27 de fevereiro de 2018

104 A Reforma Protestante na França de Francisco I: repressão, intolerância e perseguição


A Reforma não teve em país algum maior número de mártires do que na França[1], e em nenhum outro lugar os evangélicos foram tratados com mais ódio, violência ou preconceito. Como vimos, a Reforma francesa começou antes mesmo de Lutero, através de Jacques Lefèvre d'Étaples (1455-1536), que iniciou suas pregações em 1514[2]. Ali os protestantes eram chamados por outro nome. Eram os “huguenotes”, cuja origem do termo é ainda hoje controversa. Teodoro de Beza (1519-1605), o “sucessor” de Calvino no ministério em Genebra, alegou que o nome vem de Hugo Capeto, um rei francês do século X. Nas superstições do catolicismo da época, sua alma estaria vagando de noite nas ruas de Tours, onde os protestantes costumavam se reunir, também à noite, devido às perseguições[3]. Por zombaria, os papistas passaram a apelidar os protestantes com este nome, “porque se pareciam com Hugo por andarem somente à noite”[4].

Todavia, os huguenotes não foram combatidos com a máxima selvageria desde o início. A princípio, o rei Francisco I (que reinou de 1515 a 1547) hesitou bastante, porque o apoio dos protestantes lhe era conveniente politicamente. Devemos lembrar que este é o mesmo rei que se envolveu em conflitos intermináveis com Carlos V, que já abordamos em capítulos anteriores. Mousnier afirma que Francisco “necessitava, para a sua política exterior, do papa, dos protestantes da Alemanha e de Henrique VIII, e por isso praticou uma política de equilíbrio”[5].

Essa política de equilíbrio, no entanto, não durou muito. Ela foi quebrada depois que um grupo começou a fazer pressão pela perseguição e extermínio dos protestantes, não aceitando a política de tolerância que lhes favorecia. Este grupo era justamente o clero católico. Lindsay disse que “o clero pôs à sua disposição elevadas quantias exigindo-lhe em troca que o coadjuvasse no aniquilamento dos hereges, e o rei viu-se fornecido dos recursos de que necessitava, à custa da tortura e da carnificina dos seus súditos protestantes”[6]. Assim, em 1535, o rei promulga um édito decretando “a extinção dos heréticos”[7], dando início à primeira grande perseguição aos evangélicos franceses.

Em consequência,

severas medidas foram decretadas contra os protestantes. Era proibida a leitura de obras protestantes; a ligação com pessoas suspeitas de heresia importava condenação; e os hereges, onde quer que fossem descobertos, eram entregues às autoridades civis para serem castigados. Luiz de Berguin, homem erudito e de nobre estirpe, e noutro tempo amigo do rei, e correspondente de Erasmo, foi a mais notável vítima destas disposições.[8]

Além disso, Francisco “decretou que a heresia fosse punida com a morte, e aquele que denunciasse um herege tinha direito à quarta parte dos bens que este possuísse, no caso de se provar a veracidade da acusação”[9], o que acabou “redobrando a perseguição, e em toda a França os protestantes eram acusados, condenados e punidos com prisão, perda de bens e morte”[10]. As matanças foram intensificadas cinco anos depois através do Édito de Fontainebleau, que regulamentava as perseguições[11]. O édito em questão “intimava os oficiais de justiça a processarem todos aqueles em que houvesse mancha de heresia; a essas pessoas era negado o direito de apelação; os juízes negligentes eram ameaçados com o desagrado do rei, e os eclesiásticos tiveram ordem para mostrar maior zelo”[12].

O édito ordenava expressamente:

Todos os súditos reais devem denunciar os hereges, e empregar todos os meios para os extirparem, do mesmo modo que são obrigados a contribuir para que se ponha termo a qualquer conflagração a pública.[13]

Seguiram-se outros éditos com ainda mais violência, que impunham a perseguição com mais severidade. Para se ter uma ideia da dimensão das perseguições, em apenas “um ano em que Sommerive governou Provença, ele fez morrer no cadafalso 770 homens, 463 mulheres e 24 crianças”[14]. Estes mais de mil assassinados entre mulheres e crianças na descrição do historiador católico Cesare Cantú se referem a apenas uma cidade da França, e durante apenas um ano. Assim talvez o leitor possa ter alguma noção do que acontecia na França como um todo por décadas, em massacres mais cruéis e desumanos do que os que sofreram os primeiros cristãos nas mãos do Império Romano[15].

Cenas de horror e selvageria se deram em 1545, quando “o soberano Francisco I se viu obrigado a tolerar a matança de hereges da seita valdense, decretada pelo Parlamento de Aix-en-Provence”[16]. Os valdenses estavam, de fato, entre os que mais sofreram nas mãos do rei católico, instigado pelo clero violento e por leigos fanatizados. A situação foi particularmente mais penosa para os valdenses de Durance, simples aldeões que guardavam a fé em Cristo. Lindsay registra:

Quando na Alemanha e na Suíça começou a Reforma, estes aldeãos mandaram alguns dos seus saudar os reformadores, e em 1535 associaram-se por tal forma ao movimento que forneceram o dinheiro necessário para publicar a tradução das Escrituras Sagradas em francês, feita por Roberto Olivetan, e corrigida por Calvino. Este procedimento despertou a hostilidade de alguns eclesiásticos franceses. O bispo de Aix incitou o parlamento local; fizeram-se prisões, e alguns dos aldeões foram submetidos à tortura e sofreram morte violenta. Em 1540, o parlamento intimou quinze aldeões de Mérindol a comparecer perante ele como suspeitos de heresia. Os aldeões, tendo sabido que a sua morte estava resolvida, não apareceram; pelo que o parlamento fez sair o infame Arrêt de Mérindol, que, em resumo, ordenava a destruição de toda a aldeia. A publicação deste decreto provocou alguns protestos; o rei teve conhecimento dele, mandou proceder as investigações, e em resultado delas deu ordem para que o referido decreto ficasse sem efeito. Foi, porém, induzido a revogar essa ordem, organizou-se clandestinamente uma expedição, e durante sete meses de carnificina, com todos os seus acompanhamentos de traição e de infame brutalidade, foram totalmente destruídas vinte e duas cidades e aldeias, pereceram 4.000 homens e mulheres, e perto de 700 foram enviados para as galés.[17]

Toda essa selvageria bárbara e sanguinária era alimentada pelo clero, que “ameaçava incessantemente os protestantes”[18]. Mousnier relata que “católicos perturbavam o canto dos salmos, e queimavam as casas dos protestantes isolados”[19]. Ao mesmo tempo, “a Companhia do Santo Sacramento do Altar excita os magistrados contra os huguenotes”[20]. Tamanha era a urgência em perseguir os huguenotes que “os tribunais de justiça tiveram de interromper o julgamento de várias causas”[21].

