajoso:

    https://www.youtube.com/watch?v=tEQ12JhIHkM

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  6. Bart Ehrman é um falastrão,qualquer historiador sério admite a existência do Jesus histórico,já o Jesus divino depende da fé(milagres,fenômenos sobrenaturais,ressurreição).Sobre arqueologia os principais nomes da escola maximalista são:Rodrigo Silva,Yosef Garfinkel,Eli Shukron e Eilat Mazar,já a escola minimalista tem o Israel Finkelstein(se bem que ele se considera de centro).

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  7. É verdade quando o Rodrigo Silva diz que nem 10% do que se pode achar em termos arqueológicos foram achados,porém muitos fatos,eventos,lugares e pessoas consideradas relevantes no levante foram encontrados.Em termos bíblicos existem muitas coisas no relato que não se encaixam nos achados arqueológicos,como a escravidão de hebreus no Egito,o êxodo,a conquista militar de Josué,reinos grandiosos de Davi e Salomão(aliás nenhum registro sobre Salomão foi encontrado),etc.

    http://arqueologiaegipcia.com.br/2011/04/24/exodo-hebreu-no-egito-aconteceu-ou-nao/

    http://deusesehomens.com.br/ultimas-noticias/item/566-o-exodo-nao-existiu-diz-o-arqueologo-israel-finkelstein

    https://pt.scribd.com/document/350862296/A-Biblia-nao-tinha-razao-Israel-Finkelstein-e-Neil-Ascher-Silberman-pdf

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    1. A escravidão e o Êxodo foram provados sim:

      http://ateismorefutado.blogspot.com/2015/01/as-provas-do-exodo.html

      O argumento do silêncio arqueológico sobre a grandeza de Davi e Salomão é ridículo e tosco demais, se você mesmo concorda que menos de 10% já foi escavado então como você pode provar que dentro desses outros mais de 90% não possa se encontrar essas coisas? Isso seria como se você estivesse procurando uma carta perdida em algum lugar da sua casa, então procurasse em menos de 10% dos lugares da casa e depois disso fosse embora dali com uma convicção absoluta de que a carta não está na casa. Seria bem estúpida uma conclusão dessas, mas é o que os liberais fazem para "refutar" a historicidade da Bíblia. Ficar citando links de sites de internet que dizem isso ou aquilo não vai mudar nada, para cada link de um ateu dizendo alguma coisa eu tenho outros dez de cristãos dizendo outra coisa e a gente não chega a lugar nenhum.

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  8. Existe um católico chamado Reinaldo José Lopes(teísta evolucionista)que é articulista da Folha de SP e possui um canal no youtube que fala muitas coisas interessantes.

    Não devemos ficar forçando historicidade onde não existe,o mais importante é o testemunho,a fé,a essência da mensagem que transforma vidas.

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    1. Ah sim, então se o tal do Reinaldo José Lopes diz alguma coisa, então isso é necessariamente certo e qualquer um que discorda disso está "forçando historicidade onde não existe". Blz!

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  9. "Apesar das descrições gloriosas do Antigo Testamento, o fato é que a cultura material do antigo Israel era bastante modesta, sem os monumentos que predominavam no Egito ou mesmo na Mesopotâmia." Reinaldo José Lopes

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    1. E o que você acha, que Deus mandou os israelitas construírem monumentos megalomaníacos como as pirâmides do Egito?

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  10. "Nenhum estudo
    sério hoje em dia aceita que Israel seja uma espécie de nação extraterrestre que
    se instalou em Canaã vindo de fora. Pelo contrário, o Israel bíblico é essencialmente cananeu" José Ademar Kaefer

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    1. Extraterrestre? Vieram de Marte? De Vênus? De Plutão?

      Da onde esse Ademar tirou isso? Provas, evidências, indícios... cadê?

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    2. Rsrs "Espécie de nação extraterrestre" foi uma força de expressão,leia o artigo pra vc saber em que pé estão os estudos arqueológicos acadêmicos do Levante e Oriente Próximo

      http://seer.pucgoias.edu.br/index.php/caminhos/article/viewFile/4831/2761

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    3. Essa é a opinião deste estudioso em particular, não significa que seja um consenso acadêmico (o que não é). Por exemplo, o documentário "Patterns of Evidence: Exodus" entrevistou dezenas de arqueólogos, historiadores e estudiosos e descobriu muitas evidências do Êxodo. Se você tem Netflix, o link do documentário é esse:

      https://www.netflix.com/watch/80058067?trackId=13752289&tctx=0%2C0%2C64bfc84d97ec938b0968001844b26eca0bc2320e%3A1165bcbaeb494c5d7a8a6f4c6ba783920dd22393%2C%2C

      Também poderá ser útil para mostrar o outro lado:

      https://www.bibleandscience.com/archaeology/exodus.htm

      https://crossexamined.org/review-patterns-evidence-exodus/

      https://www.youtube.com/watch?v=hZkhV1W1mek

      https://www.youtube.com/watch?v=Me268kus4ss

      https://noticias.gospelprime.com.br/estatua-de-jose-no-egito-comprova-exodo-judeu/

      http://patternsofevidence.com/evidenceoffaith/

      O problema dos liberais é que eles são prepotentes, orgulhosos e pensam que o consenso acadêmico consiste no consenso DELES somente, ignorando todos os estudiosos conservadores como se estivessem à parte da academia, quando não apenas são tão ou mais qualificados quanto eles como ainda estão com as evidências a seu lado.

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    4. Além de que consenso acadêmico não é sinônimo de verdade absoluta e inquestionável.