Os últimos anos de Francisco I “foram uns anos de terrível derramamento de sangue e opressão; e, contudo, os protestantes aumentaram em número, e a repressão, ainda que sanguinária, mostrava-se ineficaz. O sangue dos mártires era a semente da Igreja”[22]. Os evangélicos cresciam, não obstante “tantos homens e mulheres sofressem resignadamente, por amor a Cristo, todas aquelas calamidades”[23]. Alguns massacres se tornaram bastante conhecidos, como o martírio dos “Quatorze de Meaux”, em 1546. Quando quatorze crentes cultuavam a Deus em uma congregação de Meaux, os papistas invadiram e os chacinaram “com uma perversidade toda especial”[24].

Todas as quatorze pessoas sofreram torturas extraordinárias, mas ainda assim se recusaram a revelar os nomes de outros protestantes. Já presas à estaca da fogueira, seis delas concordaram em confessar-se com um sacerdote a fim de escapar da punição de terem línguas cortadas; as outras, porém, permaneceram firmes mesmo diante dessa última mutilação.[25]

Os quatorze mártires, à beira da morte, cantavam o Salmo 79: “Cheguem à tua presença os gemidos dos prisioneiros. Pela força do teu braço preserva os condenados à morte. Retribui sete vezes mais aos nossos vizinhos as afrontas com que te insultaram, Senhor!” (Sl 79:11-12). E outros quinze que foram martirizados em Lyon cantaram o Salmo 9: “O Senhor é refúgio para os oprimidos, uma torre segura na hora da adversidade (...) Aquele que pede contas do sangue derramado não esquece; ele não ignora o clamor dos oprimidos” (Sl 9:9,12). Lindberg diz que “as autoridades procuravam deter esse tipo de testemunho enchendo as bocas ou cortando as línguas dos que estavam prestes a ser mortos”[26].

O extermínio só não foi ainda maior porque multidões de huguenotes fugiam para os países protestantes em meio às perseguições. Genebra, situada na fronteira com a França, “toda ela se encheu de refugiados franceses”[27], sendo o próprio João Calvino um deles[28]. Quem também se interessava muito pelo aniquilamento dos protestantes franceses era uma poderosa família de nobres católicos fanáticos: os Guises, “cuja devassidão só era excedida pela sua desumana crueldade”[29]. Desde muito antes da carnificina da Noite de São Bartolomeu (1572) eles já tinham planos de eliminação total do protestantismo, mediante “um massacre geral dos huguenotes”[30]. Pretendiam também instaurar a Inquisição nos moldes da espanhola, “a fim de exterminar todos os calvinistas”[31].

Durante o reinado de Francisco I eles convidaram Luís I de Bourbon, que era duque de Condé e o mais proeminente líder huguenote, e seu sobrinho Henrique (rei de Navarra, que mais tarde se tornaria Henrique IV, rei da França) à corte real, os quais ingenuamente acreditaram na boa intenção dos Guises e foram presos de surpresa. Henrique conseguiu escapar, mas seu irmão recebeu uma sentença de morte que só não foi executada de imediato porque o rei morreu logo em seguida[32]. E assim terminou o longo reinado de terror de Francisco I, o que estava longe de significar uma vitória do protestantismo. A razão para não haver nenhum motivo para comemorações era seu filho Henrique II, que herdaria seu trono. Tão católico devoto quanto tirânico, numa época em que uma coisa quase sempre acompanhava a outra, conseguiu dar razões para chorarem a morte de seu pai.

• Continua em meu livro “500 Anos de Reforma: Como o protestantismo revolucionou o mundo" (livro em construção)

Paz a todos vocês que estão em Cristo.

Por Cristo e por Seu Reino,


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[1] CANTÚ, Cesare. História Universal – Vigésimo Segundo Volume. São Paulo: Editora das Américas, 1954, p. 67.

[2] MELO, Saulo de. História da igreja e evangelismo brasileiro. Maringá: Orvalho, 2011, p. 170.

[3] OLIVEIRA, Zaqueu Moreira de. História do Cristianismo em Esboço. Recife: STBNB Edições, 1998, p. 159.

[4] NICHOLS, Robert Hastings. História da Igreja Cristã. São Paulo: Casa Editora Presbiteriana, 1960, p. 168.

[5] MOUSNIER, Roland. História Geral das Civilizações: Os Séculos XVI e XVII – Tomo IV, 1º Volume. São Paulo: Difusão Europeia do Livro, 1960, p. 89.

[6] LINDSAY, T. M. A Reforma. Lisboa: Typ. a vapor de Eduardo Ros, 1912, p. 91.

[7] MOUSNIER, Roland. História Geral das Civilizações: Os Séculos XVI e XVII – Tomo IV, 1º Volume. São Paulo: Difusão Europeia do Livro, 1960, p. 89.

[8] LINDSAY, T. M. A Reforma. Lisboa: Typ. a vapor de Eduardo Ros, 1912, p. 91.

[9] ibid, p. 92.

[10] ibid.

[11] MOUSNIER, Roland. História Geral das Civilizações: Os Séculos XVI e XVII – Tomo IV, 1º Volume. São Paulo: Difusão Europeia do Livro, 1960, p. 95.

[12] LINDSAY, T. M. A Reforma. Lisboa: Typ. a vapor de Eduardo Ros, 1912, p. 92.

[13] ibid.

[14] CANTÚ, Cesare. História Universal – Vigésimo Segundo Volume. São Paulo: Editora das Américas, 1954, p. 75.

[15] DURANT, Will. História da Civilização: 4ª Parte – A idade da fé – Tomo 3º. São Paulo: Companhia Editora Nacional, 1955, p. 331.

[16] PIRENNE, Jacques. Historia Universal: las grandes corrientes de la historia – Volumen III, Desde el Renascimiento hasta la formación de los grandes estados continentales de Europa. Barcelona: Ediciones Leo, S. A., 1953, p. 50.

[17] LINDSAY, T. M. A Reforma. Lisboa: Typ. a vapor de Eduardo Ros, 1912, p. 93.

[18] MOUSNIER, Roland. História Geral das Civilizações: Os Séculos XVI e XVII – Tomo IV, 1º Volume. São Paulo: Difusão Europeia do Livro, 1960, p. 172.

[19] ibid.

[20] ibid.

[21] LINDSAY, T. M. A Reforma. Lisboa: Typ. a vapor de Eduardo Ros, 1912, p. 94.

[22] ibid, p. 92.

[23] ibid.

[24] LINDBERG, Carter. Reformas na Europa. São Leopoldo: Sinodal, 2001, p. 336.

[25] ibid.

[26] ibid, p. 339.

[27] LINDSAY, T. M. A Reforma. Lisboa: Typ. a vapor de Eduardo Ros, 1912, p. 94.

[28] HERMAN, Jacques. Guia de história universal. Lisboa: Edições 70, 1981, p. 138.

[29] LINDSAY, T. M. A Reforma. Lisboa: Typ. a vapor de Eduardo Ros, 1912, p. 145-146.

[30] LINDSAY, T. M. A Reforma. Lisboa: Typ. a vapor de Eduardo Ros, 1912, p. 100.

[31] LINDBERG, Carter. Reformas na Europa. São Leopoldo: Sinodal, 2001, p. 340.

[32] ibid.

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104 comentários:

  1. Lucas, o que você acha do Akel Edin.Ele chegou a dizer que a maioria dos professores de cursinhos e de faculdade escondem a inquisição protestante, e que somente os catequistas e padres católicos que falam com propriedade sobre esse assunto. Disse Ele que calvino matou centenas de milhares de católicos e que nenhum apologista protestante fala a respeito tudo isso que Ele falou é verdade. Abraços!

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    1. Pelo jeito parece ser mais um louco que fugiu do hospício em uma camisa de força.

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    2. O que é populismo?
      Juscelino Kubitschek era populista?
      Bolsonaro é populista?
      Populismo é esquerda ou direita?

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    3. Cara isso é muito relativo, mas vou dar o meu entendimento pessoal de populismo. Na minha forma de entender, o populismo é quando um político "joga pra galera", quando pauta as suas ações com base na aprovação popular, e não necessariamente no que de fato é o melhor para o país. Por exemplo, se ele sabe que precisa fazer uma reforma "x" senão o país vai quebrar lá na frente, mas isso iria afetar sua reputação pelo povo que só sabe pensar de maneira imediatista, ele prefere fazer o errado para agradar o povão, e deixar que a bomba estoure no colo do seu sucessor. Esse é somente um exemplo. Como populismo não é uma ideologia em si, ele pode ser instrumentalizado tanto por governantes de esquerda como pelos de direita. Kubitschek era um típico populista; querendo fazer o país crescer mais do que sua capacidade ("50 anos em 5"), acabou endividando o país para que futuros presidentes pagassem a conta lá na frente. O Bolsonaro eu não sei porque nem chegou a ser eleito ainda, mas em algumas coisas ele parece "jogar pra galera" também (por exemplo, há uma década atrás ele era um ferrenho nacionalista, mas de lá pra cá a direita brasileira se tornou uma direita liberal e ele pegou carona na onda), mas na maior parte eu vejo sinceridade e coerência no seu discurso, ele defende as mesmas coisas básicas desde a década de 90, não é de agora pra conseguir votos, então como um todo eu não o consideraria populista (pelo menos não ainda).

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    4. Essa sitação de Johannes Kepler é verdadeira?

      "Essas leis [da natureza] estão no alcance da mente humana; Deus queria que os reconhecesse criando-nos após sua própria imagem para que pudéssemos compartilhar seus próprios pensamentos."

      Carta (9/10 Abr 1599) ao chanceler da Baviera Herwart von Hohenburg.Colecionado em Carola Baumgardt e Jamie Callan, Johannes Kepler Life and Letters (1953), 50

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    5. Não li essa carta pra saber com certeza, mas a citação está bem referenciada, cita fontes, então é possível dar crédito.

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    6. "Avalie: https://youtu.be/MRKL3tgWp-g"

      Deodoro foi um dos maus presidentes mesmo. Lamentavelmente...

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    7. Amanhã eu envio o Floriano Peixoto.

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    8. O que dizer disso?

      http://noticias.terra.com.br/mundo/europa/vinte-anos-apos-desintegracao-russos-querem-volta-da-urss,06187227b94fa310VgnCLD200000bbcceb0aRCRD.html

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    9. Avalie: https://youtu.be/JiCdMrKfTXs

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    10. Não gostei, esse carinha deve ser um petista enrustido, fica o tempo todo de gracinha fazendo alusões ao "golpe" de 2014 como um típico esquerdopata que não sabe que impeachment faz parte do processo político e que não tem nada a ver com golpe, assim fica difícil continuar assistindo.

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    11. Essa avaliação foi do vídeo do Floriano Peixoto?

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    12. Esse Akel parece que tá participando do movimento luciferiano e ja foi desmascarado pelo canal Verdade Revelada do Neemias Gomes. Todo mundo está aderindo a esse movimento...Gostaria de entender pq as pessoas estão aderindo a esse movimento tão facilmente já que é muito claro que Lucifer ou diabo representa o mal e Deus representa o bem...Eu sou a mesma pessoa que fez a pergunta abaixo sobre o movimento luciferiano mas eu entendo que o Lucas está focado no livro sobre a reforma protestante mas vai dar o seu ponto de vista em breve para mim rsrs

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    13. "2014?"