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    5. Olavo fala uma coisa interessante sobre o meio acadêmico nesse vídeo:

      https://www.youtube.com/watch?v=Jsj6a_sQtT0

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  11. Lucas vc poderia dar sua opinião de forma resumida sobre esse texto que diz que o Deus criou o diabo

    http://iadrn.blogspot.com/2013/01/lucifer-nao-e-satanas-verdadeira-origem.html?m=1

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    1. Há duas coisas para se dizer sobre isso. A primeira, que Lúcifer realmente não é um nome adequado para se referir a Satanás, sobre isso já escrevi aqui:

      http://ocristianismoemfoco.blogspot.com/2015/09/o-nome-do-diabo-e-lucifer.html

      E a segunda, que a despeito disso, o ensino de que Satanás foi originalmente um anjo bom que caiu e virou o que é hoje é uma doutrina coerente com o que a Bíblia como um todo indica. Sobre isso eu abordei neste vídeo (perdoe-me pela má qualidade do mesmo, mas é o que tem):

      https://www.youtube.com/watch?v=UIyRkeomFSs

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  12. Banzolão, meu nobre, vou mandar o link de uma lista de 20 questões de matemática pra você resolver. Adivinhe o assunto: probabilidade kkkkk. Como eu sei que você "ama" essa disciplina, então eu escolhi você pra fazer esse ato de caridade :)

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    1. Eu agradeço o gesto sincero e benevolente de caridade, mas humildemente rejeito, não sou digno de tal honra.

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    2. Ou seja, probabilidade zero. Kkkkk

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    3. Banzolão, que tal essa?

      "No lançamento de dois dados não viciados, qual é a probabilidade da soma das faces voltadas para cima ser igual a 7?"

      Essa é fácil. É tão fácil que eu vou deixar pra você responder kkk.

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    4. Vamos aos cálculos:
      Os dados podem dar valores 1 a 6
      Dado 1                  Dado 2       
      1                                1
      2                                2
      3                                3
      4                                4
      5                                5
      6                                6
      Teremos que encontrar o total de termos, o total se soma possível. Os dados serão jogados juntos. Ou seja, dado 1 "E" dado 2. Quando é alguma coisa "E" outra, se "multEplica" (macetinho)
      Quando é alguma coisa "OU" outra, sOUma (macete).
      Aqui vamos multiplicar: 6x6 =36

      Agora é só somar os números que dão "7" e deve considerar a ordem.
      Assim:

      4 e 3
      3 e 4
      5 e 2
      2 e 5
      6 e 1
      1 e 6
      Sendo assim, temos 6 casos favoráveis.
      Agora é só substituir na fórmula
      P(A) = N(A) / N(E)
      P(A) = 6/ 36
      P(A) = 1/6   a possibilidade é 1 em 6 tentativas. 

      OBS: não foi copiado do Google, é tudo sabedoria pura.

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    5. "não foi copiado do Google, é tudo sabedoria pura"

      Eu sei, Banzolão, eu "acredito" em você kkkkk. Foi essa pessoa que "copiou" de você, não foi? espertinho kkk.

      https://brainly.com.br/tarefa/6643661

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    6. Ok, acho que devo uma explicação aqui, então vou admitir o que aconteceu para evitar maus entendidos: esse cara do site roubou a Manopla do Infinito das mãos do Thanos (não me pergunte como), acionou a Joia do Tempo, voltou para o passado e leu exatamente essa minha resposta, então voltou mais um pouco e publicou nesse site aí. É a única explicação plausível.

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    7. "esse cara do site roubou a Manopla do Infinito das mãos do Thanos (não me pergunte como), acionou a Joia do Tempo, voltou para o passado e leu exatamente essa minha resposta, então voltou mais um pouco e publicou nesse site aí."

      Faz sentido kkkkkkkkkkkkkk

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  13. Lucas, não é pecado chamar o Altíssimo de senhor?
    Pq baal tem o significado de senhor.

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    1. Se for assim então é errado chamar os Estados Unidos da América de "Estados Unidos", porque o México também tem Estados Unidos no nome ("Estados Unidos Mexicanos").

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  14. Existe algum problema de eu querer sair do protestantismo para me tornar católica? Se for por conta de idolatria, eu já vi muita idolatria também na igreja evangélica, só que de outra forma: ao invés de escultura, quem é adorado é o próprio homem, no caso o pastor ou o bispo.

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    1. Só evangélico não-esclarecido “adora” pastor, geralmente neo-pentecostais, nenhum protestante sério conhecedor das doutrinas e pilares históricos da Reforma idolatra pastor ou o que quer que seja, há muito conteúdo sério de pastores sérios pregando contra isso inclusive, além dos meus livros (“O Enigma do Falso Profeta” e “Chamados para crer e sofrer”), eu recomendo os vídeos do pastor Paulo Junior, do Paul Washer, do John Piper, do Luciano Subirá, os artigos e livros do Maurício Zágari, etc. Infelizmente você só deve conhecer o “protestantismo popular”, esse que aparece nas televisões e que é do pior tipo possível, e não com pastores e ministérios sérios. Você pode abandonar a fé por causa desses charlatões se quiser, mas seria o mesmo que um crente do primeiro século abandonar a fé só por causa dos falsos profetas e pseudo-apóstolos que já existiam naquela época.

      A respeito do catolicismo, a idolatria ali está longe de ser o único problema, há uma imensidão de paganismo infiltrado em doutrinas oficiais envolvendo crença em purgatório, em limbo, em imaculada conceição de Maria, na oração ser a pessoas mortas em vez de serem dirigidas a Deus, no perdão dos pecados ser feito ao padre e não a Deus, na transubstanciação literal (que não se difere em nada de canibalismo), no culto aos mortos, na reza pelos defuntos, na co-redenção de Maria, nas rezas mecânicas, vazias e sem sentido, na salvação pelas obras, no papado, na proibição de interpretar a Bíblia (e por muito tempo até de lê-la), em superstições vãs e em mais uma série de doutrinas e dogmas totalmente contrários à Palavra de Deus.