      2016*

      "Essa avaliação foi do vídeo do Floriano Peixoto?"

      Sim.

      "Eu sou a mesma pessoa que fez a pergunta abaixo sobre o movimento luciferiano mas eu entendo que o Lucas está focado no livro sobre a reforma protestante mas vai dar o seu ponto de vista em breve para mim rsrs"

      Na verdade eu não pude assistir os três vídeos que você havia indicado, então ficaria ruim responder sem ter assistido primeiro, mas logo quando eu os assistir eu comento.

      Abs!

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  2. Olá Lucas.
    Você possui alguma ressalva ao Catecismo Menor de Martinho Lutero?

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    1. Só a parte final que sugere (embora não afirme expressamente, mas era a crença de Lutero) a consubstanciação.

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  3. faço parte de um culto judaico messianico,e la falam que o certo e louvar a Deus no hebraico,que segundo eles e a lingua santa e crida por ele,o que você acha disso ?

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    1. Eu respeito qualquer um que queira louvar a Deus particularmente em qualquer idioma que tenha domínio, mas exigir isso como a única forma aceitável de culto numa igreja é bastante absurdo. Basta ver o NT por exemplo, que embora escrito por judeus, foi redigido em grego para um público de fala grega. Se até os apóstolos agiram assim, quanto mais nós temos essa liberdade. E vale ressaltar que o próprio Paulo disse que preferia na igreja falar cinco palavras em língua conhecida, do que dez mil em uma que o povo não compreende (1Co 14:19). Ou seja, o culto deve ser feito na língua do povo local que seja a mais compreensível a todos, nada de latim como na Igreja Romana dos velhos tempos ou de hebraico para um público que não fale hebraico.

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    2. E se o Lucas me permitir, vou adicionar mais um detalhe na resposta: o Hebraico é intimamente relacionado com outras línguas semíticas de seu tempo, especialmente o cananeu, ou seja, não é uma língua de origem "divina", é plenamente humana.

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  4. Esse é o Banzolão que eu conheço! Continue assim e nunca se desvie da obra do Senhor que tu muito prosperará.

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    1. Agradeço, mas não sou adepto da teologia da prosperidade kkkk

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    2. Não me refiro a prosperidade financeira, mas prosperidade de modo geral, principalmente espiritual.

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    3. Vc já fez piadas melhores, Lucas.

      :)

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  5. Se isso não é prova que a ICAR é do capeta eu não sei o que é. Agora, os cristãos que se preparem, pois dentro de uma 30 ou 40 anos a perseguição será ainda mais terrível que essa. O sofrimento daqui pra frente será grande. Deus tenha misericórdia de nós!!!

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  6. Banzolão, qual tua opinião sobre o Julio Severo?

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    1. Lucas, você chegou a conhece-lo? Eu fico pé atrás com ele, pois ninguém o conhece, não sabe onde ele mora, qual igreja frequenta, etc. Você, por exemplo, já deu as caras faz tempo, mas e ele? Além disso, faz posts paranóicos com frequencia, sei lá, eu não confio nele.

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    2. Não o conheço, mas segundo dizem, a razão pela qual ele mora fora e prefere omitir seus dados é para segurança pessoal devido às perseguições que sofre. Na dúvida, eu prefiro não julgar.

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    3. Quando eu disse "um cara do bem", foi no sentido de ser alguém bem-intencionado na visão que tem. Mas eu não o conheço mais do que você ou qualquer outro leitor.

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    4. Entendi. O que me preocupa é que ele tem uma certa importância atual dentro das discussões evangélicas. Mas eu também não sei, apenas fico preocupado com essas questões.

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    5. Desde que essa importância se limite ao espectro político, pra mim está ok. Digo isso porque uma vez ele postou no facebook dele um texto de um imortalista que acreditava estar "me refutando" e os argumentos eram de doer. Preferi não dar resposta para não causar nenhuma treta.

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  7. https://noticias.gospelmais.com.br/pastor-inferno-matado-satanas-91211.html

    Olha isso, Banzolão. Esse pastor é bravo. Deviam contratar ele pra lutar contra o estado islâmico, não acha? kkk

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  8. o que achou do vídeo do dois dedos de teologia com o título:A MENTIRA DAS 33 MIL SEITAS PROTESTANTES?www.youtube.com/watch?v=ZR9P4I68pkE.

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    1. O link aí está indisponível, mas fui lá ver o vídeo no canal deles e é realmente muito bom, embora o Elisson já tenha escrito a mesma coisa há anos atrás neste artigo:

      http://resistenciaapologetica.blogspot.com.br/2015/04/a-diversidade-protestante-e-a-fabula-da-unidade-catolica.html

      E mais recentemente aqui:

      http://resistenciaapologetica.blogspot.com.br/2018/02/apologista-catolico-desmente-alegacao.html

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  9. Por que o carcereiro convertido em Atos 16:29 não recebeu repreensão por ter se prostrado perante Paulo e Silas?

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    1. Ele não se prostrou para cultuá-los ou adorá-los, nem mesmo para venerá-los, o contexto deixa perfeitamente claro que ele fez isso no desespero do momento: "O carcereiro pediu luz, ENTROU CORRENDO E, TRÊMULO, prostrou-se diante de Paulo e Silas".

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  10. Ai Lucas, pensei em um argumento a dos protestantes. Ve se ta certo

    Os catolicos dizem que Sola Scriptura é uma invenção do século 16. Eu tenho uma outra interpretação

    Sola scriptura existe desde o velho testamento,

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  11. Sem querer eu publiquei meu comentário sem terminar

    Vou continuar aqui


    Sola scriptura existe desde o velho testamento . No livro de Josué, Deus fala para Joshue meditar dia e noite nas leis , Davi diversas vezes fala que ama as leis de Deus

    Em vários livros e personagens bíblicos a referência a própria Bíblia

    Na época de Cristo, o Velho testamento já estava formado e era autoridade máxima para os judeus, os apóstolos e para o próprio Jesus

    Várias vezes Jesus cita as Escrituras e crítica a tradição dos judeus

    De uma certa forma Jesus acreditava no sola scriptura

    Então sola scriptura existe desde que Deus começou a se relacionar com o homem , é não é uma invenção do século 16

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    1. É exatamente isso, inclusive eu aponto isso no meu livro sobre o tema. Em cada época da revelação, seja na época da Torá ou no século XXI, a autoridade sempre foi os escritos sagrados. Estes escritos iam ganhando forma com o tempo, mas sua natureza inspirada e sua autoridade suprema como regra de fé nunca mudou. O argumento católico de que a Escritura tinha que estar "completa" e esperarmos até o século IV para sermos Sola Scripturistas é um horror total. Eu já morava apenas na minha casa mesmo quando ela não estava totalmente construída (a parte de cima, por exemplo, ainda estava em construção), e continuo morando apenas na minha casa agora que ela está completa. Da mesma forma, a Escritura sempre foi a autoridade para o povo de Deus pela sua própria natureza, independentemente de que época ou extensão que a mesma se encontrava.

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  12. Lucas você tem artigos que refutam que os apologistas católicos dizem sobre a Igreja católica ter sido fundada por Jesus? É verdade? E porque eles ficam se vangloriando com isso? Até onde eu sei a Igreja católica surge com o cisma do oriente, embora o papel já existisse desde o século VI, gostaria de me aprofundar nesse tema.

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    1. Tem um monte de artigo sobre isso, recomendo-lhe essa lista exaustiva de artigos, principalmente no tópico que diz respeito à natureza da Igreja:

      http://www.lucasbanzoli.com/2015/07/artigos-sobre-catolicismo.html

      Um artigo bem antigo, mas que continua atual (embora meio mal escrito, já que é beeem antigo mesmo), é esse que eu postei no meu outro site:

      http://apologiacrista.com/a-igreja-catolica-e-a-igreja-fundada-por-cristo

      Tem dois artigos mais recentes, de dois anos atrás, onde eu abordo essas temáticas que você levantou:

      http://heresiascatolicas.blogspot.com.br/2015/11/como-igreja-de-roma-rachou-igreja-de.html

      http://heresiascatolicas.blogspot.com.br/2015/05/um-pequeno-resumo-da-historia-da-igreja_8.html

      Eu ainda pretendo lançar essa semana ou na próxima um artigo onde abordo exclusivamente os segmentos do Cristianismo, quando foram criados, da onde vieram e etc.

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    2. Ah, e já estava quase me esquecendo, os dois mais recentes do velho e bom Heresias Católicas (rip) também são bastante esclarecedores:

      http://heresiascatolicas.blogspot.com.br/2017/12/as-portas-do-inferno-nao-prevalecerao-e.html

      http://heresiascatolicas.blogspot.com.br/2017/12/a-igreja-somos-nos-e-nao-uma.html

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    3. Essa que Jesus Cristo fundou a ICAR é propaganda enganosa. E mesmo que fosse verdade ainda assim não seria garantia nenhuma de aprovação divina (exemplo: Laodicéia). As primeiras igrejas foram fundadas pelos discípulos de Jesus e algumas delas hoje são mesquitas islâmicas além de outras sequer existem mais e nem por isso o mundo acabou.

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    4. Obrigado
      Ps *Papado desculpe o termo errado

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    5. Pois é, a de Laodiceia e a de Sardes já tinham se corrompido em pleno século I e isso quando ainda havia pelo menos um apóstolo vivo e discípulos de apóstolos, mas na cabeça dessa gente é inadmissível e impossível que depois de milênios a igreja de Roma tivesse se desviado um tantinho que fosse. É bizarro.

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    6. O ônus da prova de que Jesus fundou a ICAR deveria ser deles, e não a nossa de duvidar. A afirmação é deles. Quando te questionarem sobre isso, pergunte se há alguma afirmação de Jesus de que deveríamos fundar uma igreja (lembrando que fundar é organizá-la, estruturá-la, definir a hierarquia, o papel da igreja, etc.). Jesus não queria institucionalizar nada, tanto que quando perguntaram para ele em qual templo deveriam adorar Ele respondeu que Deus procura adoradores em espírito e em verdade. A institucionalização da fé não é errado, como alguns hoje querem dizer, por exemplo, Caio Fábio. Mas não é também o único meio de chegarmos a Deus, como a católica afirma. Resumindo, vá a uma Igreja, mas acima de tudo busque a Deus individualmente, essa é a mensagem cristã.

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    7. Depois dessa, qualquer semelhança entre os fariseus, que se achavam "filhos de Abraão" e os católicos, que se acham exclusivos guardiões do cristianismo, é mera coincidência.

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  13. COMO FUNCIONA O MUNDO NA CABEÇA DE UM ZUMBI TRIDENTINO PARTE IV

    Mas excelente artigo, parabéns

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    1. Vlw!

      Eu já tenho mais de 300 prints aqui, mas como tem muito artigo mais sério esperando na fila, eu estou esperando um momento mais apropriado para a continuação :)

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    2. Ok eu aguardo :)

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  14. Lucas você chegou a ver vídeo do Yago Martins novo referente denominações/unidade ? Concorda com ele ?
    https://www.youtube.com/watch?v=ZR9P4l68pkE&t=19s

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    1. Sim, inclusive comentei sobre isso em uma resposta mais acima:

      http://www.lucasbanzoli.com/2018/02/a-reforma-protestante-na-franca-de.html?showComment=1519835030386#c2165650036954867365

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  15. Banzoli, vez por outra eu ouço católicos dizerem que a Reforma Protestante só se espalhou por que as pessoas cobiçavam os bens da igreja católica. É verdade isso?

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    1. Eu comento sobre isso no final do artigo abaixo, mas antes de chegar à conclusão tente ler o artigo como um todo ou pelo menos parte dele, que fundamentam o argumento:

      http://www.lucasbanzoli.com/2018/02/o-que-voce-nunca-soube-sobre-dieta-de.html

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  16. Lucão, alguns defendem a tese de que o ladrão de João 10.10 não é o diabo, mas os falsos mestres, que naquele contexto era os fariseus. E você, o que acha?