      Aí você pode dizer: “Mas isso é somente coisa de uma minoria de maus católicos, da mesma forma que a idolatria a pastor entre os protestantes”. O problema é que não, são doutrinas OFICIAIS do catolicismo, ou pelo menos crenças adotadas pelos católicos de uma forma generalizada. A idolatria mesmo que você mencionou, não é uma coisa de uma minoria de leigos não-esclarecidos, se você procurar na internet facilmente acha fotos por exemplo do papa João Paulo II se prostrando diante de uma imagem de “Nossa Senhora” e queimando incenso à ela, e ele certamente não era um leigo não-esclarecido. Sem falar que o livro mariano mais conhecido e recomendado pela Igreja aos fieis é um chamado “Glórias de Maria”, escrito por ninguém menos que um santo e doutor da Igreja chamado Afonso de Ligório, que escreve essas coisas:

      “Feliz aquele que se abraça amorosa e confiadamente a essas duas âncoras de salvação: Jesus e Maria! Não perecerá eternamente” (p. 31)

      “Por conseguinte estão sujeitos ao domínio de Maria os anjos, os homens e todas as coisas do céu e da terra” (p. 35)

      “Maria, para salvar as nossas almas, sacrificou com amor a vida de seu Filho” (p. 47)

      “Maria imolou a sua alma para a salvação de muitas almas” (p. 47)

      “Do Eterno Pai diz o Evangelho que amou os homens a ponto de por eles entregar à morte seu Filho Unigênito (João 3.16). O mesmo também se pode dizer de Maria: Tanto amou os homens, que por eles entregou seu Filho Unigênito” (p. 53)

      “Então com suma dor e com intenso amor para conosco, Maria estava sacrificando por nós a vida de seu Filho” (p. 56)

      “Os pecadores só por intercessão de Maria recebem o perdão” (p. 76)

      “Seguindo a Maria, não errarás o caminho da salvação” (p. 85)

      “Se Maria é por nós, quem será contra nós?” (p. 90)

      “Sois onipotente, ó Maria, visto que vosso Filho quer vos honrar, fazendo sem demora tudo quanto vós quereis” (p. 100)

      “Muitas coisas se pedem a Deus, e não se alcançam. Pedem-se a Maria, e conseguem-se” (p. 118)

      “Ide a Maria! O Senhor decretou não conceder favor algum sem a mediação de Maria. Por isso nas mãos dela está nossa salvação” (p. 144)

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    2. “Quando nos vem tentar o demônio, não deixemos de fazer como os pintinhos, que, mal enxergam o gavião, correm logo a refugiar-se sob as asas da mãe. Logo que nos assaltam tentações, sem discorrer com elas, refugiemo-nos depressa sob o manto de Maria. E vós, Senhora, deveis defender-nos... Depois de Deus outro refúgio não temos senão vós, que sois a nossa única esperança protetora, em quem confiamos” (p. 85)

      “Ah! Como fogem os demônios à presença de Nossa Senhora! Se na hora da morte tivemos Maria a nosso favor, que poderemos recear de todo o inferno?” (p. 90)

      “Salve esperança de minha alma... salve , ó segura salvação dos cristãos , auxílio dos pecadores, defesa dos fiéis, salvação do mundo” (p. 98)

      “Em vós, Senhora, tendo colocado toda a minha esperança e de vós espero minha salvação” (p. 147)

      “Acolhei-nos sob a vossa proteção se salvos nos quereis ver; pois só por vosso intermédio esperamos a salvação” (p. 147)

      “É tributada ao Filho e ao Rei toda a honra que se presta à Mãe e à Rainha” (p. 131)

      “Maria é advogada poderosa para a todos salvar” - “Maria é toda poderosa junto a Deus“ (p. 151)

      Então não, a idolatria católica não é um fato isolado ou uma prática de uma minoria de leigos não-instruídos, mas uma recomendação da própria hierarquia eclesiástica que beatifica e recomenda os livros de “doutores” da Igreja que eram puramente mariólatras e nada mais. Eles podem chamar essas coisas apenas de “veneração”, mas à luz da Bíblia e da razão sabemos bem o que significa. De minha parte, mesmo se um dia 100% das igrejas e ministérios alegadamente “protestantes” caíssem na apostasia e virassem todos eles idólatras de pastor, de dinheiro e etc, eu preferiria milhões de vezes mais adorar a Deus em particular ou em grupos pequenos como muitos fazem reunindo-se em casas, do que usar isso de pretexto para me integrar a uma outra igreja que já se perverteu há muito mais tempo.

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  15. Parabéns Banzoli excelente artigo, me esclareceu bem a dúvida que eu tinha,porque o fato de não ter um registro sobre o acontecimento no caso da tradição de se soltar um preso na Palestina ou mesmo a matança de bebês promovida por Herodes na época do nascimento de Cristo, não significa que não ocorreram, ainda mais que o Comentário Bíblico citado no seu texto afirma que os romanos tinham esse costume de consultar a população local em outras regiões,já a matança de bebês pelo que a própria Bíblia conta vitimou famílias pobres e em uma cidade pequena como Belém, ao que consta em uma província afastada como a Judeia,os historiadores só relatavam acontecimentos que envolviam pessoas conhecidas e em Jerusalém que era a capital e maior cidade,e notei também nos argumentos do Ehrman que alguns são baseados em puro achismo,como o fato de que a maioria dos seguidores de Cristo eram iletrados e não sabiam o idioma grego, alguns como Pedro certamente eram,as escrituras dizem que Pedro não era culto,mas Mateus deveria ter uma melhor instrução pois era cobrador de impostos, deveria ter uma boa noção de matemática para isso e conhecer o grego e o latim pois trabalhava diretamente com romanos, então é incorreto atribuir a cristaos gentios que viveram décadas depois da ressurreição de Jesus a autoria dos evangelhos com o argumento de que eram semianalfabetos e desconheciam o grego, aliás ele diz no livro "O Que Jesus disse e o que Jesus não disse", que aa taxas de alfabetização na Palestina do primeiro século eram bem baixas e não cita nenhuma fonte disso, e eu percebo que ele fica meio perdido ao negar a ressurreição ja que o argumento dele era que Jesus foi apenas um profeta acopaliptico do primeiro século como João Batista,um seguidor desse e o que o diferenciou dos demais foi o relato dele ter ressuscitado, ele reconhece que isso eéinédito que ninguém tinha dito que João Batista ressuscitou, aí ele tenta dizer que os discípulos emocionados talvez tenham pensado ver ele você nota o argumento fraco rss

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    1. Eu me lembro que há tempos atrás eu comentei sobre este "argumento da falta de instrução" dos apóstolos quando outra pessoa me inquiriu a respeito. Vou transcrever aqui o quu eu respondi na ocasião:

      1) O fato de alguém não saber um idioma durante parte da sua vida não significa que não soubesse durante a vida inteira. Eu tenho um artigo onde mostro que os discípulos tinham todos menos de 21 anos à exceção de Pedro (link abaixo), que é a época em que a Bíblia diz que eles eram "sem instrução". Mas quando eles escreveram, já havia se passado décadas, tempo mais que o suficiente para que eles aprendessem outros idiomas na fase adulta. Cabe destacar que o Apocalipse, por exemplo, tem um grego bem ruim, escrito claramente por alguém que não dominava bem o idioma. E a grande maioria do conteúdo neotestamentário foi escrito ou por Paulo (que já era da elite antes de se converter) ou por Lucas (que era médico, e provavelmente bem esclarecido também).

      http://ocristianismoemfoco.blogspot.com.br/2016/02/a-idade-dos-discipulos.html

      2) Na Antiguidade um livro geralmente não era escrito de próprio punho por alguém, por isso tem livros em que Paulo termina dizendo que estava escrevendo tal verso de próprio punho, porque o resto ele ditava e outra pessoa (um escriba) escrevia. Isso permitia com que muitas pessoas que não dominavam bem um idioma conseguisse escrever razoavelmente bem por causa do escriba que era capacitado para isso e passava tudo por escrito. Cabe lembrar que Pedro disse que escreveu sua primeira epístola com Silvano, e que em uma epístola de Paulo há a menção explícita de quem estava escrevendo: "Eu, Tercio, que escrevi esta carta, saúdo-vos no Senhor” (Rm 16:22).

      3) Os evangelhos no início não eram "anônimos", eles vinham com o nome do autor na parte superior dos pergaminhos, por isso a Igreja sempre soube desde o início o nome dos autores dos quatro evangelhos e nunca sequer discutiu a esse respeito. Você pode ver esse print que tirei de uma página da "Introdução aos escritos do Novo Testamento", de Erich Mauerhofer:

      https://4.bp.blogspot.com/-cIIHDbPi9xY/WUzR_FQ9y-I/AAAAAAAADjg/wUhhetZ5og8Xdw6aq97kJYEovBTBic-9QCLcBGAs/s640/1.png

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  16. Banzoli gostaria de perguntar também se tem acompanhado a Copa do Mundo e se tem torcido pela seleção brasileira,eu acompanho a Copa, mas confesso que não torço para a seleção,desde 2006 não torço mais, os escândalos de corrupção da CBF e o fato de afastarem a selecao do povo não realizando amistosos aqui, só na Europa me desanimam de torcer,e eu conheço muita gente que também não torce mais para a seleção brasileira

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    1. Eu acompanho e torço, mas não muito porque de coração eu sempre fui apenas são-paulino, pela seleção eu torço também mas de uma forma diferente, por ter sido "ensinado" a torcer pela seleção do meu país, e não por um sentimento de torcedor apaixonado. Eu diria que de minha parte eu quero que o Brasil ganhe sim, mas se perder eu ficaria menos triste do que ficaria se o SPFC perdesse um jogo qualquer de Campeonato Brasileiro, não é algo que me mova muito. Mas a Copa em si eu gosto bastante mesmo.

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  17. Banzolasso, eu não ia postar este comentário, mas acabei de ler que você não gosta de Matemática. Então lá vai: estou quase me convertendo a doutrina filosófica do Pitagorismo. Quanto mais estudo matemática, mas fico assombrado! A matemática não explica o mundo. Ela é o mundo, e tudo que existe é matemática e nada mais existe! Não há nada fora da matemática, nem matéria, nem leis da física, nem átomos e subpartículas... Nada. Acontece que, apesar de não ser tão difícil inserir Deus no pitagorismo, eu não quero me aventurar em teologias. Eu penso, assim como Leibniz, que Deus é máximo hierárquico do ordenamento do Universo mas não me atrevo a ir além disso. Eu tenho minhas convicções e apesar de não ver contradição entre elas e não ver nada que vá de encontro a Bíblia, eu fico meio receoso. Umas das conclusões a que cheguei (e que poderia me levar a fogueira fosse a alguns séculos atrás) é que Deus não é onipotente. Deus não faz absurdos. Ele não faz dois mais dois ser igual a cinco ou um triângulo de quatro lados. Se Ele tolerasse isso, também toleraria anti-ciência como astrologia, cartomancia e feitiçaria. E não teria feito um Universo maravilhosamente ordenado em uma estreita faixa de existência que permite a vida. E só de estar pensando essas coisas, já me dá um certo receio. Parece que estou em algo que não é nem teologia nem matemática, mas misticismo. Quero continuar estudando matemática e levando-a sempre ao máximo de rigor possível e quero poder usa-la pra me aproximar de Deus. Como fazer isso sem cair em ocultismos?

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    1. A matemática não irá aproximar você de Deus. O que vai aproximar você de Deus é leitura da Bíblia e a oração. Mas é preciso ter fé para se aproximar de Deus.

      Sem fé é impossível agradar a Deus, pois quem dele se aproxima precisa crer que ele existe e que recompensa aqueles que o buscam.

      Hebreus 11:6

      Se algum de vocês tem falta de sabedoria, peça-a a Deus, que a todos dá livremente, de boa vontade; e lhe será concedida.

      Tiago 1:5

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    2. Como assim não existe matemática, nem física, nem átomos e nem nada? Se for assim nem eu nem você existimos, essa conversa que estamos tendo não existe, e qualquer coisa que seja dita nela é irrelevante além de inexistente. Mas nós sabemos que existimos e sabemos que o mundo é real, essa é a percepção mais óbvia que existe, mesmo para chegar a essa conclusão de que "tudo é matemática" você teve que usar seu cérebro para raciocinar a respeito, algo que você não seria capaz se não existisse, ou se fosse apenas um número ou uma calculadora ambulante. Números não falam, não agem, não fazem juízos morais, não tem sentimentos, não podem sentir dor como sentimos quando nos machucamos com alguma coisa. Eu não sei se entendi seu pensamento corretamente, mas se entendi, é a coisa mais bizarra que já ouvi, acho bom rever esses conceitos aí.