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    1. No contexto eram os falsos profetas mesmo. Mas se levar em consideração a natureza do diabo expressa em toda a Escritura e o fato do próprio diabo estar por trás da operação dos falsos profetas, não muda muito.

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  17. Lucas, a homossexualidade deveria ser criminalizada? O que você acha das leis de sodomia? Eu vi que a Homossexualidade era crime na maior parte dos países do mundo até a última metade do século XX, e ainda é ilegal em 76 países (a maioria deles são países Islâmicos e socialistas ou ex-socialistas) e era criminalizada nos Estados Unidos até 2003 e até meados dos anos 70 e fim dos anos 90 na maior parte dos países europeus. A Homossexualidade é pecado, mas deveria ser criminalizada? É verdade que em Israel na época da Bíblia a Homossexualidade era punida com a morte como diz em Levítico?

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    1. Não penso que deva ser criminalizada, porque é algo que só causa dano para a própria pessoa (que tem grandes chances de contrair doenças sexualmente transmissíveis, morrer de AIDS e etc), mas se ela quer se submeter a isso é problema dela, ela que arque com as suas escolhas erradas lá na frente, não cabe ao Estado interferir nisso. O Estado deve interferir apenas no que causa dano a terceiros (por exemplo, em casos de roubos, porque um inocente sai prejudicado nisso, ou assassinatos e etc), e deixar questões como o homossexualismo para a esfera privada e pessoal da vida das pessoas. Houve um tempo em que adultério e divórcio eram considerados crimes também (e na verdade o eram até bem pouco tempo, legalmente falando), mas hoje não são mais, sob essa mesma perspectiva. E francamente falando, a polícia tem mais coisa pra se preocupar do que com o que as pessoas andam fazendo na sua vida privada por mútuo consentimento. Já mal consegue lutar contra o crime, milhares de policiais morrem por ano em tiroteios, imagine se tivesse que perder tempo investigando a vida privada de cada pessoa...

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    2. Verdade, não tenho nada contra homossexuais, mas impor o "casamento homossexual" é inadmissível, pois o casamento e a família são anteriores ao próprio Estado, e também chamar os outros de gay enrustido só porque é contra o casamento homossexual é algo burro e ignorante é a mesma coisa de chamar homossexuais de heterossexuais enrustido, cada um na sua, mas impor seus costumes sexuais aos outros é desnecessário e imoral. Isso inclui a transversalidade também.

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    3. Concordo, mas essa é uma outra questão. Sobre a criminalização da prática em si, eu sou contra. Abs.

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    4. Também sou contra a criminalização da homossexualidade, cada um na sua
      Ps: *Transsexualidade

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  18. Olhe isso, Banzolucas. Uma defesa da autenticidade do texto de João 8.1-11 (a mulher adultera), por Wilbur Pickering. Muito bom!

    https://www.youtube.com/watch?v=YUYNdUFi5lA

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    1. Gostei bastante, me surpreendeu na verdade.

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    2. Cara, eu estava muito duvidoso sobre essa passagem. Eu sempre ouvia falar que ela era falsa, que não se encontrava nos melhores manuscritos. Eu estava até com dúvidas sobre a inerrância da Bíblia. Mas quando eu achei esse vídeo e assisti, a minha fé se fortaleceu.

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  19. Oi Lucas, pra você qual deve ser a perspetiva cristã sobre os sonhos, mente inconsciente e outros termos da psicanálise de Freud?

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    1. Eu não conheço muito sobre Freud e sei que muito do que ele escreveu já foi invalidado pela ciência ou contradiz a Bíblia expressamente, mas nestes casos que você citou eu dei uma pesquisada e não encontrei nada de absurdo, na verdade a sua teoria do "iceberg" (referindo-se ao inconsciente) faz bastante sentido.

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  20. Estou fazendo a campanha de ler o velho testamento todo em 1 ano. Terminei Gênesis e agora estou em Êxodo 14. Porém, tenho um dúvida. Em Gênesis, é contada a história de José que se tornou governador do Egito e que conquistou o Rei Faraó. Porém, depois que ele morre os israelistas são escravizados por outro governante (na Bíblia conta que esse governante não conhecia a história de José e as coisas boas que ele fez no Egito, e, por isso, escravizou os israelistas). Porém, depois disso, mais pra frente, na Bíblia é relatado que Faraó escravizava os israelistas. Bom nessa parte eu não entendi nada pq se na Bíblia conta que Faraó ajudava José e os israelitas porque depois ele virou as costas e começou a escravizar estes? E tbm não entendi pq na minha Bíblia (versão João Almeida de Ferreira) conta que era outro governante que escravizada os israelitas e depois o relato muda dizendo que era Faraó. Estou sem entender...

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    1. Na verdade Faraó não era o nome do rei em si, mas sim seu título, ou nome da dinastia. Era igual "Nabucodonosor" para o caso babilônico, ou "César" para o caso romano. Por isso existiam vários "Faraós", o que inclui o que gostava de José e o outro de muito tempo posterior que passou a escravizar os hebreus. Abs!

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  21. O que você tem a dizer sobre esse novo movimento que tem se expandido no Youtube chamado "luciferianismo"? O cara que lidera esse movimento disse que não é a mesma coisa que satanismo, mas o que me impressiona é que muitas pessoas sérias tem aderido a esse movimento, achando que nele existe coerência e lógica... Seria esse movimento uma espécie de ocultismo? O professor Afonso (que acredita na Terra Plana) disse que se as pessoas não tivessem a mente alinhada ao Criador e preparada para acreditar na Terra Plana, elas iriam acreditar que até Lúcifer poderia ser bom...Depois dá uma olhada nesses vídeos e me fala qual sua opinião sobre esse movimento...

    https://www.youtube.com/watch?v=P8fkNudrSZU
    https://www.youtube.com/watch?v=mYsYzojr9Qw
    https://www.youtube.com/watch?v=oKCry0UOzL8

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    1. Não é à toa que chamam o diabo de pai da mentira.

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    2. Eu não consegui ver o vídeo mais longo inteiro, mas sinceramente me parece coisa de gente que fuma maconha ou drogas mais pesadas depois que acaba de sair do DCE e começa a "filosofar" sobre a vida. É um devaneio atrás do outro, não dá pra entender metade das coisas que dizem, deve ser por isso que se intitulam "luciferianos"...

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  22. Lucas, a figura do bispo universal de roma começa a ganhar força em meados do segundo século?

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    1. Não, ninguém do segundo século cria nisso ainda. Até os historiadores católicos reconhecem esse fato:

      http://heresiascatolicas.blogspot.com.br/2016/02/historiadores-e-teologos-catolicos.html

      http://heresiascatolicas.blogspot.com.br/2016/03/historiadores-e-teologos-catolicos.html

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    2. Lucas, alguns católicos afirmam que devemos traduzir o texto de Mateus 16:18 diretamente do aramaico, uma vez que Jesus falava aramaico; disso, eles afirmam que a versão da peshita, em aramaico, corrobora com a Ideia da primazia Petrina. Isso procede?
      Uma outra pergunta: como adquirir seu livro sobre a inquisição?

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    3. Esse questionamento já foi respondido exaustivamente nesse artigo:

      http://heresiascatolicas.blogspot.com.br/2014/01/estudo-exegetico-completo-sobre-mateus.html

      Mas resumindo em breves palavras para poupar tempo, o aramaico realmente não tinha distinção entre petros e petra porque era um idioma muito pobre idiomaticamente, então se fosse analisar APENAS o aramaico, o texto seria ambíguo e não poderíamos precisar se se refere a Pedro ou à confissão de fé de Pedro. O que Mateus faz ao escrever seu evangelho em grego é DESFAZER ESSA AMBIGUIDADE, fazendo questão de diferenciar Pedro e a pedra, o que não seria estritamente necessário. Ele poderia dizer "tu és petros, e sobre petros edificarei a minha Igreja", ou então "tu és petra, e sobre esta pedra edificarei a minha Igreja", ou mesmo da maneira mais simples: "tu és petros, e sobre ti edificarei a minha Igreja", mas Mateus faz questão de usar duas palavras diferentes com significados diferentes para acentuar o jogo de palavras que diferencia os dois sujeitos no texto. E é precisamente isso, juntamente com outros vários argumentos bíblicos e exegéticos, que nos mostra que a pedra não era Pedro em pessoa (e mesmo se fosse, não provaria nada de catolicismo romano em lugar nenhum).

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  23. Quem sabe faz ao vivo. O pistão trouxe lembranças do meu velho pai (saudades)

    https://youtu.be/lBhnkJ6sVrM

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  24. Vc curte ler livros de fsntasia,ou só ler livros sobre teologia e história?

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    1. O único livro de fantasia que já li foi o do Harry Potter. Não que eu não goste de ler desse gênero, mas o problema é que existem outras prioridades de leitura no momento (e esses livros de fantasia costumam ser muito grandes e demorados de se ler), o que na prática significa que eu acabo apenas vendo os filmes mesmo...

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    2. Me indica bons livros sobre temas sociais como aborto,homossexualismo é etc...

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    3. Sobre abordo, tem um capítulo do livro "Apologética para questões difíceis da Bíblia", do William Lane Craig, que aborda exclusivamente esse tema. No meu livro "Deus é um Delírio?" também tem um tópico só sobre isso, que eu transcrevi aqui:

      http://ateismorefutado.blogspot.com.br/2015/02/por-que-sou-contra-o-aborto_14.html

      Sobre homossexualismo, tem um livro que o Silas Malafaia costuma recomendar chamado "A Estratégia", embora ele foque mais no ativismo LGBT e não tanto no homossexualismo em si, mas o livro é bom. No "Deus é um Delírio?" eu também abordo a questão da militância LGBT, tem pra download na página dos livros. Outras pessoas talvez possam lhe recomendar outros livros sobre esses respectivos temas, pois confesso que não sou um profundo estudioso de nenhum dos dois.

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    4. Bacana,agora me indica bons livros sobre apologética em geral pfv

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    5. Me envie uma mensagem pelo facebook que eu envio vários deles em anexo, aqui no blogger não tem como fazer isso.

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  25. Lucas é verdade isso?

    http://www.apologistascatolicos.com.br/index.php/patristica/controversias/739-historiador-protestante-philip-schaff-confirma-os-padres-da-igreja-a-aceitacao-da-infalibilidade-conciliar-baseada-no-concilio-de-jerusalem-atos-15

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    1. Obrigado por me passar esse artigo, pois isso prova que eu estava errado. Meu erro foi pensar que os apologistas católicos americanos eram menos desonestos do que os daqui, mas ao ler este artigo traduzido do Dave Armstrong me dei conta de que estava redondamente enganado. O cara é um picareta de primeira, recortou um trecho do artigo do Schaff como se lhe favorecesse, e omitiu completamente a continuação do próprio artigo onde ele mostra que outros Pais da Igreja como Agostinho entendiam os concílios da mesma forma que os protestantes atuais:

      “Agostinho, o melhor e mais devoto dos Pais, concebia uma visão filosófica da autoridade dos concílios, que se encontra em um meio sábio e saudável entre os extremos da veneração e do desprezo, e SE APROXIMA DO LIVRE ESPÍRITO DE PROTESTANTISMO EVANGÉLICO. Ele subordina justamente esses concílios às Sagradas Escrituras, que são a mais alta e perfeita regra de fé, e supõe que os decretos de um concílio podem ser, não de fato eliminados e revogados, mas ampliados e complementados pela pesquisa mais profunda de um dia posterior. Eles encarnam, para a necessidade geral, os resultados já devidamente preparados por controvérsias teológicas precedentes, e dão a consciência da Igreja sobre o assunto em questão, a expressão mais clara e precisa possível na época. MAS ESSA CONSCIÊNCIA EM SI ESTÁ SUJEITA AO DESENVOLVIMENTO. ENQUANTO AS SAGRADAS ESCRITURAS APRESENTAM A VERDADE INEQUIVOCAMENTE E INFALIVELMENTE, E NÃO PERMITEM ESPAÇO PARA DUVIDAS, O JULGAMENTO DOS BISPOS PODE SER CORRIGIDO E ENRIQUECIDO COM NOVAS VERDADES DA PALAVRA DE DEUS...”