      Em relação à suposta contradição entre a onipotência de Deus e o 2+2=5 isso não é uma contradição porque quando os cristãos postulam que Deus é onipotente isso não consiste em ter o poder de fazer contradições lógicas, mas apenas de fazer tudo o que é ontologicamente possível de ser feito. Isso é igual o tal do "paradoxo da pedra" que os ateus tanto usam, de que Deus não seria onipotente porque não poderia inventar uma pedra tão grande que não possa carregar. Mas perguntar se Deus pode criar uma pedra tão grande que não possa carregar é na prática como perguntar se alguém pode fazer algo que não pode fazer, ou seja, a contradição está na própria pergunta em si, e não em Deus. Há muitas coisas que Deus "não pode" fazer; ele não pode pecar, não pode criar um solteiro casado ou um número que seja par e ímpar ao mesmo tempo, mas o conceito de onipotência jamais abrangeu esse tipo de contradição lógica.

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    3. (Eu não sei se eu já postei esta resposta, mas meu celular bugou, então estou só garantindo).

      Mas eu não disse que a matemática não existe. Pelo contrário, eu disse que SÓ A MATEMÁTICA EXISTE e que todo o resto é fruto dos seus ditames. Eu não sei se fui claro o suficiente mas estou relendo o comentário agora... Eu acho que fui claro quando disse que só a matemática existe. Todo o resto é resultado das relações de grandeza que ela expõe.

      Aaah!!!! Acho que entendi o que você quis dizer. Creio que você teve dificuldades para ACEITAR o que eu disse e não para ENTENDER. Eu sei que pode parecer absurdo dizer que a matemática é tudo que existe e nada mais. Mas eu penso o seguinte: nós sabemos que o funcionamento do Universo é regido por um conjunto de leis e números, como por exemplo os valores das massas das partículas e de suas cargas elétricas, ou as constantes universais, como a cosmológica, a gravitacional, a de Planck... De fato, todas essas grandezas são tão encrustadas na matemática que o Bóson de Higgs foi aludido num modelo matemático 50 anos antes de ser visto, no LHC, na Suíça! Percebe o incrível poder da matemática?, prevendo a existência de uma ínfima partícula subatômica com tanta antecedência? As órbitas dos planetas não seguem leis matemáticas: elas são o princípio natural da matemática e de suas leis (derivadas, limites, lei do quadrado inverso...). É como se o homem não criasse modelos matemáticos: ele descobre modelos matemáticos, que já estavam dispostos na natureza.

      Quanto ao exemplo do 2+2=5, eu acho que ele foi um pouco exagerado. Mas digamos por exemplo que Deus ferva a água a 0 grau. Isso é uma impossibilidade física, e, portanto, vai de encontro a uma relação de ordem matemática. E aqui entra novamente aquele meu questionamento: quais são os limites para o poder de Deus?, até que ponto ele não cai em contradição lógica? Essa pergunta creio que ninguém possa responder...

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    4. Caro anônimo, eu também gosto de matemática, sempre gostei, fiz engenharia por isso também. Mas, dentro do conceito sobre Deus e a teologia, é claro que Deus está fora desse plano, e toda essa lógica e matemática só existem porque Deus quis que assim fosse. Isso também é obra de Deus, para que houvesse um ordenamento. A precisão matemática existir em todo o Universo também é demonstração do dedo de Deus e de Seu poder. Isso é incrível. Estudar matemática na verdade te aproxima de Deus, pois te dá uma cabeça mais racional, e com isso a percepção sobre a divina mão sobre tudo se torna clara. Os ilogismos que os ateus, malandramente, tentam impor nas discussões teológicas são sofismas ridículos, que eles próprios devem saber, e só usam como armas retóricas.

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    5. Olá Lucas, pela minha experiência e sem querer ofender ninguém, o amigo acima aparentemente trata-se de um jovem ávido por conhecer a verdade e talvez desiludido/cansado de um cristianismo mecânico, árido, sem vida. Pessoas assim, como disse Paulo, são presas fáceis de qualquer vento de doutrina ou filosofia.
      Em situações assim a melhor resposta que possuo é a apresentação de um cristianismo vivo, verdadeiro, que refligera a alma e nos fortalece em meio a cacofonia de vozes em que vivemos.

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    6. Gustavo Soares, eu tava pensando mais ou menos nisso... Não sei por quê houve comoção.

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    7. Anônimo aí de cima, eu me sinto ótimo. Não entendi sua preocupação.

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    8. Eu prefiro a opinião do Gustavo Soares que disse que estudar matemática nos aproxima de Deus, pois nos dá uma cabeça mais racional. Eu não entendo como isso pode ser ruim.

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    9. Também gosto de matemática e não consigo vê-la como uma pedra no sapato da fé. Concordo com Galileu Galilei que entendia a matemática como uma linguagem tal qual as demais.

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    10. "... me sinto ótimo. Não entendi sua preocupação"
      Que bom, ótimo. Agora eu usei as palavras "aparentemente" e "talvez" como ressalva exatamente porque onisciente só Deus.

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    11. "Mas digamos por exemplo que Deus ferva a água a 0 grau. Isso é uma impossibilidade física, e, portanto, vai de encontro a uma relação de ordem matemática"

      Eu não entendo nada de física para saber se esse postulado é verdadeiro ou falso, mas veja isso:

      https://www.publico.pt/2016/05/10/ciencia/noticia/agua-a-ferver-desenhou-encostas-e-sulcos-na-superficie-de-marte-1731417

      Se é naturalmente possível ferver água a zero graus em Marte, quanto mais Deus teria tal poder.