      http://www.ccel.org/ccel/schaff/hcc3.iii.viii.xviii.html

      Como se vê, Dave Armstrong é só mais um desonesto que recorta a parte que lhe convém, e deixa de lado a que mostra que a autoridade dos concílios estava SUBMETIDA à autoridade máxima das Escrituras. Os concílios eram sim respeitados e aceitos por serem a posição consensual da Igreja da época sobre um determinado assunto, mas eles não tinham a mesma autoridade da Escritura. Por exemplo, os presbiterianos seguem a Confissão de Westminster e acreditam em tudo que nela está (da mesma forma que Agostinho aceitava os cânones de Niceia e etc), mas nem por isso deixam de crer na Sola Scriptura e de aceitar somente a Escritura como autoridade máxima e final. A razão pela qual concílios existem não é para inventar uma “segunda Bíblia” (i.e, uma segunda fonte de autoridade final), mas justamente para tentar expressar o que essa única autoridade suprema (a Bíblia) ensina.

      A cada dia que passa me surpreendo mais com a capacidade de desonestidade destes apologistas católicos. Nem os do EUA prestam. Parece que para alguém se tornar apologista católico, tem que prestar um concurso de picaretagem primeiro.

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    2. "Parece que para alguém se tornar apologista católico, tem que prestar um concurso de picaretagem primeiro"

      É verdade kkkkkk

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    3. "Obrigado por me passar esse artigo, pois isso prova que eu estava errado. Meu erro foi pensar que os apologistas católicos americanos eram menos desonestos do que os daqui(...) "

      kkkkk

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  26. Lucas eu estava conversando com um pastor e ele é contra o jejum. Olha o que ele me disse: ''eu não vejo embasamento bíblico para a prática de jejum na nova aliança, na verdade, eu vejo o contrário. Jejum é um tipo de sacrifício, mas Cristo já foi o sacrifício definitivo. Jejuar era prática do judaísmo
    o jejum de Daniel foi apenas de alguns alimentos, não foi total
    e ele jejuou porque quis, não para ter algum poder especial ou algo assim.''

    E agora isso está certo? Existe jejum hj ou não? e pra que ele serve?

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    1. O jejum não é um mero "sacrifício", mas sim uma forma de consagração ao Senhor, embora seja de fato menos importante do que a prática da justiça, da oração, santidade, boas obras e etc (como ensina Is 58:3-7). No contexto da nova aliança ele só aparece inequivocadamente em dois textos (ambos em Atos):

      "E, servindo eles ao Senhor e jejuando, disse o Espírito Santo: Separai-me, agora, Barnabé e Saulo para a obra a que os tenho chamado. Então, jejuando, e orando, e impondo sobre eles as mãos, os despediram" (Atos 13:2-3)

      "E, promovendo-lhes, em cada igreja, a eleição de presbíteros, depois de orar com jejuns, os encomendaram ao Senhor em quem haviam crido" (Atos 14:23)

      Ambos os contextos dizem respeito a uma circunstância especial e extraordinária (a ordenação de presbíteros na Igreja), que exigia um nível de consagração maior que o habitual. Mas o crente comum que não tem o hábito de jejuar não está em pecado, não há nada a este respeito nas cartas apostólicas e nem uma obrigação de jejuar.

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    2. mas para que serve o jejum? como deve ser feito o jejum? quais tipos de jejum existem? muitas igrejas alegam fazer o jejum de daniel ficando 21 dias sem comer algo ou sem fazer algo que elas gostam? Qual a diferença desse jejum de daniel pro que vc fica sem comer nada mesmo?

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    3. "mas para que serve o jejum?"

      Jejum é uma consagração especial a Deus que deve ser feito de acordo com a consciência de cada um e que na Bíblia ocorre em circunstâncias extraordinárias.

      "como deve ser feito o jejum? quais tipos de jejum existem?"

      Isso daí vai depender de cada pessoa, mas em geral o jejum bíblico é de abstinência de todo alimento.

      "muitas igrejas alegam fazer o jejum de daniel ficando 21 dias sem comer algo ou sem fazer algo que elas gostam? Qual a diferença desse jejum de daniel pro que vc fica sem comer nada mesmo?"

      Na verdade o caso de Daniel é bem mais complexo, não dá pra precisar se foi "jejum" propriamente dito. O fato é que Daniel fazia parte da corte e por isso devia comer dos manjares do rei, só que na Babilônia esses alimentos eram consagrados a falsos deuses, então Daniel para não precisar comer na mesa idólatra do rei decidiu dar a desculpa de comer apenas vegetais. Esses 21 dias foram o período de "teste", que lhe foi concedido para ver se Daniel iria ficar bem ou se iria se debilitar fisicamente, mas depois que viram o resultado positivo é evidente que Daniel continuou comendo apenas vegetais, então ele fez isso por muito mais de 21 dias, talvez pelo resto da vida inteira. Eu particularmente não vejo sentido nesses jejuns de igrejas baseadas no de Daniel, nem em sentido literal nem como aplicação espiritual, pra mim o jejum deve ser sempre uma decisão particular de cada indivíduo e nunca algo imposto de cima.

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  27. Back to 1969

    https://youtu.be/pMFdkSRHWEE

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  28. Segundo eu pesquisei a situação para os protestantes franceses só melhorou após a subida de Napoleão ao poder,visto que a monarquia dos Orleans era ultra católica e o movimento revolucionário que a derrubou era anticristão,olha aqui Lucas um texto da Wikipedia em inglês que afirma que Napoleão apesar de ter sido bem autoritário e imperialista foi tolerante com os protestantes https://en.wikipedia.org/wiki/Napoleon_and_Protestants

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