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    12. Bom dia, sou o anônimo 3 (kkk) e tbm sou admirador da matemática desde pequeno.
      Creio serem 2 pontos principais: O ponto de vista e Críticas lógicas a Deus (ou a Seus atributos).
      1) Se você se aprofundar em algumas áreas verá análises do universo e de tudo que há, em termos de: a) Números (matemática); b) Simbolos (relações, associações), c) Ondas (física), d) Vibrações ou Som (Física), e) Energia (física, mas também outras áreas do conhecimento), f) Hologramas (Conectando a outras realidades/dimensões), entre outros... a questão então é a análise (qual o filtro usado? qual a 'lente' com que se observa Tudo?)... pois nós não somos só corpo físico, temos outras realidades permeando nosso ser. O problema de algumas análises é o senso de estar numa ilusão (numa matrix) isto porque essas análises quando desconexas do senso espiritual (q é o mais profundo) priorizam apenas o conhecimento ou outros pontos de vista, e por isso ~ o ser ~ pode ficar "preso" em níveis outros que ñ o do verdadeiro discernimento (que está no Espírito Santo de Deus), gerando confusão... por isso é importante sempre estar em oração, vigilante, lendo a Palavra, sendo transformado por Deus, jejuando,
      praticando as bem-aventuranças e os dons do Espírito Santo, etc - para assim poder integrar nossas percepções e análises, que são muitas.
      2) Há um problema com o pensamento Lógico, binário, ou matemático muitas vezes. Nossa compreensão precisa ter em conta alguns fatores: Absolutos, Relativos e Paradoxos. Exemplo: a) Absolutos, Luz x trevas, Perdão x vingança, etc, b) Relativos, gostar de uma comida x ñ gostar, pluralidade de ideias x uma ideia mais forte, histórias semelhantes x histórias distintas, c) Paradoxos, Amor pode perdoar orando em silêncio x Amor pode exortar com firmeza e mansidão, visando o crescimento. Isso tudo porque existem Complexidades (que podem parecer contraditórias) e que para entender queremos simplificá-las. Sem mencionar é claro: os mistérios, realidades espirituais, invisíveis, etc.
      No caso de um atributo de Deus, a onipotência, é preciso compreender que as leis da natureza são absolutas (podendo ser identificadas e replicadas) seguindo padrões lógicos, matemáticos, já as ações de Deus intervindo rompem com as leis naturais (consagrando o milagre ~qnd visíveis, ainda que haja intevenções que não vemos), e embora possa manter certa harmonia. Portanto aí está a dualidade absoluta: Natural x Sobrenatural. Se Deus mesmo fundamentou o mundo natural, para quê ele iria intervir no mundo natural e criar algo contraditório em essência, às leis q Ele fundamentou, para estar visível no mundo natural para um ser humano? Não é ridículo? É suprir os caprichos de quem quer negar, ou diminuir o poder e a existência do Pai Celestial. Ainda, a ciência (mais aceita mundialmente) não esgotou todos os conhecimentos existentes, portanto, o próprio Deus poderia fazer um triângulo que em outra dimensão (ex: multiverso, ainda que haja controvérsias sobre este) tivesse outras características, como por ex. quatro lados. Ou também, numa outra realidade simplesmente a análise (o ponto de vista) e o nome que dão as coisas poderia ser o inverso ou mesmo diferente da nossa realidade. Podendo assim ser ambos, em realidades distintas refutando o argumento e evidenciando a falha. Entende? O fundo destas perguntas é sujo, pois quer através da lógica e raciocínio que os homens (limitados) utilizam vir a negar ou diminuir o Eterno (que tem Seu poder infinito).
      Paz e Bem a todos,

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    13. Nunca pensei que a matemática suscitaria tantas discussões teológicas :)

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    14. Achei bem legal, da hora, profundo,... Só uma coisa: não entendi nada.

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    15. Eu também gosto de matemática. Tô fazendo graduação nessa área rsrs.

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  18. Banzolão, uma questão pra você, algo que me veio à mente a pouco tempo. Quem se casa com gêmeas siamesas está adulterando? kkkkkk.

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    1. Não é adultério, mas poligamia ;p

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    2. "Não é adultério, mas poligamia"

      Sério? kkkkk. E nos casos em que as gêmeas tem apenas duas cabeças, mas um só corpo? Ou seja, elas tem um só órgão genital. Então as coitadas que nascem assim, caso sejam crentes, tem que ficar solteiras pro resto da vida? Este é um dos casos:

      https://www.youtube.com/watch?v=MB_VZBDUt1I

      Eu mesmo não tenho uma opinião formada sobre isso. Quem casar com siamesas como nesse caso do vídeo acima, irá fazer sexo com um só corpo. Ele não vai "experimentar" a vagina de uma e depois a vagina da outra, mas uma só vagina.

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    3. Eu disse brincando, mas num caso desses não vejo como adultério não, seria um caso excepcional é verdade, exigido pelas circunstâncias, mas não tenho uma resposta satisfatória.

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    4. "num caso desses não vejo como adultério não, seria um caso excepcional é verdade, exigido pelas circunstâncias, mas não tenho uma resposta satisfatória"

      Eu também não. É um tema muito delicado. Mas penso como você. Alon, como você tá na área, dê sua opinião sobre essa questão também.

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    5. Pode ser a opinião de um outro anônimo?
      Eu considero poligamia sim.

      Algumas considerações:

      *Um casamento válido de acordo com as Escrituras é aquele entre UM homem e UMA mulher.

      *Doenças e defeitos genéticos não eram planos iniciais de Deus, que criou homem e mulher perfeitos, um para o outro. As imperfeições que causam sofrimento ao homem são decorrentes da queda de Adão e Eva, e o ponto fundamental aqui é que o plano divino para o casamento não é submisso às CONSEQUÊNCIAS DA QUEDA HUMANA (Mesmo que em um primeiro momento as relações incestuosas foram aceitas com o objetivo de encher a Terra, a POLIGAMIA nunca foi vontade divina, já que Deus formou apenas uma mulher para Adão).

      Em suma, gêmeos siameses estão unidos pela matéria, mas são pessoas distintas, portanto, relacionando-se com uma TERCEIRA pessoa, estão infringindo o mandamento divino de união entre UM homem e UMA mulher.

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    6. Já eu não "bato o martelo" de nem um dos lados. Porque alguém nasce com um defeito assim tá condenado a passar o resto da vida solteiro? Casos assim é diferente de um cara deixar sua esposa em casa e ir se satisfazer com outra, ou vice versa. Ninguém está falando em mandamento, mas permissão.

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  19. Lucas, já que vc tem formação acadêmica como historiador, gostaria de saber qual método vc acha melhor de interpretar a história? Ou seja como ela se move. Eu particularmente acho o método praxeológico de Mises MT bom. Mas eu tbm sou determinista vale ressaltar :D

    Tbm tenho outra pergunta, como eu posso refutar essa afirmação de Marx :"A história do mundo, é a história da Luta de Classes".?

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    1. O método de Mises é bem mais coerente mesmo. Falando nisso, o próprio "Instituto Mises" tem um artigo em que refuta essa afirmação de Marx, o qual recomendo:

      https://mises.org.br/Article.aspx?id=750

      Esse outro artigo mais simples também é excelente:

      https://www.mises.org.br/Article.aspx?id=2646

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  20. Lucas, você tem algum artigo sobre a questão da prostituição na romR medieval?

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    1. Eu tenho aqui muitas citações recolhidas dos livros que li mas elas vão constar no terceiro volume do livro da Reforma, não postei em forma de artigo ainda. Mas um pouco sobre isso você pode ver aqui:

      http://www.lucasbanzoli.com/2018/01/o-mundo-era-melhor-antes.html

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    2. Mais uma pergunta: você acha que os massacres das populações indígenas também pode ser creditadas ao cristianismo, uma vez que os colonizadores ibéricos (portugueses e espanhóis) eram católicos, e os colonizadores ingleses eram protestantes? Os autores do livro Negro do cristianismo fazem essa relação desses massacres com o cristianismo.

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    3. Sim, deve. Não ao Cristianismo em si (o original e verdadeiro), mas aos que usurpavam o seu nome para cometer essas atrocidades.

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    4. Lembrando que em nome da "justiça" muitas injustiças foram feitas. Em nome do "progresso", idem; em nome da ciência, da ecologia, ... Resumindo: se formos anular os acertos pelos erros cometidos, acredito sobrará nada.

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    5. Atribuir o massacre dos povos indígenas ao cristianismo como um todo é ser bastante reducionista, para não dizer bastante desonesto. É reducionista, pois o genocídio indígena envolvia questões geográficas, políticas e econômicas.

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    6. Verdade, mas também não podemos nos esquecer quando o aspecto religioso também estava envolvido. Por vezes a autoridade universal do pontífice romano foi suscitada como um pretexto para roubar a terra dos indígenas, "convertê-los" à força ou matá-los sumariamente, como escreve Marlon Fluck (por coincidência, meu orientador no mestrado):

      “Pedrarias, enviado pelo rei Fernando, o Católico, da Espanha, relata sobre a forma como apresentou o ‘requerimento’ a caciques da península de Cenú, em Cartagena: ‘Requeri a dois caciques de Cenú, por parte do rei de Castela, que fossem súditos deste e lhes fiz saber que havia um só Deus, que era primeiro e único e governava o céu e a terra. E que este havia vindo ao mundo e deixado em seu lugar São Pedro, o qual deixara por seu sucessor na terra o Santo Padre, que era senhor de todo o mundo, atuando em lugar de Deus. Este Santo Padre, como Senhor do Universo, havia doado toda aquela terra das Índias e de Cenú ao rei de Castela e, em virtude dessa designação, requeria que eles lhe deixassem aquelas terras pois lhe pertencia. Disse mais, que se quisessem viver nela, como estavam vivendo, que lhes prestassem obediência como seu senhor e lhes dessem como sinal desta obediência alguma coisa a cada ano. Se assim o fizessem, o rei lhes daria ajuda contra seus inimigos (...) Responderam-me que o que havia dito sobre um só Deus e que este governava o céu e a terra, sendo senhor de tudo, lhes parecia bem e que assim deveria ser, porém, quanto ao fato do papa ser senhor do Universo em lugar de Deus não concordavam. Quanto ao fato do papa ter dado aquelas terras ao rei de Castela, disseram que o pontífice deveria estar bêbado quando fez isso, pois dava o que não era seu. E que o rei, que pedia e tomava aquelas terras, deveria estar louco, pois pedia o que era dos outros, mas que fosse lá tomá-las que eles fincariam sua cabeça em um pau, como fizeram com tantas outras (...) Salientaram que eles eram senhores de suas terras e que não haveriam de obedecer a nenhum outro senhor. Eu tornei a requerer que o fizessem, pois do contrário lhes faria a guerra e lhes tomaria o lugar e que a todos que pegasse mataria ou venderia como escravos. Responderam que eu seria o primeiro a ter a cabeça colocada em um pau e trabalharam para o fazer. Não conseguiram porque lhes tomamos o lugar pela força, embora tenham nos atirado infinitas flechas, todas envenenadas, que mataram dois de nossos homens. Depois, em outro lugar, prendi um cacique deles... o qual era homem de muita verdade e que guardava a palavra e lhe parecia mal o mau e bem o bom. E desta forma se fazem todas as guerras lá’” (FLUCK, Marlon Ronald. História e Teologia da Reforma. Curitiba: Editora Escritores Associados, 2011, p. 51-52)

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  21. Olá a todos que acessam esse blog! Eu estou aqui pois acredito que tenho bons sites para amostrar sobre o tópico de arqueologia bíblica. Então, divirtam-se!
    Blog do Doutor em química nuclear, Jay L. Wile:http://blog.drwile.com/
    Site oficial da Sociedade Arqueologica Biblica:https://www.biblicalarchaeology.org/biblehistorydaily/
    O web site do Não Cientista:http://notascientist.d512.com/

    Deus lhes ilumine!

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  22. "Erro pensar que é a ciência que mata uma religião. Só pode com ela outra
    religião."- Monteiro Lobato

    Concorda com a citação?

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    1. A "ciência" é um ente abstrato, ela não "mata" ninguém, mas gente que desonestamente se apropria do discurso de "paladino da ciência" para dizer que ela "refuta Deus" pode causar um dano tão grande ou maior que uma outra religião sim.

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  23. Jogar jogo de dama, e xadrex, é pecado? Abraços!

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    1. Lógico que não, senão teria que jogar minhas medalhas e troféus em xadrez no lixo :)

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  24. É pecado ir pra igreja do Senhor do Bonfim (Salvador) e colocar a pulseirinha na mão?

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    1. Esqueci de falar. To perguntando isso pq pesquisei aqui na internet e achei isso: https://pt.wikipedia.org/wiki/Senhor_do_Bonfim
      Sendo uma igreja voltada pra Jesus, não haveria problema em usar a pulseira já que se refere a Jesus, ou eu estaria errada?

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    2. A "pulseirinha" é um amuleto que faz parte da cultura supersticiosa do catolicismo popular, e como qualquer outro amuleto, deve ser rejeitado pelos cristãos mais maduros e sérios:

      https://catracalivre.com.br/geral/arquivo/indicacao/como-surgiu-a-fitinha-do-senhor-do-bonfim/

      A Bíblia nunca ensina a "sorte" através do uso de amuletos, isso é igual aqueles que usam a "medalha milagrosa" ou fitinhas no carro achando que isso vai impedir batidas, é coisa de gente ignorante que ainda não conhece o evangelho verdadeiro. Nenhum amuleto vai mudar a sorte de alguém, e colocar a fé nessas coisas é ir na contramão da proposta do evangelho de se crer inteiramente em Jesus Cristo pela fé naquilo que é invisível (e não no que é visível). Portanto eu entendo como pecado sim, mas mesmo que não fosse pecado, seria algo bem inútil.

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  25. Amigo Banzoli, espiritualidade tem diversas definições e entendimentos, inclusive no meio cristão. Qual é a sua?

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    1. Eu definiria como sendo o quão próximos (ou não) estamos de Deus.

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  26. Lucas, qual é a visão calvinista sobre a queda humana? Adão e Eva pecaram por determinação divina, sob a perspectiva calvinista?

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    1. Para Calvino sim, mas entre os calvinistas modernos há divergências quanto a isso. Os "supralapsarianos" creem igual Calvino, enquanto os "infralapsarianos" creem que não.

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  27. Lucas, você poderia fazer um artigo analisando esses argumentos contra a ressurreição?

    https://m.facebook.com/notes/edson-kunde/refuta%C3%A7%C3%A3o-aos-23-argumentos-a-favor-da-veracidade-hist%C3%B3rica-da-ressurrei%C3%A7%C3%A3o-de-j/10204661768678261/

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  28. Lucas no ano 431 ocorreu o concílio de efeso. Qual era a situação das igrejas nesse período? Existiam varias igrejas juntas com a igreja católica romana? Existiam várias igrejas ou uma só, que no caso os católicos dizem ser a igreja romana.

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    1. Não existia "Igreja Católica Romana" neste período. Existia apenas uma Igreja de Roma dentro da Igreja Católica, que incluía muitas outras igrejas locais. Isso eu já expliquei em artigos como esse aqui:

      http://www.lucasbanzoli.com/2018/03/entenda-as-divisoes-do-cristianismo-e.html

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  29. Banzoli, eu estava procurando um comentário de um Anônimo sobre as ações de Deus, se ele determinou tudo desde o princípio , seja o mau ou o bem.

    O Anônimo parece ter aquela velha dúvida de que Deus determinou, e é o causador, de todas as ações dos homens, seja elas más ou boas.

    Vou responder aqui embaixo, pois ao achei o comentário

    Muitos, sem perceber, acabam comparando Deus com um terrorista que vive espalhando destruição por esse mundo afora. Veja o quadro onde Deus castigou alguém e alegou que o castigo foi por causa da transgressão que o pecador cometeu. Dizendo em poucas palavras: Deus puniu porque não fizeram a sua vontade!

    Tens ideia do que isso implica? Implica que alguém fez algo que não estava nos planos de Deus. Se não estava nos planos de Deus, então não foi ele quem determinou desde a eternidade.

    Vou lhe dar dois exemplos bíblicos. Veja o que Deus fala através do profeta Jeremias:

    “Construíram nos montes os altares dedicados a Baal, para queimarem os seus filhos como holocaustos oferecidos a Baal, coisa que não ordenei, da qual nunca falei nem jamais me veio à mente” (Jeremias 19:5).

    Sabe o que os Calvinistas fazem com o presente texto? Dizem que o ato foi ordenado por Deus desde antes da fundação do mundo. Na verdade, Deus não ordenou, não pensou nem falou nada daquilo. Um absurdo concordar que Deus teria decretado que os israelitas apostatariam da fé e queimariam seus filhos em sacrifício a um deus pagão, e depois teria dito que nunca ordenou uma coisa dessas, como uma típica escusa.

    Algo semelhante Deus diz em Oseias: “Eles instituíram reis sem o meu consentimento; escolheram líderes sem a minha aprovação. Com prata e ouro fizeram ídolos para si, para a sua própria destruição” (Oseias 8:4).

    Aqui os Calvinistas falam a mesma coisa: Que foi decreto de Deus. Veja que confusão os calvinistas armaram para Deus: Deus decreta aquilo, determina, faz com que aconteça, e depois diz que não consente naquilo que ele mesmo ordenou!

    A doutrina calvinista da predestinação fatalista é um veneno!

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    1. Anônimo, vai até meu site e dê uma olhada nesse artigo

      https://sempredestinacao.wordpress.com/2013/10/27/programados-para-pecar/

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    2. Alon, a qual comentário você se refere?

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    3. Anônimo, não lembro mais onde vi.

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  30. Fenomenal, Banzoli!

    Bom é pouco. Excelente!

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  31. Que fonte você usa para digitar os seus textos? Porque fica bem legível, gostei.

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    1. Nesse artigo eu usei a fonte padrão do blog em tamanho grande, mas nos mais recentes eu voltei a usar Verdana tamanho médio, só que com o espaçamento aumentado em HTML para facilitar a leitura.

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    2. "só que com o espaçamento aumentado em HTML para facilitar a leitura."

      Como se faz isso?

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    3. Tem que ir no HTML na página do artigo no blog (painel interno), e então alterar a porcentagem de espaçamento (o normal é 150%, eu coloco em 240%).

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